Venezuela solicita ao Conselho de Segurança da ONU explicações sobre “assassinatos” dos EUA no Caribe
O governo venezuelano também pediu "uma declaração que reafirme o princípio de respeito irrestrito à soberania, independência e integridade territorial da Venezuela, como base indispensável para preservar a paz"
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(Brasília-DF, 16/10/2025). Nesta quinta-feira, 16, o governo da Venezuela solicitou nesta ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) o início de uma investigação para esclarecer os "assassinatos" cometidos pelas Forças Armadas dos Estados Unidos em bombardeios a embarcações próximas às costas venezuelanas, que Washington classificou, sem provas, como "narcolanchas".
Caracas solicitou ao órgão que "investigue o conjunto de assassinatos que o governo dos EUA vem perpetrando em nossa região e determine seu caráter ilegal", destacando ainda a "ameaça que essas ações ilícitas representam para a preservação da paz na América Latina e no Caribe, incluindo execuções extrajudiciais, concentração de forças militares, retórica belicista contra a Venezuela e operações clandestinas da CIA para cometer assassinatos políticos", conforme detalhou o representante permanente do país na ONU, Samuel Moncada.
O governo venezuelano também pediu "uma declaração que reafirme o princípio de respeito irrestrito à soberania, independência e integridade territorial da Venezuela, como base indispensável para preservar a paz".
"Execuções extrajudiciais"
Durante entrevista à imprensa, Moncada destacou trechos da carta que havia encaminhado ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e ao presidente do Conselho de Segurança, o embaixador russo Vassily Nebenzia.
Ele começou mencionando o bombardeio de "uma pequena embarcação, em situação estacionária no Mar do Caribe, a poucas milhas das costas venezuelanas", incidente relatado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que resultou em seis mortes e que o diplomata classificou como "uma série de execuções extrajudiciais contra civis".
"Informações recentes, de domínio público e midiático, identificaram dois humildes pescadores, de nacionalidade trinidense, entre as vítimas. Seus familiares afirmam que os assassinados estavam exercendo atividades de pesca", acrescentou.
Para concluir, ele enfatizou que "algumas das vítimas foram reconhecidas por suas famílias e governos como cidadãos da Colômbia e de Trinidad", o que demonstra que a mobilização militar dos EUA "afeta toda a região" e "não é uma questão exclusivamente venezuelana".
( da redação com informação da RT Brasil. Edição: Política Real)