31 de julho de 2025
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Iluminação pública está presente em trechos de via de 91,1% dos moradores de favelas, informa Censo Demográfico 2022 Favelas e Comunidades Urbanas

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Por Politica Real com agências
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IBGE favelas com iluminação pública Foto: site do IBGE

(Brasília-DF, 05/12/2025) Nesta sexta-feira, 05, o IBGE divulgou o Censo Demográfico 2022 “Características urbanísticas do entorno dos domicílios nas Favelas e Comunidades Urbanas”. 

Nove em cada dez moradores (91,1%) de favelas viviam em trechos de via com iluminação pública, totalizando 14,7 milhões de pessoas, enquanto 8,9% (1,4 milhão) viviam em trechos sem iluminação pública. Nas áreas fora desses territórios, a proporção de pessoas que moravam em trechos de via com esse equipamento urbano é maior (98,5%).

Nas 20 maiores favelas e comunidades urbanas em número de residentes, destaque para a Rocinha – Rio de Janeiro (RJ), que apresentava pouco mais da metade (54,3%) dos seus moradores em trechos de vias com iluminação pública, seguida por Paraisópolis – São Paulo (SP) (66,9%) e Rio das Pedras – Rio de Janeiro (RJ) (89,6%). As demais favelas do top 20 apresentaram percentuais superiores a 90,0%.

Mato Grosso do Sul (51,4%), Amapá (71,6%), Roraima (72,1%) e Distrito Federal (73,1%) apresentaram menos de 75,0% de seus moradores de favelas em trechos de vias com iluminação pública. Por outro lado, 9 estados tinham mais de 95% de seus moradores de favelas em trechos de vias com iluminação pública, com destaque para Maranhão (97,9%) e Ceará, Rio Grande do Norte e Espírito Santo, todos com 97,6%. Em todos os estados, porém, havia um percentual menor de moradores de favelas em trechos de vias com iluminação pública em relação àqueles que não viviam nesses territórios. As maiores discrepâncias estavam no Mato Grosso do Sul (51,4% contra 99,4%), Roraima (72,1% contra 98,8%), Amapá (71,6% contra 96,6%) e no Distrito Federal (73,1% contra 95,4%).

Entre as grandes concentrações urbanas, Campo Grande/MS (48,0%), Sorocaba/SP (68,5%), Brasília/DF (75,9%) e Porto Alegre/RS (80,3%) tiveram os menores percentuais de moradores em trechos de vias com iluminação pública nas favelas. Em valores absolutos, São Paulo/SP tinha 437.765 moradores de favelas em trechos de vias sem iluminação pública, seguida por Rio de Janeiro/RJ (161 mil) e Manaus (85 mil), indicando a carência deste tipo de infraestrutura urbana nesses territórios.

Somente 5,2% dos moradores de favelas viviam em trechos de via com ponto de ônibus ou van

Apenas 5,2% (835.936 pessoas) dos moradores de favelas viviam em trechos de vias com ponto de ônibus ou van. Fora dessas áreas, a proporção de pessoas com disponibilidade dessa infraestrutura urbana no seu trecho de via era mais que o dobro (12,1%).

“Ponto de ônibus ou van é um dos quesitos investigados nesta pesquisa que não precisam estar em todos os trechos de via. Não há necessidade de haver um ponto de ônibus a cada duas esquinas, por exemplo”, diz o chefe do Setor de Pesquisas Territoriais do IBGE, Filipe Borsani.

Entre as 20 favelas e comunidades urbanas mais habitadas, Rio das Pedras - Rio de Janeiro (RJ) e Pernambués - Salvador (BA) tinham apenas 1,9% de seus moradores residindo em trechos de vias com ponto de ônibus ou van. Já Vila São Pedro - São Bernardo do Campo (SP) (12,3%), Colônia Terra Nova - Manaus (AM) (11,2%), Zumbi dos Palmares/Nova Luz - Manaus (AM) (10,6%) e Chafik / Macuco - Mauá (SP) (10,2%) possuíam mais de 10% dos seus moradores nessa condição.

O percentual de moradores em trechos de vias com ponto de ônibus ou van em favelas foi maior do que fora dessas áreas no Tocantins (3,7% contra 2,9%), Acre (9,7% contra 9,1%), Amazonas (5,2% contra 5,0%) e Maranhão (5,6% contra 5,4%). Nos demais estados, a relação foi inversa, com destaque para Minas Gerais (7,9% contra 17,8%), Rio Grande do Sul (7,9% contra 17,6%), São Paulo (6,3% contra 15,2%) e Paraná (5,4% contra 14,2%).

Entre as grandes concentrações urbanas, as maiores diferenças entre dentro e fora das favelas estão localizadas nas Regiões Sul e Sudeste: Porto Alegre/RS (6,4% contra 19,7%), Belo Horizonte/MG (6,6% contra 18,9%), Florianópolis/SC (7,6% contra 19,1%), Curitiba/PR (5,7% contra 16,5%) e São Paulo/SP (6,2% contra 16,5%).

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)