Bahia.
Deputado defende em artigo o sim no referendo de outubro; Fernando de Fabinho(PFL) é coordenador adjunto da Bancada do Nordeste.
( Brasília-DF, 09/08/2005) O deputado Fernando de Fabinho(PFL-BA), coordenador adjunto da Bancada do Nordeste, publica artigo em que defende o fim da comercialização de armas que será definido no referendo de outubro.
Confira o artigo, na íntegra:
“Adeus às armas
Tenho escrito regularmente sobre a violência que assola nosso
país. Por isso, acho oportuno fazer hoje um balanço de como anda a campanha
do desarmamento.
No dia 23 de outubro, os brasileiros deverão digitar nas urnas
eletrônicas “sim” ou “não” em resposta à pergunta: “O comércio de armas deve
ser proibido no Brasil?”. A votação é obrigatória para
maiores de 18 anos e facultativa para jovens de 16 a 18
anos. Analfabetos e pessoas com mais de 70 anos também podem escolher
se querem ou não participar do referendo do desarmamento.
Quem não votar no referendo fica proibido de sair do País e
não conseguirá se matricular em universidades públicas e terá que se
justificar perante a Justiça Eleitoral.
O eleitor que estiver fora do País na data do referendo tem
até 30 dias após o seu retorno para justificar a ausência. No País, mas fora
de seu domicílio eleitoral, terá 60 dias para também justificar a
ausência.
Na intenção de que o processo eleitoral seja o mais
transparente possível, foram criadas, no Congresso Nacional, duas
frentes parlamentares, uma a favor e a outra contra o desarmamento.
Já registradas no Tribunal Superior Eleitoral, as
frentes reunirão entidades da sociedade civil para representar as correntes favoráveis e contrárias
à venda de armas. A favorável ao desarmamento denomina-se “Frente Parlamentar pela Paz e
Desarmamento”. A contrária, “Pelo Direito da Legítima Defesa”.
Nós, como presidente da Frente Parlamentar pela Paz
e Desarmamento, estaremos engajados na campanha “Por um Brasil
sem Armas”, pois acreditamos que é preciso acabar com a violência e a
impunidade que assola nossas cidades. É importante que movimentos
sociais como o “Movimento pela Paz e Não-Violência”, o MovPaz, que
nasceu em minha cidade, Feira de Santana, em 1992, de um ato que foi chamado de "Caminhada
pela Paz", realize-se anualmente. Gradativamente, acabou se tornando um dos eventos mais
importantes da região Nordeste.
Os dois movimentos irão preparar campanha para os horários reservados ao
debate sobre o tema nas emissoras de rádio e televisão. Serão promovidas pesquisas, debates e
estudos sobre o desarmamento, além de instalação de outdoors nas cidades para convencer a
população sobre a proibição ou não do comércio de armas de fogo.
A campanha pelo “sim” foi lançada no dia 1º de agosto, em Campinas, por ser
considerada uma das cidades mais violentas do País. O primeiro grande evento da campanha, um
showmício no Rio, está previsto para o dia 11. O referendo está marcado para o dia 23 de outubro e custará cerca de R$ 210 milhões.
A iniciativa deverá contar com o apoio popular e funcionará como um recado claro
de que a sociedade está atenta e mobilizada. Mesmo sem verbas para a propaganda gratuita em
rádio e TV, que começa em 23 de setembro, a campanha pelo “sim” começa a articular doações de agências de publicidade, gravadoras e participações de artistas. Segundo as normas do Tribunal Superior Eleitoral, cada campanha — a do “sim” e a do “não” — terá o mesmo tempo de propaganda.
Por um país menos violento!”
( da redação com informações do Informativo do PFL)