31 de julho de 2025
TARIFAÇO

TARIFAÇO: CAE do Senado analisa projeto de lei complementar que cria espaço fiscal para viabilizar as medidas emergencial as medidas de Donald Trump contra exortações brasileiras para os EUA

Relator será Veneziano Vital do Rêgo

Por Política Real com assessoria
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Veneziano Vital do Rêgo Foto: Arquivo da Política Real

(Brasília-DF, 01/09/2025). Nesta terça-feira, 2,  a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal(CAE) deve analisar a partir das 10h, o projeto de lei complementar que cria espaço fiscal para as medidas emergenciais do governo federal contra os impactos da taxação dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.

O PLP 168/2025 retira dos limites do Novo Arcabouço Fiscal, até o final de 2026, os R$ 30 bilhões para empréstimos e renúncias fiscais anunciados pelo governo no início do mês (MP 1.309/2025). O projeto foi recém-protocolado pelo líder do governo no Senado, senador Jaques Wagner (PT-BA), e será relatado pelo senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB).

A intenção do governo é compensar prejuízos de exportadores afetados pelo “tarifaço”. Segundo Wagner, a taxação americana atinge 36% do valor total de produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos em 2024 (US$ 14,5 bilhões de um total exportado de US$ 40,4 bilhões) e pode gerar prejuízos a empresas de regiões do país e pôr em risco milhões de empregos.

O projeto ainda vai precisar passar pelo Plenário do Senado e, depois, pela Câmara dos Deputados. 

Mais

A CAE também deve analisar proposta da Comissão de Relações Exteriores (CRE) que estabelece um marco legal para o comércio exterior (PL 4.423/2024). O projeto tem normas para reforçar a proteção à indústria nacional contra práticas desleais e ilegais, garantir a isonomia de tratamento entre produtos importados e nacionais e aumentar o controle sobre importações e exportações.

O texto recebeu parecer favorável do senador Fernando Farias (MDB-AL). A proposta substitui dispositivos defasados do atual marco legal (Decreto-Lei 37, de 1966) e incorpora compromissos assumidos pelo Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC).

Também está na pauta da CAE o projeto que isenta de tributos federais a doação de medicamentos à União, aos estados, aos municípios, ao Distrito Federal e a entidades beneficentes (PL 4.719/2020). Conforme o texto, os medicamentos doados têm que ter no mínimo seis meses de validade. Ele já foi aprovado na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e agora terá a relatoria do senador Fernando Farias na CAE.

Os dois projetos precisarão passar pelo Plenário.

 

( da redação com informações de assessoria e Agência Senado. Edição: Política Real)