31 de julho de 2025
OPINIÃO

Cristãos novos e o desenvolvimento

Os nordestinos, especialmente do semiárido, têm uma forte contribuição dos árabes e judeus.

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(Brasília-DF) Em meio a pasmaceira deste início de campanha eleitoral, tanto nacional como estaduais, chama atenção a crueldade e a nova sessão de loucuras e intransigências na disputa entre Israel e a Palestina.

 

Os nordestinos, especialmente do semiárido, têm uma forte contribuição dos árabes e judeus. O Nordeste desde o século 17 vem recebendo tanto os árabes súditos do Império Otomano como os judeus que vinham para o Novo Mundo, por diversas razões, seja para fugir das pressões impostas por Marquês de Pombal, em Portual, seja por conta das pressões pré-napoleônicas na Europa e no Oriente próximo.

 

Muitos antropólogos e estudiosos revelam que muitos dos nordestinos do semiárido , premidos pela insegurança hídrica, se motivaram ao comércio ajudado pelo ciclo do gado, especialmente, e pelo traço adquirido junto aos judeus e o árabes, notadamente os de origem sírio e libanesa, que forma o grosso do povo palestino.  A capacidade de encantar, típica dos mascates que financiavam e se serviam das emboladas nos dia de mercado de feira, é atribuída ao traço judeu e árabe.

 

Temos, no Nordeste, que nos preocupar com esta disputa aparentemente tão distante e que em muitos casos não anima, de pronto, a nossa população tão miscigenada. O nordestino médio  se  sente distante desta disputa que é sabida como refrega de primos. Em verdade, guardadas as proporções os nordestinos são como primos que brigam entre si, mas como bons brasileiros, que ainda se servem do modelo social do “brasileiro cordial” não soltam bombas, dilaceram mas tentam fazer acordos a cada momento para melhor passar.

 

Na verdade, não temos a guerra fraticida e aparentemente inaceitável como fazem árabes e judeus, nossos distantes “fundadores”. Mas, cometemos alguns exageros que bem que poderiam entrar na discussão sobre o futuro da região nos próximos anos.

 

Os nordestinos têm que se convencer, até porque diferente da maioria dos brasileiros, têm mais motivos para se manterem coesos e conscientes de suas oportunidades pois têm uma realidade própria.  Os milhões de nordestinos têm algo, claro, que nas outras regiões não existe. 

 

Depois dos ganhos que vieram com a estabilização econômica, dos programas sociais e, agora, com a razoável paralização nas conquistas, eles deveriam, não sei se saberão,  se atentar para uma busca de um desenvolvimento com sinergia.  Os estados do Nordeste deveriam buscar uma complementariedade e não uma concorrência buscando ser maior, ou menos pobre, que o vizinho.  O modelo de federação brasileiro, por ser capenga e inventado, não conquistado, não dá condições claras para tal. Ainda dependemos do governo federal, do governo central.

 

Quais dos principais concorrentes à Presidência ou dos principais candidatos aos governos estaduais saberão colocar esta questão que é reconhecida, por todos os especialistas em desenvolvimento, como fundamental, capital?

 

Esperamos que apareçam, pois até o momento quase nada vimos!

 

Boa semana a todos.

 

Eis o mistério da fé.

 

Por Genésio Araújo Jr, é jornalista

 

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