31 de julho de 2025
MERCADOS

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em queda e Pesquisa Mensal de Serviços de outubro no Brasil

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Por Politica Real com agências
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Mercados em queda Foto: Arquivo da Política Real

(Brasília-DF, 12/12/2025) A Política Real teve acesso ao relatório  “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em queda e no Brasil agenda de indicadores relativamente vazia, o destaque fica para a divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços de outubro no Brasil, que esperamos avanço de 0,4% contra setembro (2,3% na comparação interanual).

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Mercados globais

Nesta sexta-feira, os futuros nos EUA operam em queda (S&P 500: -0,1%; Nasdaq 100: -0,4%), após uma sessão marcada por forte rotação setorial e novos recordes históricos em Wall Street. Na véspera, o S&P 500 fechou em máxima histórica, impulsionado pelo fluxo para ações cíclicas e de valor após o terceiro corte de juros do Fed no ano, enquanto o Nasdaq recuou 0,3%, pressionado pela realização de lucros em ações ligadas à inteligência artificial, como Alphabet e Nvidia. No pós-mercado, Broadcom caiu quase 5% apesar de resultados fortes, enquanto Lululemon saltou 10% após anunciar a saída do CEO.

Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: +0,5%), acompanhando o forte desempenho recente dos mercados americanos e o apetite global por risco após o corte de juros nos EUA. O avanço é liderado por nomes específicos, como a francesa Wendel (+5,8%), após notícias de distribuição relevante de capital aos acionistas, enquanto ações ligadas à tecnologia recuam, refletindo a fraqueza recente do setor nos EUA. Investidores também acompanham dados finais de inflação na Alemanha, França e Espanha.

Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: +0,6%; HSI: +1,7%), após reação positiva às sinalizações das autoridades sobre apoio amplo à economia em 2026, com foco em estímulos ao consumo, estabilização do setor imobiliário e fortalecimento das capacidades tecnológicas domésticas. O movimento refletiu a melhora do sentimento global e expectativas de condições financeiras mais acomodadas. No Japão e na Coreia do Sul, ações de tecnologia e setores cíclicos lideraram os ganhos.

Economia

Os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA subiram 44 mil, alcançando 236 mil, a maior alta semanal desde março de 2020. O dado reforça a percepção de desaceleração do mercado de trabalho, mas ainda em patamar historicamente sólido. Ainda nos EUA, a balança comercial de setembro registrou um déficit de US$ 52,8 bilhões, o menor desde junho de 2020, superando as expectativas de cerca de US$ 63 bilhões. As exportações avançaram 3% em relação a setembro, contra apenas 0,6% de aumento das importações. Por fim, o Senado mexicano aprovou aumento de tarifas comerciais sobre diversos produtos, afetando países como Brasil e China.

IBOVESPA +0,07% | 159.189 Pontos.  CÂMBIO -0,77% | 5,42/USD

Ibovespa

O Ibovespa encerrou a quinta-feira próximo da estabilidade, com leve alta de 0,07%, aos 159.189 pontos. O mercado repercutiu a decisão do Copom, que manteve a Selic em 15,00% e adotou um tom ligeiramente mais duro no comunicado, reforçando a expectativa do nosso time de economia de que o ciclo de cortes de juros no Brasil deve começar em março, e não em janeiro. Além disso, os investidores seguem atentos ao cenário político, à medida que o ambiente eleitoral para 2026 começa a ganhar maior relevância na precificação dos ativos.

RD Saúde (RADL3, +3,2%) deu sequência ao movimento de alta, acumulando valorização de 7,8% na semana. Recentemente, nosso time de Varejo elevou a recomendação do papel de Neutro para Compra (veja mais detalhes aqui). Na ponta negativa, Suzano (SUZB3, -4,3%) recuou após a divulgação de suas estimativas de custo de produção de celulose para 2027.

Nesta sexta-feira, o principal destaque da agenda econômica será a divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços de outubro no Brasil.

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a quinta-feira com fechamento ao longo da curva, em um movimento de correção. No Brasil, sem a presença de ruídos relevantes no cenário político, o mercado encontrou espaço para aliviar parte da pressão acumulada na semana anterior, apoiado pela desvalorização do dólar. Com isso, o DI jan/26 fechou em 14,91% (-0,4bps frente ao pregão anterior); DI jan/27 em 13,74% (-1,8bps); DI jan/29 em 13,14% (-11,9bps); e DI jan/31 em 13,42% (-11,7bps). Nos Estados Unidos, após a divulgação de dados mais fracos do mercado de trabalho e a decisão de afrouxamento monetário anunciada ontem, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,53% (- 8,46bps vs. pregão anterior); enquanto os de dez anos em 4,14% (- 3,76bps).

IFIX

O IFIX fechou a quinta-feira com leve alta de 0,05%, acumulando ganho de 0,48% nos primeiros pregões de dezembro. No desempenho setorial, os fundos de papel avançaram, em média, 0,30%, enquanto os fundos de tijolo recuaram 0,16%, em movimento de correção. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se BPML11 (+3,8%), DEVA11 (+1,6%) e VCJR11 (+1,4%). Já entre as principais quedas, figuraram HSLG11 (-1,6%), PVBI11 (-1,3%) e TGAR11 (-1,2%).

No Brasil, os dados divulgados pela Pesquisa Mensal de Comércio referentes a outubro vieram acima do esperado, com crescimento de 1,1% no varejo ampliado em relação a setembro (XP e Mercado: 0,3%) e 0,5% no varejo restrito (XP: -0,2%; Mercado: -0,1%). Entretanto, a economia perdeu tração neste semestre, em linha com a política monetária contracionista. Agenda de indicadores relativamente vazia, o destaque fica para a divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços de outubro no Brasil, que esperamos avanço de 0,4% contra setembro (2,3% na comparação interanual).

(da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)