Ganhar-ganhando; ganhar-perdendo

(Brasília-DF) O ano de 2014 não chegou de fato e de direito, porém já está na rua faz dias.

Nesta última escrevinhada do ano não poderia deixar de lembrar que iremos neste novo ano aos 50 anos do golpe militar de 1964 e aos 100 anos da Primeira Guerra Mundial.

Os historiadores dizem que o início do Século 20, de fato, se iniciou com aquela conflagração marcadamente europeia, mas que atingiu todo o Planeta. Veio uma nova forma de lidar com o Mundo, a contemporaneidade se firmou. À chegada dos revolucionários do Grupo do Forte de Copacabana, efetivamente, ao poder e vemos hoje a geração democrática que os venceu com a Nova República(1984-1985) precisando se reinventar

A geração dos peemedebistas, Fernando Henrique e Lula vive sua encruzilhada para continuar no poder, ou perto dele, sob novos idos. A turma de Lula mantém uma certa vantagem, hoje donos do poder, ainda estão sabendo enfrentar os desafios que estão obrigando todos a reverem conceitos, sob uma ordem mundial onde os ricos ainda não sabem para onde vão,  como disse, recentemente, Jean-Claude Trichet, ex-presidente do Banco Central Europeu no auge da crise de 2018-2019.

Boa parte das grandes, e tradicionais, publicações nacionais apontaram que estaríamos tendo um final de 2013 ruim, com maus presságios em 2014.  Passados os primeiros rebuliços já se sabe que as vendas foram maiores que o período 2012-2013. A pujança do comércio eletrônico e de rua apontam um crescimento que poderá ir a impressionante 12%. Temos que aguardar o primeiro decêndio de janeiro.

O economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-presidente do BNDES, e ex-ministro do Desenvolvimento Econômico do governo tucano de Fernando Henrique, disse, recentemente, que a economia dos economistas não é a mesma do povo e que mesmo se falando em baixa desconfiança, possibilidade de perda do Investment Grade e outros problemas, se depender da economia vai ser muito difícil tomar o governo da Presidenta Dilma.  Temos o menor desemprego da história, a inflação está controlada e temos uma renda ainda em crescimento ou estável. Dilma vai a Davos dizer isso aos ricos.

Bem, como Dilma é ruim de conversa e os seus principais concorrentes são craques da política, Aécio Neves e principalmente Eduardo Campos, vai ser interessante ver essas performances em 2014.

Sobre as coisas do Nordeste, tendo-se como paradigma que os Ministérios da Saúde, Educação, Cidades, Integração Nacional, Previdência e Desenvolvimento Social  são os mais importantes em ações na região, é certo que haverá mudança no comando de 5 deles. Existem outros nordestinos ocupando ministérios com relevância, como os Transportes ou Turismo – no primeiro, o baiano César Borges continuará, e no segundo o maranhense Gastão Vieira deixará o posto, ambos bem avaliados. Entre os mais importantes é certo que a Presidenta Dilma terá que avaliar e agir bem no caso das Cidades e da Integração Nacional.

A decisão será fundamental para definir o futuro Vice Rei do Nordeste no processo eleitoral de 2014.

Ela terá o apoio do craque Lula nesta ação. Resta saber se ganhará ganhando ou se ganhará perdendo! O tempo explicará.

Bom ano a todos.

Foi Genésio Araújo Jr, jornalista

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