Nordeste e renda.
A região teve um desempenho abaixo da média nacional; O único destaque positivo foi a Bahia, enquanto que Ceará e Pernambuco ficaram abaixo da média nacional.
( Brasília-DF,19/10/2004) Em agosto, a folha de pagamento dos trabalhadores da indústria, na série livre de influências sazonais, manteve-se estável (0,0%) em relação ao mês de julho, resultado praticamente idêntico ao registrado na passagem de junho para julho (-0,1%). O indicador de média móvel trimestral mostrou expansão de 0,3% entre os trimestres encerrados em julho e agosto, interrompendo a trajetória de desaceleração iniciada em maio. Vale destacar que neste tipo de indicador a folha de pagamento real alcançou o patamar mais elevado para os meses de agosto, desde o início da série da pesquisa em 2001.
Já nos demais indicadores, o valor da folha de pagamento industrial prosseguiu apresentando crescimento: 9,6% em comparação com agosto do ano passado, 9,1% no acumulado no ano e 5,3% no acumulado nos últimos doze meses. Em relação à folha de pagamento média real, os três indicadores também registraram índices positivos: 6,3% no confronto com agosto do ano anterior, 8,2% no acumulado no ano e 5,4% para o acumulado nos últimos doze meses.
Na comparação com agosto de 2003, a folha de pagamento real registrou aumento de 9,6%, com crescimento em todos os 14 locais pesquisados. Para a formação desta taxa, a maior contribuição positiva novamente foi assinalada por São Paulo (10,3%), influenciada em grande parte pela forte expansão observada em máquinas e equipamentos (68,2%) e, em menor medida, em meios de transporte (13,2%). Em termos de magnitude da taxa, o principal destaque foi Minas Gerais (14,4%) que teve o valor da folha salarial real impulsionado pelo aumento em metalurgia básica (22,4%), produtos de metal (41,5%) e produtos químicos (42,0%). Acima da média global (9,6%), destacaram-se: Bahia (10,8%), Rio de Janeiro (10,3%), Espírito Santo (9,9%) e região Norte e Centro-Oeste (9,8%). Abaixo da média ficaram: Paraná (9,2%), Santa Catarina (8,2%), Ceará (6,8%), Rio Grande do Sul (4,8%), região Nordeste (6,9%) e Pernambuco (0,1%).
Ainda na comparação agosto 04/ agosto 03, houve aumento real na folha de pagamento em 15 dos 18 setores industriais investigados. As maiores influências positivas foram observadas em máquinas e equipamentos (41,6%), meios de transporte (14,3%), alimentos e bebidas (7,5%) e produtos químicos (9,3%). Em sentido contrário, os três ramos que apresentaram diminuição no valor da folha de pagamento real foram produtos de metal (-7,0%), vestuário (-1,7%) e minerais não-metálicos (-1,4%).
No indicador acumulado no ano (9,1%), os números foram positivos para a totalidade das áreas pesquisadas. Observa-se que o crescimento da folha de pagamento está alinhado a um contexto de redução no ritmo da inflação e de um maior dinamismo da atividade industrial. Também neste confronto, as indústrias de São Paulo (9,4%) foram as que mais pressionaram positivamente a taxa global, influenciadas, sobretudo, pelos ganhos assinalados em máquinas e equipamentos (51,8%). Minas Gerais (12,0%) e a região Norte e Centro-Oeste (10,8%) foram as que registraram os maiores avanços, em razão, principalmente, dos aumentos revelados por metalurgia básica (19,5%), na primeira, e alimentos e bebidas (12,6%), na segunda.
Ainda no indicador acumulado no ano, em termos setoriais, houve acréscimo no valor real da folha de pagamento em 15 dos 18 ramos industriais investigados. Para a formação da taxa de 9,1%, as contribuições positivas mais significativas vieram de máquinas e equipamentos (32,0%), meios de transporte (9,2%), alimentos e bebidas (8,4%) e produtos químicos (10,2%). Com queda, figuraram apenas produtos de metal (-5,2%), têxtil (-5,0%) e vestuário (-2,8%).
No que se refere à folha de pagamento média real da indústria, o indicador acumulado no ano (8,2%) apresentou expansão em todos os locais, com os índices variando entre os 5,9% registrados no Paraná e os 12,8% no Espírito Santo. Em nível setorial, dos 18 setores pesquisados, apenas têxtil (-3,1%) e fumo (-8,0%) assinalaram queda, cabendo à máquinas e equipamentos (16,5%), indústria extrativa (12,8%) e papel e gráfica (10,6%) os avanços mais intensos no total do país.
Na análise do indicador acumulado nos últimos doze meses, a folha de pagamento real mostrou significativo aumento no ritmo de crescimento em agosto (5,3%), frente aos resultados de julho (4,1%) e junho (3,2%). Seguindo a mesma tendência, a folha média real assinalou uma sensível melhora nos últimos três meses: junho (3,8%), julho (4,5%) e agosto (5,4%).
( da redação com informações do IBGE)