31 de julho de 2025
MERCADOS

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em evolução e no Brasil teremos uma semana sem divulgação de índices econômicos relevantes

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Por Politica Real com agências
Publicado em
Mercados em alta Foto: Arquivo da Política Real

(Brasília-DF, 27/10/2025) Na manhã desta segunda-feira, 27, a Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em evolução e no Brasil teremos uma semana sem divulgação de índices econômicos importantes.

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Mercados globais

Nesta segunda-feira, os futuros nos EUA avançam (S&P 500: +0,9%; Nasdaq 100: +1,3%) após sinais de trégua comercial com a China. Autoridades dos dois países chegaram a um framework preliminar durante o fim de semana, reduzindo tensões e abrindo caminho para que Donald Trump e Xi Jinping fechem um acordo na quinta-feira, durante o encontro na Coreia do Sul. O plano inclui suspensão das restrições chinesas às exportações de terras raras, cancelamento das tarifas de 100% sobre importações chinesas que entrariam em vigor em 1º de novembro e retomada das compras de soja pelos chineses. As empresas de tecnologia puxam o rali, com Nvidia, Broadcom e AMD em alta de cerca de 2%, enquanto Tesla e Apple avançam 1%. Investidores também aguardam resultados de Alphabet, Amazon, Meta e Microsoft nesta semana e apostam em corte de juros pelo Fed em 29 de outubro.

Na Europa, as bolsas operam em leve alta (Stoxx 600: +0,1%) com foco nas negociações comerciais e na reunião do Fed. O otimismo vem após dados de inflação abaixo do esperado nos EUA reforçarem apostas de corte de juros e sustentarem os ganhos da semana anterior. Porsche sobe 3,3% após divulgar receita trimestral de 26,9 bi de euros, enquanto Galp Energia avança 1,8% com lucro líquido ajustado acima do consenso. O mercado também acompanha o Fórum FII em Riad, que reúne 20 chefes de Estado e grandes nomes do mercado financeiro, incluindo Jamie Dimon, David Solomon e Larry Fink.

Na China, os mercados fecharam em alta (HSI: +1,1%; CSI 300: +0,8%), impulsionados pelas notícias de uma trégua comercial e expectativa de encontro entre Trump e Xi nesta quinta-feira. No Japão, o Nikkei 225 saltou 2,5%, ultrapassando pela primeira vez os 50.000 pontos, e o Topix subiu 1,7%, apoiados por otimismo em relação à política econômica da primeira-ministra Sanae Takaichi e à melhora nas perspectivas de demanda doméstica. O sentimento positivo na Ásia reflete o alívio nas tensões EUA-China, as expectativas de corte de juros pelo Fed e a continuidade da temporada de resultados fortes nos EUA.

Economia

Ontem, negociadores dos Estados Unidos e da China anunciaram ter chegado a um entendimento preliminar sobre tarifas e outros temas comerciais, antes da reunião entre Donald Trump e Xi Jinping na Coreia do Sul. Além das questões comerciais, Donald Trump afirmou que poderá anunciar até o fim do ano sua indicação para a presidência do Fed, banco central dos Estados Unidos. Com relação ao Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu ontem com Donald Trump, na Malásia. Durante a reunião, Lula solicitou a suspensão temporária das tarifas de 50% enquanto durar o processo de negociação. Como próximos passos, espera-se o início das tratativas entre as equipes técnicas nos próximos dias.

Na Argentina, com 91% das urnas apuradas, as eleições legislativas confirmam a vitória da coalizão governista La Libertad Avanza (LLA), liderada pelo presidente Javier Milei. Embora a contagem ainda esteja em andamento, o resultado superou as expectativas e fortalece a base do governo, que deve garantir mais de um terço da Câmara.

Na agenda internacional desta semana, destaque para a decisão de política monetária do Fed, banco central dos Estados Unidos (quarta-feira). O país segue em shutdown, mantendo suspensa a publicação de dados econômicos oficiais. Decisões de política monetária também ocorreram no Japão (quarta-feira) e na Zona do Euro (quinta-feira). Por fim, também conheceremos o PIB do 3º trimestre (quinta-feira) e a inflação ao consumidor (sexta-feira) da Zona do Euro.

IBOVESPA +0,31% | 146.172 Pontos.   CÂMBIO +0,09% | 5,39/USD

Ibovespa

O Ibovespa encerrou a semana passada em alta de 1,9% em reais e 2,5% em dólares, aos 146.172 pontos.

O destaque positivo da semana foi Vamos (VAMO3, +13,2%), após a companhia divulgar sua prévia operacional do 3T25 (veja aqui o comentário completo).

Por outro lado, Brava (BRAV3, -5,0%) foi pressionada pela incerteza gerada após o anúncio de uma reestruturação organizacional envolvendo a saída do diretor financeiro (veja mais detalhes aqui). Em seguida, a aprovação de um novo CFO contribuiu para uma recuperação parcial das ações (veja aqui a nota completa dos nossos analistas).

Renda Fixa

No comparativo semanal, os juros futuros encerraram com movimentos forte fechamento ao longo da curva, refletindo a elevação das apostas em cortes da Selic com dados de inflação fracos. As taxas de juro real também tiveram alívio, com os rendimentos das NTN-Bs com vencimento em 2030 terminando em 7,9% a.a. (vs. 8,07% na semana anterior). O DI jan/26 encerrou em 14,89% (- 0,7bps no comparativo semanal); DI jan/27 em 13,81% (- 20,5bps); DI jan/29 em 13,07% (- 29,5bps); DI jan/31 em 13,3% (- 30,5bps); DI jan/35 em 13,49% (- 26,5bps).  Nos EUA, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram em 3,48% (-8,56 bps vs. semana anterior), enquanto os de dez anos em 4,02% (-9,78bps).

IFIX

O IFIX encerrou a semana passada com leve alta de 0,03%, em um cenário marcado pela ausência de eventos relevantes diretamente ligados aos fundos imobiliários. O desempenho do índice foi influenciado principalmente pelos fundos de papel, que avançaram 0,14% enquanto os fundos de tijolos registraram queda de 0,11%. Acreditamos que a correção observada ao longo de outubro — com o IFIX acumulando retração de 0,30% — reflete um ajuste natural do mercado após o estreitamento do prêmio de risco nos últimos meses em relação às taxas das NTN-Bs de referência, que seguem em patamares elevados. Além disso, alguns fundos de papel com operações indexadas ao IPCA continuam com suas distribuições temporariamente impactadas pela deflação registrada em agosto.

No Brasil, semana de indicadores econômicos relativamente vazia. O foco será a divulgação das estatísticas de mercado de trabalho (Pnad, na sexta-feira, e Caged, na quinta-feira) e as estatísticas monetárias e de crédito (quarta-feira). Na seara fiscal, será divulgado o resultado primário do setor público consolidado (sexta -feira).

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)