31 de julho de 2025
Brasil e Saúde

ENFRENTANDO A CRISE: Por conta da pandemia caiu o número de transplantes; Ministério da Saúde lança campanha nacional de doações de órgãos

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( Publicada originalmente às 19h 30 do dia 24/09/2020) 

(Brasília-DF, 25/09/2020) O Ministério da Saúde lançou nesta quinta-feira, 24, a Campanha Nacional de Incentivo à Doação, que este ano traz o slogan “Doe órgãos. A vida precisa continuar”. A campanha tem como objetivo sensibilizar a população quanto a importância da doação para salvar a vida de muitas pessoas que aguardam por um transplante.  Tembém foi divulgado o balanço sobre a doação de órgãos, tecidos e células e transplantes realizados no país no primeiro semestre de 2020.

“O Ministério da Saúde, junto aos estados e municípios, está empenhado em encontrar soluções para superar os obstáculos impostos ao programa de transplante na pandemia. A retomada dos procedimentos será subsidiada por protocolos rigorosos para garantir a segurança de todos”, disse o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello.

Queda no Brasil e no Mundo

Face a pandemia do novo coronavírus, no mundo inteiro e no Brasil, têm sido observadas queda nas doações de órgãos e nas realizações de transplantes, tornando-se um desafio para os países, tanto pelos esforços para manutenção das doações, quanto para garantir a segurança das equipes de saúde e dos pacientes.

De janeiro a julho de 2019 foram realizados 15.827 transplantes. No mesmo período em 2020, o número de procedimentos foi de 9.952. Alguns centros de transplantes, no entanto, conseguiram manter suas unidades ativas e livres da Covid-19 e hospitais de grande porte de transplantes, como o Hospital do Rim, em São Paulo, receberam pacientes de centros menores para realização do procedimento com maior segurança. No país, até 31 de julho, existiam 46.181 pacientes aguardando por transplante.

A queda dos transplantes começou a ser observada na segunda quinzena de março, quando a pandemia começou no Brasil e seguiu os casos de notificação da Covid-19. Os estados mais afetados, com sobrecarga no sistema de saúde, foram obrigados a reduzir ou, algumas vezes, paralisar o programa de transplante. Contudo, à medida que a situação ficou controlada, o programa foi retomado.

O balanço no período de janeiro a julho deste ano apontou que aspectos como, logística de transporte de equipes, órgãos e tecidos entre estados foi fortemente impactada pela redução no número de voos comerciais. Os transplantes de medula óssea, pelo alto impacto imunológico, tiveram redução em 25,82%, passando de 2.130 em 2019 para 1.580, em 2020. Os transplantes de coração caíram 25,10%, passando de 231, em 2019, para 173 neste ano, impactado pela dificuldade de logística, redução no número de doadores e estrutura de UTI livre de Covid-19.

( redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr)