31 de julho de 2025
Brasil e Economia

REFLEXO DA CRISE: População desocupada chega a 12,9 milhões de pessoas em agosto, aponta pesquisa Pnad Covid-19

A taxa de desocupação, no Brasil, aumentou em 0,5 pontos percentuais de julho para agosto (passou de 13,1% para 13,6%)

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( Publicada originalmente às 12h 16 do dia 23/09/2020) 

(Brasília-DF, 24/09/2020) O IBGE(Instituto Brasileiro de Geografia Estatística) divulgou nesta quarta-feira, 23, com dados da Pnad Covid-19 que estimou que  em agosto de 2020 a população ocupada do país em 84,4 milhões de pessoas, com aumento de 0,8% em relação a julho, mas ainda acumulando redução de 2,7% em relação a maio. O problema mais é a chamada população desocupada. O IBGE estima em 12,9 milhões de pessoas. No início da pesquisa era de 10,1 milhões de pessoas  seguiu a 12,3 milhões em julho e, agora, 12,9 milhões de pessoas (aumento de 5,5% na margem e de 27,6% desde o início da pesquisa).

A taxa de desocupação, no Brasil, aumentou em 0,5 pontos percentuais de julho para agosto (passou de 13,1% para 13,6%). A taxa em agosto só caiu na região Sul e cresceu  em julho nas Regiões Norte, Nordeste e Sudeste, manteve-se inalterada na Região Centro-Oeste.  Os valores das taxas de desocupação, em ordem decrescente, em agosto, foram: Nordeste (15,7%), Norte (14,2%), Sudeste (14,0%), Centro-Oeste (12,2%), e Sul (10,0%).

Desocupação no gênero, raça, idade e esolaridade

A taxa de desocupação entre as mulheres foi de 16,2%, maior que a dos homens (11,7%), a diferença também foi verificada em todas as Grandes Regiões. Por cor ou raça, no Brasil e em todas as Grandes Regiões a taxa era maior entre as pessoas de cor preta ou parda (15,4%) do que para brancos (11,5%). Por grupos de idade, os mais jovens apresentaram taxas de desocupação maiores (23,3% para aqueles de 14 a 29 anos de idade) e, por nível de escolaridade, aqueles com nível superior completo ou pós-graduação tiveram as menores taxas (6,8%).

Força de trabalho

A força de trabalho subiu de 93,7 milhões em julho para 95,1 milhões em agosto (aumento de 1,4% em relação a julho).

O contingente de pessoas fora da força de trabalho passou de 76,5 milhões em julho para 75,2 milhões de pessoas em agosto, o que corresponde a uma redução de 1,6% em relação ao mês anterior. Deste total, 36,1% (27,2 milhões) gostariam de trabalhar, mas não buscou trabalho e 23,3% (17,5 milhões) não buscou trabalho devido à pandemia ou à falta de trabalho na localidade, mas gostaria de trabalhar.

No início da pesquisa, em maio, 70,2% das pessoas que, embora quisessem trabalhar, não o fizeram alegaram que o principal motivo estava relacionado à pandemia ou à falta de trabalho na localidade, esse percentual vem caindo mês a mês: em julho, 67,0% das pessoas que embora quisessem trabalhar não o fizeram alegaram que o principal motivo estava relacionado à pandemia ou à falta de trabalho na localidade, e agora em agosto, esta proporção cai para 64,4%.

Segundo o IBGE, o nível de ocupação subiu de 47,9% em julho para 48,2% em agosto. Esse aumento nas estimativas chegou a todas as regiões, sendo Nordeste e Norte novamente as que registraram os menores níveis, 39,7% e 45,6%, respectivamente. Desde o início da pesquisa, nestas regiões estão localizadas menos da metade das pessoas em idade de trabalhar ocupadas no mercado de trabalho.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr)