31 de julho de 2025
OPINIÃO

Dilma continua forte, creiam!

O Governo Dilma tem 75% de apoio entre regular, bom e ótimo.

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(Brasília-DF) A nova pesquisa Datafolha divulgada no final de semana já era motivo de rumores, aqui na Capital Federal, e prenunciava um perda de apoio pessoal da Presidenta Dilma Rousseff.

 

Se vermos bem, os números não são bons mas também não é o fim do mundo, porém, naturalmente, face a manutenção do apoio popular ao ex-presidente Lula, a turma do “Volta Lula” seria a que mais ganha.

 

O Governo Dilma tem 75% de apoio entre regular, bom e ótimo. No Nordeste, o Governo Dilma tem 51% de aprovação e na mesma região ela chega a ter 54% de intenções de votos e apoio para continuar onde está.  O Governo Dilma tem 80% entre regular, bom e ótimo entre pessoas que ganham até 2 salário mínimos – a base da “nova classe média” – e 72% entre regular, bom e ótimo entre os que ganham entre 2 e 5 salários mínimos – o topo desta mesma “nova classe média”.  

 

A pesquisa da Datafolha realizada entre 2 e 3 de abril revela que os ricos não gostam de Dilma, mas nem tanto como parece; 49% dos que têm renda de mais de 10 salários mínimos consideram o governo ruim, porém 52% ainda lhe dão uma leve sobrevida, especialmente se juntarmos o regular, bom e ótimo, porém esta última dupla só lhe concede 22%.

 

É impressionante, porém, é que existe uma onda de pessimismo, detectada pela investigação do instituto paulista. 63% dos entrevistados dizem que estão tendo menos do que esperavam de Dilma, enquanto a mesma pergunta teve 34% por cento dos entrevistados na última vez que isso foi colocado em discussão, entre 21 e 22 de março de 2013, pouco mais de um ano atrás.  É bom destacar que essa pergunta não foi feita durante o auge das manifestações de junho do ano passado, para ver se houve algum tipo de recuperação na sensação de confiança.

 

A pesquisa revela que 72% dizem que querem um presidente fazendo coisas diferentes.  O Datafolha comparou com os números de setembro de 2002, às vésperas, ainda no Governo Fernando Henrique Cardoso, da primeira eleição do Presidente Lula.  Naquela época, 76% queriam um presidente fazendo algo diferente do que fazia FHC.

 

Se a eleição fosse hoje Dilma, que perdeu 6 pontos comparado com a investigação anterior, venceria, em primeiro turno, com 38%, seguido pelo Aécio Neves com 16% e Eduardo Campos com 10%.  Só a candidatura de Marina Silva(PSB-REDE) poderia levar a um segundo turno, hoje.  Marina não será a candidata, mas deverá agregar a candidatura de Eduardo Campos, que sem ser conhecido por 42% dos entrevistados tem tudo para crescer se tiver alguma condição de exposição.

 

A verdade é que Dilma é a candidata que tem mais força com os pobres e a nova classe média, como mostram os números, é forte no Nordeste, peça fundamental nas últimas eleições presidenciais vitoriosas e seus opositores não convencem. A sensação de insegurança econômica é um ingrediente que pode fermentar ou solar o bolo da economia-política quem vem dominando as eleições presidenciais nos últimos 12 anos.

 

As denúncias contra o Governo e o principal partido da coalização governista, o PT, insisto, pouco importa e pouco importará no peso da disputa eleitoral como vimos nas últimas eleições.

 

Enquanto Dilma tiver o Nordeste será competitiva, mas o “Volta Lula” que ora engatinhava, ora voltava para o berço, tem tudo para avançar a segunda infância. Fase das muitas perguntas.  Vamos ver!

 

Foi Genésio Araújo Jr, jornalista

 

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