Efraim Filho volta a afirmar que o governo não corta gastos, disse que o Planalto deveria dar prioridade para votar o “devedor contumaz” que enfrenta os sonegadores

(Brasília-DF, 21/10/2025). O senador Efraim Filho (União-PB) comentou a declaração do ministro Fernando Haddad, da Fazenda, que o Governo enviou vários projetos de cortes de gastos ao Congresso que não os vota – ele lembrou que a não votação da MP 1303/25 fazia vários cortes e ajustes orçamentários.   Haddad disse que considerava Efraim Filho um amigo, mas que tinha que fazer esse esclarecimento.

Efraim Filho falou à Política Real ao deixar o gabinete da presidência da Comissão Mista de Orçamento, Planos e Projetos, no final da manhã desta terça-feira, 21.

“O Governo só tem duas formas de ter mais recursos, ou combater a sonegação ou cobrar mais tributos. O Governo insiste em querer cobrar mais.”, disse.

Efraim Filho fez questão de destacar o PLP 125/2022, o texto cria um "Código de Defesa dos Contribuintes", que ficou conhecido no Congresso como o “Projeto do Devedor Contumaz”. Ele disse que foi o relator do projeto no Senado Federal e não vê o governo dar prioridade para votar o projeto que combate a sonegação.

“Eu fui o relator do ‘devedor contumaz’ no Senado e não vejo o governo dar prioridade para colocar para votar a proposta”, disse.

Efraim Filho tinha marcado hoje para votar a proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias( LDO) nesta terça-feira, 21, na CMO. O Governo Federal, em discussão na Casa Civil e no Ministério da Fazenda, promete enviar ao Congresso ainda hoje uma proposta para os lideres congressuais e ao relator da LDO, o deputado Gervásio Filho( PSB-PB).

Segundo Haddad, a proposta vai tratar tanto de LDO, Orçamento 2026 e IOF.

( da redação com edição de Genésio Araújo Jr.)