31 de julho de 2025
TENTATIVA DE GOLPE

Porta-voz da Casa Branca diz que, face a possível condenação de Bolsonaro, que os EUA não tem medo de usar o poder econômico e o poder militar dos EUA para proteger a liberdade de expressão ao redor do mundo

A representante da Casa Branca afirmou, no entanto, que por ora "não há ações adicionais" previstas

Por Política Real com agências
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Karoline Leavitt , porta-voz da Casa Branca Foto: imagem de streaming

Com agências.

(Brasília-DF, 09/09/2025). Nesta terça-feira, 09, a porta-voz do governo dos Estados Unidos, Karoline Leavitt, respondeu a uma pergunta sobre a possível condenação do ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, na Primeira Turmad do  Supremo Tribunal Federal (STF) e a supostos ataques à liberdade no Brasil.

"Posso dizer que essa é uma prioridade para o governo. O presidente [Donald Trump] não tem medo de usar o poder econômico e o poder militar dos EUA para proteger a liberdade de expressão ao redor do mundo", disse Leavitt.

A representante da Casa Branca afirmou, no entanto, que por ora "não há ações adicionais" previstas.

A porta-voz disse que os EUA já tomaram "ações significativas com relação ao Brasil, em forma tanto de sanções quanto de tarifas, para garantir que países ao redor do mundo não estejam punindo seus cidadãos".

"A liberdade de expressão é, possivelmente, a questão mais importante do nosso tempo. Ela está consagrada na nossa Constituição, e o presidente acredita fortemente nela."

Um trecho da fala de Leavitt foi compartilhado na rede social X pela conta da Embaixada dos EUA no Brasil.

A porta-voz fez as declarações em uma entrevista coletiva, em resposta a uma pergunta do jornalista americano e ativista Michael Shellenberger — que perguntou se os EUA previam medidas adicionais em resposta à censura e ao bloqueio para que certas pessoas se candidatem no Brasil e outros países.

Shellenberger citou a inelegibilidade de Jair Bolsonaro e sua possível condenação na ação penal que está sendo julgada nessa semana no STF.

O jornalista foi um dos principais responsáveis pela divulgação dos chamados "Twitter Files" ("Arquivos do Twitter"), um compilado de trocas de e-mails de funcionários do Twitter sobre decisões judiciais brasileiras que envolveram a rede social entre 2020 e 2022.

O jornalista acusou o STF, o ministro do STF Alexandre de Moraes e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de censura a contas e conteúdo de "oponentes".

Moraes é relator da ação penal que pode condenar Bolsonaro.

Recentemente, o americano solicitou ao STF autorização para entrevistar Filipe Garcia Martins Pereira, ex-assessor especial de Assuntos Internacionais de Bolsonaro que também é réu na ação penal que atinge o ex-presidente e aliados.

( da redação com BBC. Edição: Política Real)