31 de julho de 2025
MERCADOS

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em estabilidade e no Brasil mercado a questões de orçamento

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Por Politica Real com agências
Publicado em
Mercados em estabilidade Foto: Arquivo da Política Real

(Brasília-DF, 22/10/2025) Na manhã desta quarta-feira, 22, a Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em estabilidade e no Brasil, mercado, sem índices importantes para avaliar mas as atençõe3s estão voltada para questão de orçamento e LDO.

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Nesta quarta-feira, os futuros nos EUA operam próximos à estabilidade (S&P 500: 0,0%; Nasdaq 100: -0,1%) após o Dow encerrar o pregão de terça-feira em novo recorde. Netflix recua 6,8% no pré-mercado após divulgar lucros abaixo das expectativas devido grande despesa relacionada a um litígio tributário no Brasil. Donald Trump levantou dúvidas sobre o encontro previsto com Xi Jinping, afirmando que “talvez não aconteça”, o que reacendeu temores sobre tarifas e possíveis impactos no setor de semicondutores. Ainda assim, investidores seguem confiantes de que a temporada de resultados possa ser o próximo catalisador para o rali, com Tesla divulgando resultados hoje após o fechamento do mercado, marcando o início das divulgações das Magnificent Seven. O CPI de setembro, que será divulgado na sexta-feira, é o único dado macro de destaque da semana devido ao shutdown, e deve influenciar a decisão do Fed.

Na Europa, as bolsas recuam (Stoxx 600: -0,2%), interrompendo a sequência positiva do início da semana. Entre os destaques, L’Oréal despenca 6% após apresentar crescimento trimestral de 3,4%, abaixo das expectativas, pressionada por vendas fracas na América do Norte e pelos efeitos das tarifas, embora tenha registrado expansão na China. Já Barclays avança 4% após anunciar recompra de ações no valor de 500 milhões de libras e elevar projeções de lucro. A inflação britânica ficou estável em 3,8% em setembro, superando a expectativa de leve alta. O clima de cautela também reflete a suspensão das conversas entre Trump e Vladimir Putin, que tratariam de um possível acordo de paz na Ucrânia.

Na China, os mercados fecharam mistos (HSI: -0,9%; CSI 300: -0,3%), com investidores avaliando a recuperação gradual do setor industrial e os impactos das restrições comerciais com os EUA. Em Hong Kong, o sentimento permaneceu contido por preocupações com a demanda global e pela ausência de novos estímulos domésticos. Exportações japonesas cresceram 4,2% em setembro, interrompendo quatro meses de queda, mas vieram ligeiramente abaixo das projeções (+4,6%). Sanae Takaichi tomou posse oficialmente como primeira-ministra do Japão, com Shinjiro Koizumi no Ministério da Defesa e Satsuki Katayama como a primeira mulher ministra das Finanças do país.

IBOVESPA -0,29% | 144.085 Pontos.  CÂMBIO +0,37% | 5,39/USD

Ibovespa

O Ibovespa encerrou a terça-feira em queda de 0,3%, aos 144.085 pontos, em um dia de agenda esvaziada, com os investidores acompanhando a temporada internacional de resultados do 3T25 e aguardando o início da divulgação dos balanços corporativos no Brasil. Nos Estados Unidos, 87 empresas do S&P 500 já divulgaram seus resultados, com 84% superando as estimativas de lucro a uma surpresa média positiva de 7,1%.

O destaque positivo do dia foi Vamos (VAMO3, +6,9%), após a companhia divulgar sua prévia operacional do 3T25, que veio em linha com as expectativas dos nossos analistas, apresentando um sólido crescimento de receita. Na ponta negativa, Brava (BRAV3, -5,8%) recuou, após o anúncio da reestruturação organizacional da companhia que reduzirá um cargo de Diretor (veja aqui mais detalhes). Apesar de não fazer parte do índice Ibovespa, as ações da Ambipar (AMBP3, -29,3%) recuaram significativamente após a companhia realizar seu pedido de recuperação judicial.

A temporada de resultados do 3T25 começa nesta quarta-feira no Brasil com o balanço de Weg (WEGE3). Pela temporada internacional de resultados, destaque para IBM, Heineken e Tesla.Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a sessão de terça-feira com fechamento ao longo da curva. Nos Estados Unidos, as incertezas provocadas pelo shutdown — que já entra na terceira semana — e as expectativas em torno das negociações comerciais entre EUA e China pressionaram os juros dos Treasuries. No Brasil, a curva local acompanhou o movimento externo, em meio a uma agenda doméstica esvaziada. Além disso, a oferta de NTN-Bs pelo Tesouro também contribuiu para o alívio nas taxas devido ao menor volume. Assim, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,45% (- 0,53bps vs. pregão anterior); enquanto os de dez anos em 3,96% (- 0,91bps). O DI jan/26 encerrou em 14,9% (- 0,1bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,94% (- 2,7bps); DI jan/29 em 13,22% (- 1,9bps); DI jan/31 em 13,5% (- 2,7bps).

IFIX

IFIX encerra terça-feira em alta de 0,13%. O índice refletiu o desempenho positivo tanto dos fundos de papel (+0,15%) quanto dos fundos de tijolos (+0,13%). A valorização foi influenciada pelo fechamento da curva de juros, acompanhando o movimento externo, em um dia marcado por uma agenda econômica mais tranquila no cenário doméstico. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se ITRI11 (+2,2%), RBRL11 (+1,9%) e BCIA11 (+1,5%). Já entre as principais quedas, figuraram BLMG11 (-2,4%), BROF11 (-2,0%) e PATL11 (-1,6%).

No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo pretende enviar ao congresso dois projetos de lei, com o primeiro promovendo a limitação das compensações tributárias e medidas de cortes de despesas e o segundo elevando a tributação sobre bets e fintechs. Essas medidas já estavam incluídas na MP nº 1303/25, que teve seu prazo de validade expirado sem ser votada.

Agenda relativamente tranquila nesta quarta-feira. No exterior, teremos a divulgação dos estoques de petróleo dos EUA e a participação da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, em um evento.

No Brasil, continuam as discussões sobre as medidas para o Orçamento de 2026.

 

(da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)