Nordeste e a Inflação.
Salvador e Fortaleza tiveram os menores índices do IPCA em junho; IPCA de julho teve variação de 0,25 por cento.
( Brasília-DF, 09/08/2005) O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA do mês de julho teve variação de 0,25%, após a taxa de –0,02% de junho. O resultado de julho fez o acumulado do ano situar-se em 3,42%, percentual inferior ao de 3,63%, registrado em igual período de 2004. Nos últimos doze meses, o índice foi 6,57% e ficou abaixo da taxa dos doze meses imediatamente anteriores, 7,27%. Em julho de 2004, o índice mensal foi 0,91%. A coleta do período de referência estendeu-se de 28 de junho a 27 de julho, tendo como período base 31 de maio a 27 de junho. Conforme todos os meses, foram pesquisados 30 mil locais e coletados cerca de 400 mil preços. Salvador teve o menor IPCA em julho, 0,20%, abaixo da média nacional. Na região, só a capital baiana, Fortaleza e Recife. A capital pernambucana ficou com 0,44% e a capita cearense com 0,22%, também com um índice inferior a média nacional.
Sozinho, telefone fixo causou um impacto de 0,14 ponto percentual e foi responsável por cerca de 60% do IPCA do mês, em razão do aumento de 4,21%, que refletiu parte dos reajustes autorizados. As despesas com combustíveis também aumentaram. O álcool ficou em média 2,05% mais caro e a gasolina 0,87%. Juntos, foram responsáveis por 0,06 ponto percentual do índice. Nem todas as regiões ofereceram pressão, somente as apresentadas na tabela a seguir.
Preço dos produtos alimentícios apresentaram queda em todas as regiões pesquisadas
Mesmo com estes e outros aumentos localizados, o IPCA de julho mostrou que a maioria dos itens de consumo não ofereceu pressão. Observa-se forte e generalizada desaceleração nas taxas de crescimento dos preços no varejo, incluindo quedas importantes como a ocorrida no grupo dos alimentos. Com o período de safra de vários produtos, os preços dos produtos alimentícios baixaram 0,77%. As carnes, 1,85% mais baratas, representaram o principal impacto negativo no mês (-0,05 ponto percentual). Os preços da batata-inglesa chegaram a cair 23,95%. Também foram grandes as quedas observadas no azeite (-6,71%), tomate (-6,19%), feijão preto (-3,89%), açúcar refinado (-3,60%), arroz (-2,63%), leite pasteurizado (-2,50%) e óleo de soja (-2,21%). Com alta relevante, destacou-se apenas o feijão carioca (4,38%). Todas as regiões pesquisadas tiveram variações negativas nos alimentos, entre -0,05% (Goiânia) e -1,16% (Rio de Janeiro).
Outros itens importantes na despesa das famílias apresentaram queda de preços, como energia elétrica (-0,37%), gás de cozinha (-0,35%) e ônibus urbanos (-0,22%), cuja queda foi provocada por redução ocorrida desde o final de junho nas tarifas (-3,88%) cobradas na região metropolitana de Curitiba. Na energia elétrica, a conta de São Paulo passou a custar menos 2,47% em julho, o que levou o item a uma variação negativa, apesar dos aumentos nas tarifas de Curitiba (5,01%) e Recife (5,06%).
IPCA teve maior índice em Goiânia e foi negativo apenas no Rio de Janeiro- Entre as regiões pesquisadas, o maior índice ficou com Goiânia (0,91%), onde ocorreu alta tanto na gasolina (6,91%) quanto no álcool (3,07%). Apenas o Rio de Janeiro (-0,07%) teve resultado negativo. O IPCA, calculado pelo IBGE desde 1980, refere-se às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília.
( da redação com informações do IBGE)