CPMI do INSS, sem acordo, não coloca convocação de AGU Jorge Messias em votação; Carlos Viana diz que no dia 4 de dezembro haverá nova tentativa de requerimentos de convocação
O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), lamentou a falta de consenso para concluir a votação de todos os requerimentos
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(Brasília-DF, 27/11/2025) A CPMI do INSS prometia ter um dia de deliberações importantes na definição de convocações e convites.
O ponto alto da tensão Governo e Senado seria uma possível convocação do Advogado Geral da União (AGU), Jorge Messias, indicado ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Os oposicionistas alegaram que a AGU tinha conhecimento das denúncias de fraudes em benefícios de aposentados e pensionistas e pediram esclarecimentos sobre a atuação do ministro em relação ao assunto.
As deliberações foram realizada no inícío dos trabalhos. Por falta de consenso o requerimento apresentado não foi votado. Por falta de acordo foram retirados mais de 70 requerimentos, mas acaram sendo aprovados mais de 300 requerimentos de convocação de autoridades, servidores públicos e dirigentes de entidades associativas ligados às investigações sobre fraudes em descontos indevidos e operações suspeitas envolvendo aposentados e pensionistas do INSS. Também foram aprovados requerimentos de pedido de informação destinados a diversos órgãos públicos, bancos, entidades e órgãos de fiscalização.
O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), lamentou a falta de consenso para concluir a votação de todos os requerimentos, mas confirmou que as propostas serão reincluídas na pauta da próxima quinta-feira ,4, com ou sem consenso.
“O que não há consenso, na quinta-feira da semana que vem, a gente vota um por um e cada um dá o seu posicionamento”, disse Carlos Viana.
Na avaliação dos governistas, a oposição tenta usar a convocação de Messias para desviar o foco das investigações e desgastar o nome do indicado ao STF na véspera de sua sabatina no Senado, anunciada para o dia 10 de dezembro.
“Não havia essa inquietação com o Messias lá atrás, antes da indicação. Houve a indicação, aí houve uma polvorosa aqui na CPMI claramente numa tentativa de instrumentalizar e usar essa possível convocação do Jorge Messias “, disse a senadora Eliziane Gama (PSD-MA).
Para os parlamentares governistas, o consenso sobre os requerimentos deve levar em consideração também os da base, como o que foi apresentado pelo deputado Rogério Correia (PT-MG), pedindo a convocação do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, a quem acusou de ser dono de agência que opera créditos consignados fraudulentos. A fala de Correia foi sucedida por uma série de xingamentos e uma confusão generalizada entre os parlamentares, com representantes do Partido Novo, de Zema, criticando o deputado.
A discussão foi interrompida por Carlos Viana, reforçando que todos os requerimentos serão votados na próxima quinta-feira, desde que tenham conexão com o objeto das investigações.
Não votados
Entre os requerimentos retirados de pauta estão as convocações de Ricardo Bimbo, coordenador do Setorial Nacional de Ciência e Tecnologia/TI do Partido dos Trabalhadores (PT) e de Gustavo Marques Gaspar, empresário e ex-assessor do senador Weverton Rocha (PDT–MA). Outra convocação não analisada é a da diretora de Tecnologia da Informação do INSS, Léa Bressy Amorim, responsável pelos sistemas e pela segurança das bases de dados da autarquia. Outro trata da convocação de Marcelo Oliveira Panella, ex-chefe de gabinete do então ministro da Previdência, Carlos Lupi.
( da redação com informações da Agência Senado. Edição: Política Real )