31 de julho de 2025
JUDICIÁRIO SOB PRESSÃO

Após jornal afirmar que Alexandre de Moraes teria pedido por Daniel Vorcaro, do Master, gabinete do ministro diz que Moraes se reuniu com o BC para tratar de Lei Magnitsky; Banco Central confirma informação

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Por Politica Real com agências
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Alexandre de Moraes em dia de julgamento Foto: Arquivo da Política Real

Com agências.

(Brasília-DF, 23/12/2025) Após o jornal O Globo informou que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), teria procurado o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, pelo menos quatro vezes para fazer pressão a favor do Banco Master, nesta terça-feira ,23, a assessoria de imprensa do STF emitiu uma nota afirmando que Moraes, "em virtude da aplicação da Lei Magnistiky, recebeu para reuniões o presidente do Banco Central, a presidente do Banco do Brasil, o Presidente e o vice-presidente Jurídico do Banco Itaú".

Segundo o “O Globo”, ao menos três contatos foram por telefone e um foi presencial para tratar de problemas sobre o banco de Daniel Vorcaro.

Além disso, diz a nota, Moraes "participou de reunião conjunta com os presidentes da Confederação Nacional das Instituições Financeira, da Febraban, do BTG e os vice-presidentes do Santander e Itaú. Em todas as reuniões, foram tratados exclusivamente assuntos específicos sobre as graves consequências da aplicação da referida lei, em especial a possibilidade de manutenção de movimentação bancária, contas correntes, cartões de crédito e débito."

A nota não menciona o Banco Master ou Vorcaro.

Após o comunicado do ministro, o Banco Central também emitiu uma nota para confirmar que reuniões com Moraes foram feitas para tratar dos efeitos da sanção aplicada pelos Estados Unidos.

“O Banco Central confirma que manteve reuniões com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, para tratar dos efeitos da aplicação da Lei Magnitsky.​”, diz o texto.

No último dia 12, a Polícia Federal (PF) encontrou no celular de Vorcaro um contrato de R$ 129 milhões firmado com o escritório de advocacia de Viviane Barci de Moraes, esposa de Alexandre de Moraes.

O valor também foi revelado pelo jornal O Globo. O documento, localizado na Operação Compliance Zero em 18 de novembro, previa pagamentos mensais de R$ 3,6 milhões ao escritório por três anos a partir de 2024.

(da redação com informações de assessoria e BBC Brasil. Edição: Política Real)