DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em alta e no Brasil semana decisiva para o tarifaço e reunião do Copom
Na Europa, as bolsas sobem após o acordo comercial EUA-UE (Stoxx 600: +0,6%), impulsionadas por montadoras.
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(Brasília-DF, 28/07/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning CAll” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em alta e no Brasil destaque para a semana decisiva sobre uma solução antes da vigência do tarifaço das exportações brasileiras para os EUA e semana de Copom e mais índices.
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Nesta segunda-feira, os futuros de ações nos EUA operam em alta (S&P 500: +0,2%; Nasdaq 100: +0,4%) diante do otimismo com a temporada de resultados e da trégua comercial firmada entre EUA e União Europeia, reduzindo tarifas para 15% sobre bens europeus. Na semana passada, o S&P 500 e o Nasdaq renovaram máximas.
A semana promete ser intensa, com mais de 150 empresas do S&P 500 divulgando seus resultados, incluindo Meta e Microsoft na quarta e Amazon e Apple na quinta. Investidores estarão atentos aos comentários sobre IA, diante dos grandes investimentos no setor. Também está no radar a reunião do Fed, que termina na quarta-feira, e os dados de inflação (PCE) e emprego (payroll), ambos com divulgação prevista para quinta e sexta, respectivamente.
Na Europa, as bolsas sobem após o acordo comercial EUA-UE (Stoxx 600: +0,6%), impulsionadas por montadoras. O índice automotivo europeu lidera os ganhos (+1,5%) com destaque para Stellantis, Porsche e Mercedes, que avançam mais de 2%.
Na China, os mercados fecharam de forma mista (CSI300: +0,2%; HSI: +0,7%), com investidores aguardando detalhes das negociações entre EUA e China, que ocorrem hoje em Estocolmo.
Economia
Os Estados Unidos e a União Europeia firmaram acordo comercial que estabelece tarifa de 15% sobre produtos europeus exportados ao mercado estadunidense e prevê compromissos relevantes de compras e investimentos bilaterais. O bloco econômico vinha enfrentando a perspectiva de tarifas de 30% e buscava junto à Casa Branca um acordo de tarifa zero bilateral. Ademais, Estados Unidos e China devem anunciar a extensão por 90 dias da trégua tarifária vigente, cujo término estava previsto para 12 de agosto, conforme reportou o South China Morning Post. Ainda sobre as tarifas, o governo dos Estados Unidos confirmou a aplicação, a partir de 1º de agosto, das alíquotas sobre seus parceiros comerciais, incluindo o Brasil.
Na agenda internacional, semana repleta de indicadores. Nos Estados Unidos, atenções voltadas para a decisão de juros, os dados de emprego e a inflação ao consumidor medida pelo PCE – indicador de inflação favorito do Fed, banco central. Na Zona do Euro, será divulgada a primeira leitura do PIB do 2º trimestre e os dados de inflação ao consumidor.
IBOVESPA -0,2% | 133.524 Pontos. CÂMBIO +0,7% | 5,56/USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a semana com um leve avanço de 0,1% em reais e 0,3% em dólares, aos 133.524 pontos
O destaque negativo da semana foi WEG (WEGE3, -14,6%), após a divulgação de resultados do 2T25 abaixo do esperado (veja o comentário dos nossos analistas aqui).
Por outro lado, Fleury (FLRY3, +14,7%) foi o destaque positivo, após notícias indicarem que a Rede D’Or (RDOR3, -1,1%) pode estar preparando uma oferta para adquirir as operações da empresa (veja aqui).
Renda Fixa
No comparativo semanal, os juros futuros encerraram com fechamento nos vértices curtos e intermediários, e abertura na parte longa da curva, com o mercado repercutindo os dados que apontaram desaceleração econômica no Brasil. O diferencial entre os contratos com vencimento em janeiro de 2035 e 2026 saiu de -107,50bps pontos-base (bps) na sexta-feira passada para -100,00bps nesta semana. As taxas de juro real tiveram abertura, com os rendimentos das NTN-Bs com vencimento em 2030 consolidando-se em patamares próximos a 7,88% a.a. (vs. 7,81% a.a. na semana anterior). O DI jan/26 encerrou em 14,93% (- 3,5bps no comparativo semanal); DI jan/27 em 14,23% (-13,5bps); DI jan/29 em 13,56% (- 10bps); DI jan/31 em 13,82% (- 3bps); DI jan/35 em 13,93% (- 4bps).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a sexta-feira em alta de 0,22%, acumulando queda de 0,57% na semana. Tanto os FIIs de Papel quanto os Fundos de Tijolo registraram desempenho positivo na sessão, com valorizações médias de 0,29% e 0,12%, respectivamente. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se RBRY11 (1,8%), HSLG11 (1,8%) e KIVO11 (1,7%). Já as principais quedas foram de TOPP11 (-1,2%), BROF11 (-1,1%) e PVBI11 (-1,1%).
No Brasil, as negociações entre Brasil e Estados Unidos serão destaque. Ademais, teremos decisão da taxa Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central na quarta-feira. Também conheceremos a taxa de desemprego e a produção industrial de junho.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)