31 de julho de 2025
Metanol

Anvisa anuncia que está em contra com agência internacionais para que o Brasil tenha acesso amplo ao fomepizol, indicado como antídoto para intoxicação por metanol

A Agência já consultou formalmente autoridades reguladoras internacionais sobre a autorização de comercialização do produt

Por Foto: Arquivo da Política Real
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Imagem da sede da Anvisa Foto: Arquivo da Política Real

(Brasília-DF, 03/10/2025) A Anvisa(Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou que, ela que faz parte da Sala de Situação criada pelo governo federal para lidar com os casos de intoxicação pelo metanol, informou que está mantendo contrato com agências internacionais com vista a que o país tenha acesso ao fomepizol, indicado como antídoto para intoxicação por metanol.

A Agência já consultou formalmente autoridades reguladoras internacionais sobre a autorização de comercialização do produto em seus respectivos países. As agências consultadas são:

ANMAT (Argentina), COFEPRIS (México), EMA (União Europeia) , FDA (Estados Unidos), Health Canada (Canadá) , MHLW (Japão), MHRA (Reino Unido) , NMPA (China) , Swissmedic (Suíça), TGA (Austrália)

Além disso, foi publicado um Edital de Chamamento para identificar fabricantes e distribuidores internacionais com disponibilidade imediata de fornecimento do medicamento ao Ministério da Saúde. O objetivo é acelerar a aquisição do produto e garantir o atendimento aos pacientes no menor tempo possível.

A iniciativa responde a um ofício de urgência enviado pelo Ministério da Saúde, solicitando a publicação do edital.

Suporte às análises laboratoriais 

A Anvisa também está em articulação com os laboratórios da Rede Nacional de Laboratórios de Vigilância Sanitária (RNLVISA) para definir o fluxo de coleta e envio de amostras suspeitas de contaminação. Já foram identificados três laboratórios com capacidade analítica para esse tipo de análise:

Lacen/DF, Laboratório Municipal de São Paulo, INCQS/Fiocruz

A previsão é de que, em breve, esses laboratórios estejam plenamente aptos a iniciar as análises. Além disso, a Agência está em tratativas com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), visando estabelecer cooperação para ampliar a capacidade de testagem das amostras.

As orientações para envio de amostras pelas Vigilâncias Sanitárias estaduais e municipais serão divulgadas em breve. 

Fiscalização e apoio em campo

A Anvisa tem prestado apoio às Vigilâncias Sanitárias locais que identificaram casos suspeitos de intoxicação. Nesta quinta-feira (2/10), a Agência participou de uma ação de campo em parceria com a Vigilância Sanitária do Distrito Federal. 

Alternativas emergenciais: etanol grau farmacêutico

Em caráter emergencial, a Anvisa trabalha na identificação de farmácias de manipulação e laboratórios farmacêuticos aptos à preparação estéril de etanol grau farmacêutico, que poderá ser considerado como alternativa terapêutica ao fomepizol, caso necessário. 

A Agência realizou um levantamento nacional dessas farmácias e está pronta para adotar medidas regulatórias que viabilizem a produção do etanol manipulado, caso essa estratégia seja aprovada pelo Ministério da Saúde. Foram identificadas 604 farmácias de manipulação aptas.

Consumidores e estabelecimentos comerciais  

A Anvisa esclarece algumas questões que não estão sob competência direta da Agência ou que neste momento estão sendo centralizadas estrategicamente por outros órgãos:   

Orientações sobre como reconhecer uma bebida alcoólica original de fábrica podem ser consultadas junto ao Ministério da Agricultura, órgão que registra as bebidas e regula o processo de produção desses produtos.   

A importação e a distribuição do metanol são controladas no Brasil pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Considerando que o Metanol não possui cor, cheiro ou sabor característico, sendo a identificação possível apenas por meio laboratorial, orienta-se seguir as medidas de prevenção que vêm sendo divulgadas pelo Ministério da Saúde e Secretarias de Saúde locais.   

Estabelecimentos comerciais devem seguir as recomendações das Vigilâncias Sanitárias locais e denunciar produtos suspeitos. Vale lembrar que o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) é descentralizado e a fiscalização de estabelecimentos como bares, restaurantes e distribuidoras de bebidas é realizada pelas Vigilâncias Sanitárias locais.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real0