Farinha pouca, meu pirão primeiro!

A semana terminou sob muitas polêmicas. Primeiro, as especulações sobre reforma ministerial, tudo porque o presidente Lula está retornando e a turma do Palácio do Planalto deseja soluções. Dizem que Lula não quer constranger a turma que ficaria sem passado e sem rastro no orçamento. Segundo, a decisão do Governo começar a agir duro contra quem vota contra ele. Terceiro, a decisão dos governistas mudarem estratégia, na votação das reformas, querendo expor termos de acordo com as oposições. Bem, tem um assunto na esfera da Bancada do Nordeste que acaba chamando atenção e deve marcar a semana que vem.

Nessa quinta-feira o coordenador da Bancada Nordestina, deputado Roberto Pessoa(PL-CE), anunciou que existiria um pré-acordo entre os coordenadores-adjuntos no sentido de propor, na indicação das duas emendas de bancada que cada região nacional possui ? o atendimento das estradas federais e das ações gerais do Dnocs.

A questão é polêmica. Desde que acompanho os nordestinos poraqui, e isto já tem quase meia década, o que não é muito porém significativo, a cada fim de ano eles quase comem os fígados de seus próximos, ainda pulsantes, quando se trata de buscar um acordo, consenso, na indicação das duas emendas regionais. O assunto desanima muita gente. O próprio Pessoa já chegou a declarar que se deveria parar as discussões do OGU 2004 enquanto não se resolvesse as dos anos anteriores. Bem, ontem não tinha lá muito quorum na reunião dos nordestinos que contou com a presença do doutor Francisco Ramirez, diretor geral do Incor, o Instituto do Coração, lá de São Paulo. O deputado Marcelo Castro(PMDB-PI) não aceitou o argumento de Pessoa. Ele disse que o problema se daria com os baianos e maranhenses, que não morem de amores com o Dnocs.

Para bom entendedor o jogo entre os dois parlamentares nordestinos tem relação com um jogo de interesses entre os nordestinos do semi-árido e os dos vales. Em tese, eles se misturam mas como a burocracia costuma dividir muito mais que irmãos, não dá para negar que os interesses de Dnocs e Codevasf se acirram quando se sabe do vazio deixado pela extinção da Sudene e tudo mais caprichado com o nascimento do Instituto do Semi-àrido, o INSA.

O coordenador da Bancada, Roberto Pessoa(PL-CE), ao sugerir o Dnocs como beneficiado de uma das emendas regionais, não deve ser visto como pilhado em ato-falho, até porque ainda teremos tempo, e a própria Bancada reconhece a divisão de interesses entre estados e instituições afins.

Vamos acompanhar de pertinho essa, Seu!

Bom dia, nordestinos e nordestinados.

PONTUANDO

O senador Mão Santa(PMDB-PI) recebeu muitas referências de oposicionistas, sempre de solidariedade, face ao que se divulgou sobre a perda de indicações no comando de instituições federais no seu Estado, o Piauí. Ele corre risco de não ficar de vítima nessa. Vamos acompanhar.

Ainda sobre os piauienses. O doutor Francisco Ramirez, diretor geral do Incor., é cidadão parnaibano, Seu!

Ontem, estava agendado um encontro dos deputados da ?CPI do Extermínio?, no início da noite, com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. O relator Luiz Couto(PT-PB) já tinha sugerido a solicitação de uma força tarefa para a região limite entre as Matas de Dentro da paraíba e Pernambuco. Depois a gente conta.

O deputado Gastão Vieira(PMDB-MA) preferiu o encontro com o Ministro Walfrido Mares Guia, do turismo que o da Bancada do Nordeste.

Por falar no Maranhão, o deputado Sebastião Madeira(PSDB) promete encher o Congresso com lideranças do Maranhão do Sul. Ele informou a coluna que as lideranças da região virão a Brasília para pedir mais rapidez na votação das propostas de criação de novos estados. Estaria certo a chegada dessa gente poraqui em võo fretado da Gol,Seu!

O diretor geral do Dnocs, Eudoro Santana, que esteve aqui nessa semana, deverá propor uma almoço com a bancada baiana. Aí tem!

nota de rodapé: Quem foi que disse que seria fácil!

por Genésio Araújo Junior

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