Bahia.
Deputado baiano faz ampla análise do desempenho petista nas eleições do último dia 3; O deputado Zezeu Ribeiro aproveita para provocar as incoerências do cacique ACM.
( Brasília-DF,25/10/2004) Quem pensava que o deputado Zezeu Ribeiro( PT-BA), que cumpre primeiro mandato na Câmara Federal, só sabia buscar a composição , típica de sua desenvoltura nesses dois primeiros anos de mandato, se enganou. Hoje, no final da tarde, num grande expediente, ele fez um amplo balanço das eleições municipais da Bahia destacando o desempenho de seu partido, o PT. Ele destacou,também, com veemência, o que ele considera as incoerências do senador Antonio Carlos Magalhães(PFL), o maior cacique políticio local que deverá emagrecer sua influência ao final da eleições em segundo turno na cidade de Salvador, onde seu candidato, senador César Borges(PFL), aparece derrotado em todas as pesquisas para a votação que escolherá o futuro prefeito da capital baiana.
Ele não deixou de lembrar velhas feridas, como as acusações de fraudes em eleições passadas, até hoje não aceitas por vários setores da sociedade baiana.
Confira a fala de Zezeu que foi aparteado pelo deputado Pauderney Avelino(PFL-AM), que foi candidato a líder do partido na última eleição que reconduziu o também baiano José Carlos Aleluia.
“Boa-tarde, Sr. Presidente e companheiros Parlamentares presentes nesta sessão. Venho hoje à tribuna para avaliar o processo eleitoral que realizamos no Brasil, demonstração firme da concretização diária da democracia.
Na Bahia, a sociedade conseguiu não foi vantagem de ninguém, nem de algum partido em especial fazer uma profunda mudança nos hábitos arraigados, no conservadorismo, no coronelismo moderno, mas existente na Bahia hámuito tempo.
Contribuiu para isso, a meu ver, o próprio processo das eleições com urna eletrônica, o que evita o mapismo, o controle por parte das lideranças regionais do processo de apuração das eleições. O processo eletrônico traz enormes contribuições. Contribuiu para isso também a vontade da sociedade de modificar a situação de mandonismo existente na Bahia, onde um senhor dominou e expulsou grandes empresários, queforam montar suas empresas em outros Estados porque lá eram perseguidos. Retiraram-se da Bahia, e agora estão voltando, porque o clima se modifica naquele Estado.
Volto a afirmar que não deve ser vontade de um partido ou de um segmento, mas da sociedade como um todo a democratização do Tribunal de Justiça e do Ministério Público. Esses instrumentos vão se abrindo à democracia e evita-se, assim, a concentração de poder que havia na Bahia.
A Bahia reflete um pouco do crescimento que estamos promovendo no Brasil. O Governo Lula apresenta à sociedade a possibilidade de constituição de república no País, que se vem afirmando nesse sentido, e as urnas responderam a isso; primeiro, a superação da vontade que tinha a sociedade de mudar tudo no primeiro ano de Governo, de fazer as mudanças necessárias. A sociedadepassou a compreender isso e está vendo que o Estado toma rumo, que estamos organizando a sociedade, afirmando o Brasil no concerto das nações, recuperando a economia, começando a gerar empregos e que essas questões começam a chegar na ponta. O povo soube responder a isso.
Os que combatiam o Governo Lula viram que esse não era o bom discurso. Lula foi efetivamente o grande vencedor nesse processo. O PT saiu vitorioso: fez a Prefeitura de 6 Capitais no primeiro turno e disputa o segundo turno em outras 9; ou seja, 15 das 26 Capitais do Brasil contam com a presença do PT.
O partido saiu-se muito bem nas grandes cidades: aumentou o número de Prefeituras de 187 para 400, o maior avanço percentual em relação aos grandes partidos. É claro que alguns partidos pequenos cuja representação era diminuta conseguiram percentual maior, mas, entre os grandes partidos, a maior representação foi a do Partido dos Trabalhadores. A representação de muitos dos grandes partidos diminuiu nas Prefeituras, ainda que seja superior à apresentada pelo PT.
No plano nacional, a maior votação nominal foi nos nossos candidatos, 16 milhões de votos, e na legenda do Partido dos Trabalhadores. Isso é conseqüência da política geral que estamos implementando na sociedade brasileira, o quetrouxe também reflexos à política da Bahia.
No meu Estado, de 7 Prefeituras passamos para 21. O mais interessante de se observar nesse processo é que, dessas 21 Prefeituras, fomos eleitos em 15, já no primeiro turno, por maioria absoluta. Em todas essas cidades, não haveria segundo turno, mas, se houvesse, sairíamos vencedores no primeiro turno. Das 21 cidades onde elegemos Prefeitos, em 15, obtivemos de 60 a 50% dos votos, o que mostra inserção efetivamente representativa, com base e representação social e abrangência no seio da sociedade.
Não se trata de eleição em que se faz Prefeito numa pequena cidade com 34 ou 35% dos votos, mas são eleições marcadas por votação majoritária da sociedade, com maioria absoluta do povo acreditando em nosso projeto, o que tem enorme significação.
É necessário ressaltar, na vitória do PT na Bahia, nossa inserção nas pequenas cidades, onde não conseguíamos chegar. Nas eleições passadas, elegemos 7 Prefeituras, 5 entre as 12 maiores cidades da Bahia e 2 pequenos Municípios. Agora, fizemos Prefeituras em 12 pequenas cidades. Espraiamos o partido em todo o Estado. Temos Vereadores em 120 Municípios. É a presença institucional do partido, enraizada na sociedade baiana, com representação política e institucional e uma rede de Vereadores organizada, o que dá a expressão e o caráter estadual à nossa intervenção.
Todas essas são características que demonstram profundas mudanças na política da Bahia.
Tive a honra de representar o Partido dos Trabalhadores em 3 eleições majoritárias. Em 1988, havia 8 candidatos a Prefeito da cidade de Salvador, e fiquei àfrente de 2 Deputados Federais e 2 Deputados Estaduais. Foi minha primeira candidatura. Isso serviu para mostrar um partido com representação na sociedade, com proposta. Foi uma candidatura nesse aspecto politicamente vitoriosa.
Em 1994, fui parceiro de chapa de Waldir, para o Senado Federal, mas ele sofreu fraude eleitoral naquele processo, o que o afastou da representação.
Na eleição de 1998, fui candidato ao Governo do Estado e fiquei em segundo lugar.
Essas 3 experiências, uma no plano da cidade de Salvador, Capital do Estado, as outras 2 em candidaturas majoritárias, em âmbito estadual uma para o Senado e outra para o Governo do Estado , aliadas ao fato de haver presidido o PT baiano por mais de 5 anos, deram-me importante visão a respeito da realidade da Bahia e da necessidade de nos capacitarmos para o enfrentamento das oligarquias e quanto ao que temos a contribuir para a política da Bahia.
Na eleição passada, fui candidato a Deputado Federal, juntamente com Lula a Presidente da República e Jaques Wagner ao Governo do Estado. Tive votos em 413 dos 417 Municípios baianos, fruto dessa história, em campanha baratíssima. Percorri, na campanha para Deputado Federal, menos de 80 cidades baianas, enquanto, no atual pleito, fui a mais de 80 Municípios. Participei de forma muito mais ativa do presente processo eleitoral, o que redundou em extraordinária vitória.
Vou citar as cidades onde ganhamos, inclusive com os percentuais alcançados no processo: em Alagoinhas, com o companheiro Joseildo Ramos, atingimos 59,4% dos votos; em Mutuípe, com o companheiro reeleito, Carlinhos, obtivemos 55,1% dos votos; em Senhor do Bonfim, em outra reeleição, 56,9% dos votos; em Vitória da Conquista, com José Raimundo, 55% dos votos. Todos esses nossos Prefeitos foram reeleitos com maioria absoluta de votos.
Mantivemo-nos na Prefeitura Municipal de Pintadas pela terceira vez, ao eleger, também por maioria absoluta de votos, 53%, o companheiro Valcir Rios. Além disso, elegemos Prefeitos em cidades importantes da Bahia, como Camaçari, com o companheiro Luiz Caetano, com 54,8% dos votos; em Ilhéus, o companheiro Dr. Rui Carvalho, com 44% dos votos, apesar da eleição ainda estar pendente judicialmente; e, em Lauro de Freitas, a companheira Moema Gramacho, com 45% de votação, o que derrubou situação que se mantinha há 16 anos.
Ademais, o partido ganhou novas cidades, tradicionalmente na mão das oligarquias mais retrógradas e reacionárias da Bahia: em Carinhanha, mais uma vez de forma absoluta, com 55,7% dos votos, a companheira Chica do PT; em Itiúba, a companheira Cecília Petrina de Carvalho com 50,6% dos votos; em Entre Rios, o professor Ranulfo Sousa Ferreira com 59,4% dos votos; e ganhamos também a eleição em Cipó, com Jailton Ferreira de Macedo com 56,9% dos votos.
É importante observar que todas essas cidades se caracterizavam por ter políticas conservadoras arraigadas, e a maneira pela qual conseguimos essas votações majoritárias.
Aliam-se a isso eleições em cidades importantes da Bahia, como Amargosa, com o companheiro Valmir Almeida Sampaio, nosso recordista, com 60,5% dos votos, derrubando também a força conservadora e corrupta que se mantinha na Prefeitura. Tratava-se de um Prefeito que foi afastado pela Justiça e pela Câmara. Nós também obtivemos lá grande vitória. Isso também ocorreu em Cruz das Almas, na Bahia, onde houve mobilização imensa das forças governistas, e elegemos o companheiro Orlandinho, com 56,9% dos votos.
Veja, Sr. Presidente, que os números dos resultados eleitorais são todos de extraordinária expressividade, em eleições que muitas vezes contavam com mais do que 2 candidatos a Prefeito. Em todas elas, houve vitória nesse sentido.
Retornamos à Prefeitura de Itamaraju, com o Frei Dílson Batista Santiago, com 59,1% dos votos. E o recorde foi alcançado em Jaguaquara, com o Dr. Oswaldo Cruz Morais, com 61,6% dos votos. Quer dizer, o Valmir Sampaio teve 60,5% e o Osvaldo Cruz Morais, 61,6% dos votos.
Em Jaguaquara, eu cheguei a participar, com o Ministro Jaques Wagner, de uma caminhada. Nós entramos na cidade e, após 4 quilômetros, já caminhávamos com cerca de mil pessoas. E a caminhada foi se adensando. Quando chegamos à feira, ao mercado, para fazer a manifestação pública, contávamos com mais de 6 mil pessoas. Alguns avaliam que havia de 8 a 10 mil pessoas em torno da candidatura do companheiro Oswaldo, exigindo inclusive a sua volta, 8 anos depois, para a Prefeitura de Jaguaquara.
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Ganhamos a Prefeitura de Baixa Grande, na Chapada, com o companheiro Gilvan Rios da Silva, com 38,6% dos votos.
Ganhamos também em Maragogipe de um Prefeito corrupto, que se autodenunciou e mostrou que havia exercido a corrupção na Prefeitura e na Universidade Católica de Salvador, onde foi contador; foi eleito meu companheiro Silva Ataliba, com 43,7% dos votos; há também a vitória de Zequinha, em Novo Horizonte, e do companheiro Radaman Barreto, em Varzedo, na região do recôncavo sul.
No Recôncavo Sul da Bahia elegemos Prefeitos nos Municípios de Maragogipe, Cruz das Almas, Amargosa, Varzedo e Jaguaquara, já a sudoeste da Bahia. Houve, portanto, densidade e expressão muito grandes do nosso projeto político.
Houve grande inserção desse projeto na Bahia, que também se refletiu na eleição em Salvador, onde nosso companheiro de bancada, candidato do nosso partido, em coligação com o PCdoB e PV,quase vai ao segundo turno, por uma diferença um pouco superior a 3 mil votos, salvo engano 3.147. Ele quase chegou ao segundo turno, extirpando do processo político da capital da Bahia as forças conservadoras da arrogância, da corrupção e da malvadeza. Não conseguimos isso no primeiro turno, mas as pesquisas do segundo turno já nos mostram que a eleição em Salvador está consagrada; apoiamos incondicionalmente, num primeiro momento, a candidatura do Deputado Estadual João Henrique, do PDT, à Prefeitura de Salvador. Conseguimos congregar os partidos de oposição na Bahia ao atual Governo conservador e estamos unidos na construção de um projeto democrático e popular para a Prefeitura de Salvador. Isso tem incomodado a oligarquia geral; o Senador Antonio Carlos Magalhães jogou a toalha e, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo jáse deu por derrotado, levando seu candidato a mais um momento de desespero e de ameaça de renúncia de candidatura, o que já havia feito anteriormente, quando seus companheiros de partido o abandonaram na sua terra natal; chegou a dizer queessa terra tinha para ele maior importância do que a própria Salvador, onde ele disputava a Prefeitura. Entrou num momento de desespero, dizendo que renunciaria à campanha de Salvador; teve um chega-prá-lá, um acomoda-aqui, um acomoda-lá, e o Senador César Borges não retirou sua candidatura.
Depois da entrevista do Senador Antonio Carlos Magalhães à Folha de S.Paulo, ele novamente disse que retiraria sua candidatura, dando-se por derrotado; acomodaram um pouco as coisas, porque o Senador tem essa fama que o Brasil jáconhece;
Ele gosta de bajular os poderosos e oprimir os debaixo. Essa sempre foi sua história. Ele pensou que isso era um compromisso com a política dele na Bahia e deu com os cachorros nágua. Inclusive discordo dessa tática de conquistar a Maioria com as forças mais conservadoras do Senado Federal. Veio reclamar como se tivesse sido traído e começou a fazer as injunções do patrimonialismo que o alimentaram historicamente. Fez acusações nessa entrevista, dizendo que o Governo Lula jorrou dinheiro particularmente olha o escândalo que ele disse na Prefeitura de Juazeiro, na Bahia.
Quero aproveitar, quase fazendo um parênteses, para relatar aos Srs. Congressistas e à sociedade brasileira sobre a situação vivenciada pela Prefeitura de Juazeiro. Estávamos iniciandoo quarto ano de mandato quando o Brasil todo passava por uma calamidade de chuvas. Mil setecentos e tantos Municípios foram atingidos pelas chuvas no início deste ano. Juazeiro foi uma das cidades abaladas por esse processo. Até o mês de agosto, com todos os esforços feitos nesse sentido, os recursos só havia chegado para a assistência imediata da cesta básica. Em agosto saíram os recursos para a recuperação de um canal urbano, um dos elementos fundamentais das enchentes no local, e para a recuperação das estradas vicinais. Os recursos chegaram defasadamente. Agora, mais sério do que isso éque a Prefeitura de Juazeiro ficou inadimplente, pois viu os recursos das transferências constitucionais serem seqüestrados por causa do não-pagamento de parcelas do Projeto Cura, da época em que a Prefeitura era governada por apaniguados do Sr. Antonio Carlos Magalhães. Todos nós conhecemos as famosas histórias do Projeto Cura, cuja prestação mensal da Prefeitura era em torno de cem mil reais. Havia uma cláusula draconiananesse contrato, dizendo que qualquer atraso levaria ao resgate de um valor que chegava a quase dez vezes isso.
Em 5 meses, a Prefeitura sofreu uma evasão de recursos da ordem de 4 milhões de reais, em torno de 900 mil reais por mês.
Essa foi uma das causas da não-reeleição do companheiro Joseph Bandeira, e não derrame de dinheiro, como, de forma inconseqüente, tenta transmitir à opinião pública o Senador Antonio Carlos Magalhães.
Em Vitória da Conquista, já se trata choro de derrotado, porque lá houve fluxo de recursos. Por Conquista ter sido apontada como referência internacional na saúde, pela agilidade dos processos e implantação dos programas, os recursos têm sido carreados para lá com maior facilidade. Tais recursos não são exorbitantes, mas a cidade é uma referência internacional na saúde.
Eles pensavam que tinham a eleição ganha; nunca souberam interpretar a pesquisa, Sr. Presidente. A pesquisa apontava seu candidato lá em cima; o nosso era desconhecido. As pessoas não sabiam quem era o Prefeito, porque foi o Vice-Prefeito quem assumiu e não fez campanha nominal, afirmando-se como Prefeito nem como candidato. Ele não fazia a divulgação necessária para a administração.
As pesquisas apontavam o candidato do PFL lá em cima, e o nosso candidato lá embaixo, mas mostravam uma avaliação excelente do Governo Lula e da Prefeitura Municipal, numa referência significativa ao companheiro Guilherme Menezes, nosso parceiro como Deputado Federal.
Desconheciam o companheiro José Raimundo Fontes.
Bastou fazer a ponte, no horário eleitoral o que também foi uma conquista da cidadania , entre a população e o Prefeito, mostrando o que tinha realizado e como, quehouve uma mudança completa e ganhamos lá também, alcançando quase 60% dos votos.
Isso os levou a um desespero enorme. O Governador do Estado lá esteve 4 ou 5 vezes, e o Senador da Bahia mais outras tantas vezes. Tinham o Município como vitória assegurada.
Tudo o que tenho dito, para apreciação dos Srs. Parlamentares, é para me referir a que o desespero é tão grande que os Deputados do PFL vieram por diversas vezes bradar que venceramas eleições, cada um apresentando os números como bem queriam. Essa necessidade de afirmar que ganharam é a maior demonstração da perda.
A perda das eleições não é só a perda da Prefeitura desta ou daquela cidade, mas do poder político real.
Eles saíram das eleições comprando prefeitos eleitos da Oposição. Fizeram isso em 1996, com uma veemência enorme, quando as Prefeituras eleitas com a Oposição somavam a quase 120, mas terminaram com menos de 20, por conta do esquema da cooptação, da corrupção, da vinda antecipada da aprovação das contas, porque esse era o processo que o autoritarismo, que a arrogância, que a corrupção, que a malvadezaimplantaram na Bahia. Mas hoje o processo é diferente, hoje escoa das mãos o poder dessa turma. Muitos do Prefeitos, ainda constrangidos, estão nos procurando, muitos estão vendo que não podem mais ficar submetidos ao tacão e ao dinheiro, muitos deles hoje eleitos estão vendo que é possível fazer uma Bahia livre e soberana com outra forma de administração. Por isso, o desespero dessa turma; por isso que fazem tanto brado em relação às modificações que estamos fazendo.
Mas muitas águas vão rolar, há muita coisa ainda a resolver; a derrota que vai impor o povo de Salvador nas urnas do próximo domingo vai ser mais uma demonstração desse processo. Jogaram a toalha para dizer que já estão esperando a derrota, mas jogando a toalha a derrota vai ser muito maior do que eles pensam. O povo de Salvador dará a resposta.
Ouço, com prazer, o nobre Deputado Pauderney Avelino.
O Sr. Pauderney Avelino Caro Presidente Gonzaga Mota, caro Deputado Zezéu Ribeiro, eu estava no meu gabinete ouvindo e vendo na sua bela oração as loas à vitória do seu partido obtido na Bahia. Imagino que não deve ser fácil para o partido de V.Exa. e os opositores do grupo político do Senador Antonio Carlos Magalhães fazer Oposição política na Bahia. Veja bem, a Bahia que é um Estado brasileiro dos mais progressistas, um Estado que conta com excelentes figuras públicas ao longo do tempo e da sua história; teve no Senador Antonio Carlos Magalhães e no seu grupo, como Senador, uma verdadeira revolução.
A Bahia experimentou uma revolução quando esse grupo chegou ao poder. Veja que o Senador Antonio Carlos Magalhães, meu ilustre Deputado Zezéu Ribeiro, preocupou-se em formar quadros, políticos e técnicos, eficientes, que deram àBahia esse perfil moderno da sua economia. Trata-se de um Estado que, efetivamente, é invejado por vários Estados brasileiros pela eficiência com que o seu setor público é tratado. Por isso, digo: se o Senador César Borges perder a eleição, quem perde é o povo soteropolitano. A administração do Prefeito Antônio Imbassay, que substituiu a Prefeita Lídice da Mata, herdou não vou usar o termo que a turma do PT usa, herança maldita uma Prefeitura cheia de problemas, e o Prefeito Antônio Imbassay consertou aquilo tudo. Eu tenho ido lá não com a freqüência desejada, mas vejo que Salvador é, realmente, uma cidade gostosa de se viver, moderna, atraente, um dos principais destinos turísticos do nosso País. Portanto, volto ao início, dizendo a V.Exa.: como deve ser difícil fazer oposição a esse grupo político que tem a eficiência, o espírito público como seu lema na Bahia!”
( da redação com informações da taquigrafia da Câmara Federal)