E as mulheres na política!?
Este ano de 2014, será fundamental para as mulheres na política - será capital para a força delas na vida pública brasileira nos próximos anos.
(Brasília-DF) Estamos à beira do Natal. A data em que se celebra o nascimento do Cristo, marca da civilização ocidental pelo seu viés judaico-cristão - é momento de se celebrar a criação, pois Natal é nascimento. O Natalício, como ficou convencionado - é mais uma efeméride para celebrarmos a presença e a importância das mulheres.
Maria e sua força teriam mais destaque em março, depois em maio, porém dezembro e o 25 são marcantes. Neste momento, não poderia deixar de destacar a força das mulheres na política, sua importância e o Nordeste.
Este ano de 2014, será fundamental para as mulheres na política - será capital para a força delas na vida pública brasileira nos próximos anos.
Duas mulheres, além da presidenta da República, Dilma Rousseff, estão chamando atenção da cena pública e serão fundamentais para a imagem feminina nos próximos meses. No Nordeste, temos a governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini(DEM), e no Sul, a senadora pelo Rio Grande do Sul, Ana Amélia(PP-RS). Interessante, dois extremos.
O Rio Grande do Norte tem fama desde a aprovação do voto feminino. Foi no RN que houve a primeira inscrição de voto feminino, foi no RN que foi eleita a primeira prefeita do Brasil, em 1928, a prefeita de Lajes, Alzira Soriano. Agora, o Rio Grande do Norte, vive o caos político com a eleição seguida de mulheres.
A governadora Rosalba vive o desgoverno. Antes dela, a governadora Wilma de Faria(PSB), depois de dois mandatos à frente daquele estado, deixou o governo sendo derrotada para o Senado, coisa inédita entre recentes ex-governadores que buscavam o Senado, além de deixar o Estado um caos, também. Teve a eleição da bela Micarla de Sousa para comandar a sempre organizada Natal. Outro caos. Quem foi a Natal nos últimos viu sujeira a Céu aberto em uma das capitais nordestinas com melhor saneamento básico.
Os potiguares não querem mais saber de mulheres no poder, pelo menos nos próximos anos - é o que apresentam as pesquisas, no momento.
No Rio Grande do Sul, a senadora Ana Amélia, por sinal jornalista, é paparicada por todos os grandes grupamentos políticos que vão à disputa presidencial em 2014. Hoje, ela é vista como apoiadora de Eduardo Campos, mas as coisas podem mudar até porque o seu PP deverá apoiar Dilma no nacional e liberar seus candidatos nos Estados a fazerem o que for melhor para o partido, enfim, para suas sobrevivências.
No caso do Sul, a mulher em questão representa a ordem. O Rio Grande, diferente do Norte, sabe a diferença entre esquerda e direita, muito bem, “é um outro país”, como se diz na retórica política nacional.
Dilma Rousseff tem hoje uma grande aceitação no Nordeste, apesar de ser mais bem avaliada entre os homens. Dilma e Lula ficaram marcados ao darem poder as mulheres pois elas controlam a maioria dos programas sociais que tanto sucesso fazem, apesar do desconforto de alguns grupos conservadores.
O sucesso de Dilma não será mais só o sucesso de Lula, mas da mulher no poder. Ainda resta saber se o poder feminino a reconhecerá!
O ano de 2014 será decisivo para o poder feminino. Para o bem e para o mal.
Eis o mistério da fé.
Por Genésio Araújo Jr, é jornalista
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