MERCADOS

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em alta e no Brasil expectativa sobre possível plano de contingência ao tarifaço e sem índices em destaque

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Por Política Real com assessoria
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Mercados em alta Foto: Arquivo da Política Real

(Brasília-DF, 29/07/2025). A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em alta e no Brasil, mercado especula sobre as medidas de contingência após aplicação do tarifaço de Donald Trump. Não será divulgado nenhum índice relevante.

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Mercados globais

Nesta terça-feira, os futuros nos EUA operam em alta (S&P 500: +0,3%; Nasdaq 100: +0,5%) após novos recordes históricos nos índices S&P 500 e Nasdaq na véspera. O S&P 500 registrou seu 15º fechamento recorde de 2025, ainda que com leve ganho, enquanto o Nasdaq subiu 0,3%.

O avanço segue sustentado por expectativas positivas com a temporada de resultados e pela possibilidade de novos acordos comerciais antes do prazo de 1º de agosto. Trump já firmou acordos com Japão, Indonésia e União Europeia, e agora os mercados aguardam um possível entendimento com a China. As atenções também se voltam à decisão do Fed amanhã.

Na Europa, as bolsas sobem (Stoxx 600: +0,7%), com destaque para a reação positiva a resultados. A Philips avança 10% após revisar para baixo o impacto esperado das tarifas; a EssilorLuxottica sobe 6% com forte demanda por óculos inteligentes; e a AstraZeneca ganha 1,7% após divulgar lucro acima do esperado.

Na China, os mercados fecharam mistos (CSI 300: 0,4%; HSI: -0,2%), na expectativa de novo acordo comercial com os EUA.

Economia

O anúncio de acordos comerciais entre os Estados Unidos e a União Europeia impulsionou a moeda norte americana – Índice do dólar (que mede a força do dólar contra uma cesta de moedas) subiu 1% – e fez o preço do petróleo – o Brent (referência para precificação do petróleo) – subir aproximadamente 2,90%, para US$ 69,60. Ontem, Estados Unidos e China se reuniram para continuar as negociações comerciais, com a principal pauta sendo a prorrogação da trégua tarifaria. A China enfrenta o prazo de 12 de agosto para um acordo duradouro com os norte-americanos. Por fim, Donald Trump afirmou que pretende estabelecer uma tarifa global de 15% a 20%.

IBOVESPA -1,04% | 132.129 Pontos.  CÂMBIO +0,54% | 5,59/USD

Ibovespa

O Ibovespa encerrou o pregão de segunda-feira em queda de 1,0%, aos 132.129 pontos, com 73 dos 84 papéis do índice no campo negativo, enquanto os investidores aguardam as decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos na quarta-feira (30), além da possível entrada em vigor das tarifas anunciadas por Donald Trump a partir de 1º de agosto.

Yduqs (YDUQ3, +2,3%) se recuperou parcialmente da queda de 4,7% registrada no pregão anterior, após o anúncio da troca do CEO da companhia. Na ponta negativa, CSN (CSNA3, -4,4%) acompanhou o recuo de 2,5% no preço do minério de ferro.

Nesta terça-feira, os destaques da agenda econômica serão o relatório JOLTs de junho e o índice de confiança do consumidor do Conference Board referente a julho, ambos nos Estados Unidos. Pela temporada de resultados do 2T25, os destaques serão Intelbras e Motiva. Já pela temporada internacional de resultados, estão previstos os balanços de AstraZeneca, Merck & Co. e Procter & Gamble.

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a sessão de segunda-feira (28) com leve fechamento ao longo da curva. No Brasil, a percepção de que as tarifas americanas de 50% não serão revertidas até 1º de agosto contribuiu para a queda da curva de juros. Nos Estados Unidos, o mercado manteve o foco nas negociações comerciais do país e na expectativa pela reunião do Federal Reserve, marcada para quarta-feira (30/07), na qual precifica aproximadamente 97% de chance de ocorrer a manutenção dos juros entre 4,25% e 4,50%. Por lá, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,92% (-0,1bp vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,41% (+1,5bp). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,93% (+0,1bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,22% (- 1,5bp); DI jan/29 em 13,54% (- 0,3bp); DI jan/31 em 13,78% (- 1,6bp).

IFIX

O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) iniciou a semana em queda de 0,41%, acumulando desvalorização de 1,51% no mês de julho até o momento. Tanto os FIIs de Papel quanto os Fundos de Tijolo registraram desempenho negativo na sessão, com recuos médios de 0,30% e 0,20%, respectivamente. As maiores altas do dia foram: RBRP11 (2,3%), RCRB11 (2,0%) e KORE11 (2,0%). Já as principais quedas ficaram por conta de IRDM11 (-1,7%), HSLG11 (-1,7%) e SNEL11 (-1,7%).

No Brasil, o pacote com medidas de contingência para auxiliar setores foi apresentado, mas o governo buscará negociar com os Estados Unidos antes.

Na agenda internacional, o destaque fica para a divulgação do relatório JOLTs (job openings and labor turnover survey) nos Estados Unidos. Na agenda doméstica, nenhum indicador relevante.

(da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)