31 de julho de 2025

Nordeste e o Comércio.

IBGE aponta que as vendas estão crescendo mas no Nordeste destaque negativo foi o Piauí e positivo o Maranhão ; Vendas do comércio crescem 8,87% em setembro.

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( Brasília-DF,17/11/2004)  Na comparação com setembro de 2003, o comércio varejista do País cresceu 13,54% na receita nominal e 8,87% no volume de vendas, o décimo aumento consecutivo.  Entre as 27 unidades da federação, 25 tiveram crescimento no volume de vendas.  As exceções foram Roraima e Piauí.

 

Apesar do crescimento no conjunto das atividades pesquisadas em relação a agosto a variação do volume de vendas no acumulado do ano continua diminuindo, com taxa de 9,32% para os nove primeiros meses de 2004. Já o resultado acumulado nos últimos 12 meses permanece ascendente, com variação de 6,72%. Quanto à receita nominal, as taxas acumuladas vêm tendendo à estabilização, atingindo este mês patamares de 12,06% no acumulado do ano e de 11,70% no acumulado dos últimos 12 meses.

 

Entre os estados, únicos resultados negativos foram de Roraima (-2,14%) e Piauí (-1,27%)

 

Em relação ao volume de vendas, 25 das 27 Unidades da Federação alcançaram resultados positivos na relação setembro 04/setembro 03, sendo que as maiores taxas de crescimento foram de Rondônia (25,88%, 1); Acre (24,00%, 1); Amazonas (23,20%, 1); Mato Grosso (21,83%, 1); e Maranhão (19,95%).  As duas taxas negativas do setor vieram de Roraima (-2,14%) e Piauí (-1,27%).  Já os Estados com as maiores contribuições ao desempenho global do varejo (8,87%) foram São Paulo, com crescimento de 8,79% sobre setembro/03; Minas Gerais (9,55%, 1); Rio Grande do Sul (8,38%, 1); Rio de Janeiro (5,68%), Paraná (11,14%, 1); e Santa Catarina (13,07%).

 

Todas as cinco atividades selecionadas, cujas séries de dados têm início em 2000, registraram aumento no volume de vendas em relação a setembro de 2003: Móveis e eletrodomésticos (20,32%, 1); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (9,17%, 1); Tecidos, vestuário e calçados (4,05%, 1); Combustíveis e lubrificantes (4,03%, 1); e Veículos, motos, partes e peças (15,44%).

 

Neste grupo de atividades, observa-se que justamente as mais sensíveis às condições de crédito, como Móveis e eletrodomésticos e Veículos, motos, partes e peças, diminuíram suas taxas mensais de crescimento, sendo que esta última não entra na composição da taxa global do varejo . No entanto, em termos de resultados trimestrais, Veículos, motos, partes e peças e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo se destacam como os únicos dos cinco segmentos pesquisados desde 2000 que não diminuíram o ritmo de crescimento .

 

No conjunto das novas atividades pesquisadas – selecionadas pela amostra definida em 2003 - houve aumento no volume de vendas na relação setembro 04/setembro 03 em Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (11,40%, 1); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,86%, 1); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (4,73%, 1); e em Material de construção (3,09%).  Somente o ramo de Livros, jornais, revistas e papelaria apresentou queda (-4,10%). Por outro lado, todos estes segmentos reduziram suas taxas de crescimento em setembro, com exceção de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação .

 

Em setembro, o segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo voltou a ser o principal responsável pelo desempenho do comércio varejista, apresentando crescimento do volume de vendas de 3,84% em agosto para 9,17% em setembro. Com esse aumento, as taxas acumuladas de desempenho da atividade passaram de 5,83% para 6,19% no acumulado do ano, e de 3,07% para 4,11% no acumulado dos últimos 12 meses. Os resultados trimestrais indicam para a atividade aumento do ritmo de crescimento no terceiro trimestre do ano: variação de 7,75% contra 6,85% do segundo trimestre.

 

 

 

O ramo específico de Hipermercados e supermercados, além de apresentar aumento no ritmo de crescimento em relação a agosto,  registrou resultados levemente superiores aos do grupo, com taxas de variação do volume de vendas de 9,69% sobre setembro de 2003; 6,41% no acumulado de janeiro a setembro; e de 4,26% no acumulado dos últimos 12 meses.

 

O segmento de Móveis e eletrodomésticos expandiu seu volume de vendas em 20,32% na comparação com setembro de 2003. Apesar do bom desempenho em 2004, este é o terceiro mês consecutivo em que o setor assinala diminuição do ritmo de crescimento no indicador mensal. Este movimento teve reflexo na taxa acumulada no ano, que entre agosto e setembro passou de 29,69% para 28,56%. Quadro também confirmado nos indicadores trimestrais, cuja taxa passa de 34,91% para 27,09% entre o segundo e terceiro trimestres . No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa de Móveis e eletrodomésticos continua crescendo (23,87%).

 

Em setembro, a atividade de Combustíveis e lubrificantes, depois de um bimestre de queda do ritmo de crescimento, reverte o quadro de desaceleração com aumento no volume de vendas de 4,03% sobre setembro de 2003 . Contudo, a evolução do indicador acumulado no ano continua diminuindo, passando de 6,00% no período janeiro-agosto para 5,78% no acumulado até setembro. Já no acumulado de 12 meses, a taxa se manteve ascendente, variando de 2,81% em agosto para 3,87% em setembro.  Além disso, no terceiro trimestre a atividade apresentou o menor desempenho do ano: 3,04% de variação do volume de vendas sobre o mesmo período do ano anterior, depois de assinalar taxas de 7,54% e 7,01% no primeiro e segundo trimestres de 2004, respectivamente.

 

Em setembro, a variação de 4,05% no volume de vendas de Tecidos, vestuário e calçados também reverte o cenário de redução de taxas de desempenho, iniciado há quatro meses nesta atividade . No entanto, esse resultado não foi suficiente para manter no terceiro trimestre do ano o nível de crescimento obtido no segundo.  Na verdade, em termos de resultados trimestrais, esta foi a atividade com a maior desaceleração no ritmo de expansão do volume de vendas, com as taxas caminhando de 12,75% no segundo trimestre para 3,61% no terceiro. Tem-se também ligeira diminuição da taxa acumulada no ano, que passou de 6,27% em agosto para 6,03% em setembro. Mas há recuperação no acumulado de 12 meses:  de 3,18% passa para 3,72%.

 

Foi do segmento de Veículos, motos, partes e peças o segundo melhor desempenho em termos de   magnitude da taxa de crescimento apresentada (15,44%), contudo foi a atividade que mais se retraiu em termos de desempenho mensal  – passando de 32,09% em agosto para 15,44% em setembro no volume de vendas . Esta desaceleração provocou uma queda no ritmo de expansão do indicador acumulado no ano, que de 19,23% em agosto passou para 18,77% em setembro.  No entanto, como em outras atividades, o resultado dos últimos 12 meses continuou ascendente, acumulando crescimento de 15,17% até setembro, aproximadamente 2 pontos percentuais acima da taxa de agosto. Assim como a atividade de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, o comércio varejista de Veículos, motos, partes e peças melhorou seu desempenho no terceiro trimestre do ano, com taxas de 22,84% contra 20,78% do segundo trimestre.

 

Dentre as cinco novas atividades pesquisadas a partir de 2003, a de Equipamentos e materiais de escritório, informática e comunicação - cuja variação mensal do volume de vendas aumentou de 3,87% em agosto para 11,40% em setembro -, foi a que obteve a maior taxa de desempenho. Apesar disto, o indicador acumulado no ano continuou diminuindo, com a taxa de variação passando de 23,32% para 21,77% entre agosto e setembro.

 

Depois de registrar a maior taxa de desempenho do grupo em agosto (13,20% no volume de vendas em relação a agosto/03), Outros artigos de uso pessoal e doméstico apresentou significativa queda no ritmo de crescimento em setembro (4,86%).  Este resultado manteve a trajetória de queda nas taxas de crescimento do acumulado do ano. Na relação janeiro-setembro 04/janeiro-setembro 03, o crescimento da atividade atingiu 17,14% contra 18,74% do período de janeiro a agosto.

 

Na comparação com setembro de 2003, o segmento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos expandiu o volume de vendas em 4,73% em setembro deste ano.  No acumulado do ano, o crescimento foi de 9,30% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar do desempenho positivo, este ramo vem apresentando diminuição do ritmo de crescimento tanto no indicador mensal quanto no acumulado do ano .

 

O setor de Material de construção, com aumento no volume de vendas em setembro de 3,09% sobre igual mês de 2003, foi outra atividade que reduziu significativamente seu ritmo de crescimento em relação ao resultado do mês anterior (8,16%).  Em função de resultados negativos no início do ano, a taxa acumulada nos nove primeiros meses do ano ficou relativamente baixa (2,68%) e manteve-se estável na comparação com o acumulado até o mês de agosto (2,63%).

 

Por último, o volume de vendas de Livros, jornais, revistas e papelaria manteve o comportamento negativo do mês anterior, passando de -1,49% em agosto para -4,10% em setembro.  Em decorrência disto, o indicador acumulado no ano também aumentou sua queda:  de -1,75% no período janeiro-agosto passou para -1,97% nos nove primeiros meses de 2004 .

 

Responsáveis por quase 50% da receita bruta do comércio varejista nacional, Rio de Janeiro e São Paulo inverteram, em setembro, o ritmo das taxas de desempenho do volume de vendas:  o Rio diminuiu seu crescimento de 8,60% em agosto para 5,68% este mês, enquanto São Paulo aumentou sua taxa no mesmo período (de 5,65% para 8,79%).  No acumulado do ano, o varejo do Rio de Janeiro, com taxa de 7,33%, ainda se apresenta com crescimento inferior ao de São Paulo, que está em 9,04%. Vale ressaltar que os dois estados mantêm praticamente estáveis os resultados acumulados no ano. Contudo, seguem ampliando a taxa acumulada de desempenho no indicador dos últimos 12 meses:  4,08% no Rio de Janeiro e 6,31% em São Paulo.

 

Duas atividades praticamente determinaram o diferencial de taxas mensais de desempenho entre os dois Estados em setembro: Combustíveis e lubrificantes, com queda no volume de vendas de 5,47% no Rio de Janeiro e aumento de 7,79% em São Paulo ; e Tecidos, vestuário e calçados, que registrou taxas de -3,18% no Rio e de 6,17% em São Paulo.

 

 

( da redação com informações do IBGE)