Nordeste e a Reforma Ministerial.
Nordeste perde três ministros e um outro se reforça; Lula viajou sem definir nome do PP.
(Brasília-DF, 12/07/2005) O Governo Lula vai ficar mais pobre de ministros nordestinos. Estão de saída da Esplanada dos Ministérios mais dois pernambucanos e um alagoano. O PSB e o PC do B também perdem poder na Esplanada. Por outro lado um ministro baiano se reforça ganhando poder, Jacques Wagner, passa a ocupar a coordenação política. Ele já tinha a coordenação com a sociedade, através do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, CDES.
O porta-voz da presidência da República, André Singer, anunciou, há pouco, novas mudanças no ministério do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As secretarias de Direitos Humanos e de Comunicação do Governo (Secom) deixam de ser vinculadas à Presidência. Direitos Humanos vai responder ao Ministério da Justiça e a Secom, à Casa Civil. Com isso, os respectivos secretários Nilmário Miranda e Luiz Gushiken perdem status de ministro.
André Singer informou que Nilmário Miranda pediu licença para concorrer às eleições de 2006. Anunciou ainda que o ministro da Educação, Tarso Genro, fica até o dia 27. O porta-voz não confirmou o nome do substituto da pasta.
Os ministros Aldo Rebelo, alagoano de nascimento -, Eduardo Campos,pernambucano -, e Romero Jucá, também pernambucano, saem. Rebelo deixa a Coordenação Política e retornará à Câmara dos Deputados.
Para assumir o Ministério da Ciência e Tecnologia, no lugar de Eduardo Campos, foi escolhido o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos ,Finep, Sérgio Rezende.
Segundo o porta-voz da presidência, o restante da reforma ministerial será anunciado na próxima segunda-feira ,18.
PERDENDO PODER - O presidente da República está fazendo uma reforma ministerial que desequilibra a questão federativa. Vários ministros nordestinos estão perdendo vagas na Esplanada, em nome de uma nova governabilidade, partidária mas não federativa. No final de semana o prefeito de João Pessoa(PB), filiado ao PSB, disse que o Governo errou em apostar em partidos de centro-direita no lugar de fortalecer a esquerda, sinalizando que tinha receio no fortalecimento dessas outras tendências da “esquerda democrática”. O PSB perde um Ministro e o PC do B outro. O presidente do Finep, Sérgio Resende, nem filiado ao PSB é.
( da redação com informações do Palácio do Planalto)
