DESTAQUE DO DIA: Mercados globais em alta e no Brasil destaque para a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) referente a julho
Veja mais
Publicado em
(Brasília-DF, 12/09/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em alta e no Brasil destaque para a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) referente a julho.
Veja mais:
Nesta quinta-feira, os futuros nos EUA operam em alta (S&P 500: 0,2%; Nasdaq 100: +0,2%) enquanto o mercado aguarda a divulgação do CPI de agosto. Na véspera, Oracle disparou 36% após apresentar forte guidance de crescimento em seu segmento de infraestrutura em nuvem, no melhor pregão desde 1992, adicionando US$ 244 bi em valor de mercado e puxando outras ações ligadas a AI, como Broadcom, AMD e Micron.
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: 0,2%) enquanto investidores aguardam a decisão do BCE. A taxa de depósito deve ser mantida em 2%, mas o mercado acompanha as projeções macroeconômicas atualizadas da autoridade monetária. Entre os destaques corporativos, Kering avança 2% após adiar a aquisição da Valentino para 2028, enquanto Sanofi cai 10% após estudo clínico decepcionante.
Na China, os mercados fecharam mistos (HSI: -0,4%; CSI 300: +2,3%), com ganhos expressivos em ações de tecnologia e consumo. No Japão, o Nikkei 225 subiu +1,2% e renovou recorde histórico, puxado pelo SoftBank após notícias de acordo bilionário da OpenAI com a Oracle.
Economia
Nos Estados Unidos, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) recuou 0,1% em agosto comparado a julho, enquanto as expectativas de mercado apontavam para alta de 0,3%. No acumulado em 12 meses, a inflação cedeu de 3,1% para 2,6%. A queda inesperada do PPI no mês passado sugere que muitas empresas estão absorvendo parte importante do custo relacionado às tarifas de importação mais altas, além de sinalizar um arrefecimento da demanda doméstica em meio aos dados mais fracos do mercado de trabalho. O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) deve retomar o ciclo de corte de juros na semana que vem (17/set), com uma redução de 0,25 p.p. plenamente precificada pelo mercado.
IBOVESPA +0,5% | 142.349 Pontos. CÂMBIO -0,6% | 5,40/USD
O Ibovespa encerrou a quarta-feira em alta de 0,5%, aos 142.349 pontos. Os investidores repercutiram os dados de inflação de agosto no Brasil e nos EUA: o IPCA veio ligeiramente acima das expectativas, enquanto a inflação ao produtor americana (PPI) recuou 0,1%, abaixo do consenso de 0,4%.
Marfrig (MRFG3, +4,2%) e BRF (BRFS3, +2,8%) subiram em meio à expectativa pela conclusão do processo de fusão entre as companhias, prevista para 22 de setembro. Na ponta negativa, Braskem (BRKM5, -3,7%) recuou em movimento técnico, acumulando queda de 5,6% na semana.
Nesta quinta-feira, destaque para os dados de inflação ao consumidor (CPI) de agosto nos EUA. No cenário doméstico, os investidores seguem atentos ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quarta-feira com abertura nos vértices curtos da curva, e certa estabilidade nos vértices mais longos. No Brasil, o movimento de abertura foi impulsionado pelos dados do IPCA, que registraram uma deflação abaixo do esperado pelo mercado. No entanto, esse efeito não se estendeu aos vértices mais longos, que tiveram variação limitada diante da queda do dólar e do recuo nas Treasuries. Nos EUA, o movimento foi influenciado pela divulgação do índice de inflação ao produtor (PPI), que reforçou a expectativa de que o Federal Reserve realize um corte de 25bps na taxa de juros em setembro. Com isso, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram em 3,54% (-2,70bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,05% (-3,44bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,9% (+0,2bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,01% (+4,8bps); DI jan/29 em 13,2% (+0,8bps); DI jan/31 em 13,46% (- 1,1bps).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a quarta-feira com alta de 0,25%, renovando sua máxima histórica aos 3.515 pontos, em um dia marcado pela estabilidade da curva de juros no Brasil. No cenário doméstico, o principal destaque da agenda econômica foi a divulgação do IPCA de agosto, que registrou deflação de 0,11% na variação mensal — resultado ligeiramente acima da expectativa do mercado, que projetava uma queda de 0,15%.
No âmbito setorial, tanto os fundos de papel quanto os de tijolo apresentaram desempenho positivo na sessão, com altas médias de 0,61% e 0,26%, respectivamente. Entre as maiores valorizações do dia, destacaram-se CACR11 (12,5%), TGAR11 (3,7%) e HSLG11 (2,5%). Já entre as principais quedas, figuraram RBRP11 (-2,1%), BLMG11 (-1,8%) e ICRI11 (-1,3%).
No Brasil, o IPCA recuou 0,11% em agosto em relação a julho, resultado um pouco acima das expectativas (XP e Mercado: -0,15%). Assim, a inflação anual declinou de 5,23% para 5,13%. A queda significativa na tarifa de energia elétrica (devido ao chamado “bônus de Itaipu”) explicou, em grande medida, a deflação no índice geral. A nosso ver, o IPCA de agosto reforçou que o alívio recente na inflação está bastante relacionado à descompressão nos preços de bens industrializados e alimentos, em decorrência de condições climáticas favoráveis, produção agrícola recorde e apreciação da taxa de câmbio ao longo do primeiro semestre. Por outro lado, as métricas da inflação de serviços seguem em patamares elevados, sobretudo os componentes intensivos em mão de obra. Projetamos alta de 4,8% para o IPCA de 2025.
Hoje, destaque para a decisão de política monetária do BCE (Banco Central Europeu), que não deve alterar as taxas de juros de referência na Zona do Euro, além da publicação da inflação ao consumidor dos Estados Unidos em agosto.
No Brasil, destaque para a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) referente a julho. Esperamos crescimento de 0,8% para o volume de vendas no varejo ampliado, após contração de 2,5% em junho.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)