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  • Contato Brasil, 28 de março de 2024 12:23:32
Genésio Jr.
  • 12/05/2019 10h49

    Momento para sofrer e aprender!

    Bolsonaro ao falar de tsunami sabe que será colocado à prova e medirá o que os movimentos que lhe dão suporte e os que são abertamente contrários vão apresentar

    Manifestação contra os cortes nos recursos da educação vão se juntar as críticas a Previdência( Foto: O Globo)

    (Brasília-DF) Esse final de primeira quinzena de maio promete. O Presidente Jair Bolsonaro, na sexta-feira, 10 de maio, disse que poderia viver um “tsunami” na semana seguinte.

    No sábado, 11, ele fez várias postagens em sua conta no Twitter atacando a imprensa e a oposição dizendo que passa muito tempo se defendendo de inverdades, que a sociedade tem que ficar atenta e a internet é fundamental para isso. Ele disse que não faz parte do que ele chama “establishment”, se coloca novamente como um “outsider”, como se não tivesse sido deputado federal por 28 anos.

    Na quarta-feira, 14 de maio, está programado uma série de manifestações que vão reunir os contrários à reforma da Previdência apresentada pelo Governo assim como os que não aceitam os cortes no orçamento das universidades. Depois de meses em que o próprio governo fez oposição e ele próprio é chegada a vez das verdadeiras oposições.

    Bolsonaro ao falar de tsunami sabe que será colocado à prova e medirá o que os movimentos que lhe dão suporte e os que são abertamente contrários vão apresentar. As pesquisas mostram que um terço dos brasileiros ainda confiam no Presidente, que enfrenta de uma forma orgânica a insatisfação da classe política independente dos partidos políticos.

    Os grupos fanáticos, especialmente na internet, que lhe dão suporte as pautas que levaram Bolsonaro ao poder continuam ali, fortes, mas não tem mais a paixão dos centristas que queriam mudanças e apoiaram a eleição de Bolsonaro. Essa turma que não morre de amores pelo PT e seus governos querem um projeto de pacificação nacional pois desejam um retorno ao crescimento econômico.

    Esses grupos que em parte tem asco aos movimentos de alguns políticos no Congresso e não querem que as oposições desestabilizem o governo estão crentes que os dias turbulentos que teremos pela frente serão difíceis para o Palácio do Planalto.  Bolsonaro deve mensurar que tem a seu favor, nesse momento, a postura dos centristas  que incomodados com sua postura também não querem seu enfraquecimento, justo agora.

    Esses grupos ainda acreditam que os militares, parte da imprensa, outros poderes constituídos e o tal do Mercado ainda vão conseguir colocar juízo no Presidente da República.

    Os números cada vez mais fracos da economia talvez ajudem o Governo, e principalmente o Presidente da República, sobre os seus limites.

    As regiões e os brasileiros que mais precisam do Estado, mais que perplexos com esse estado de coisas, se confrontam com as suas escolhas. Fazer o enfrentamento ou buscar alternativas pacificadoras.

    As lideranças políticas e sociais dessas regiões não são verdadeiras protagonistas. O presidente do Senado Federal e do Congresso, senador Davi Alcolumbre(DEM-AP), até que tentou na última semana fazer uma reunião sobre o Pacto Federativo, mas acabou frustrando os governadores numa confusa ação do Governo Federal para fazer com que o superministro Paulo Guedes faça do jeito que deseja.

    Bolsonaro enfrentará seu tsunami de um imaginado “establishment”.  Dessa vez ele vai sofrer, deverá virar um marco, mas o tiro, certamente, não será fatal.

    Por Genésio Araújo Jr, jornalistas

    Email: [email protected]

     

     

     


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