TARIFAÇO

TARIFAÇO: Enquanto nada anda nas negociações EUA-Brasil, fontes diplomática afirma que EU-Europa estão próximos de um acordo de 15%; ontem, EUA e Japão fizeram acordo de 15%

Fontes diplomáticas reconheceram que o anúncio do acordo EUA-Japão, segundo o qual o país asiático terá que pagar tarifas de 15%, criou "certa excitação" de que um pacto EUA-UE "pode ​​ser lançado em breve"

Por Política Real com DW, EFE
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Imagem de ação exportadora no porto de Hamburgo, na Alemanha Foto: Portos e Navioa

(Brasília-DF, 23/07/2025) Nesta quarta-feira, 23, segundo fontes diplomáticas que informaram a agência EFE, a União Europeia (UE) e os Estados Unidos estão mais perto de chegar a um acordo sobre tarifas de 15% sobre produtos europeus. Enquanto isso, nada anda em negociações no Brasil

As fontes afirmaram que "tudo parece indicar" que a UE e os EUA estão "mais próximos" de um acordo com tarifas de 15% sobre as importações da UE vindas dos Estados Unidos, seguindo o "ambiente" gerado pelo acordo que os EUA fizeram com o Japão para o mesmo efeito.

De qualquer forma, eles enfatizaram que a decisão final cabe ao presidente dos EUA, Donald Trump, então os Vinte e Sete continuam os preparativos para possíveis contramedidas.

Fontes diplomáticas reconheceram que o anúncio do acordo EUA-Japão, segundo o qual o país asiático terá que pagar tarifas de 15%, criou "certa excitação" de que um pacto EUA-UE "pode ​​ser lançado em breve".

Eles enfatizaram que o pacto Japão-EUA gerou "uma certa atmosfera, um efeito borbulhante" porque está sendo negociado e "parece estar mais próximo". De qualquer forma, admitiram que é preciso "cautela".

Esta manhã, a Comissão Europeia declarou que a retaliação às tarifas dos EUA, se necessária em caso de um cenário de não acordo com os Estados Unidos, não entraria em vigor antes de 7 de agosto.

"Para tornar nossas contramedidas mais claras, simples e fortes, uniremos as listas um e dois em uma única lista (que não entrará em vigor antes de 7 de agosto) e a enviaremos aos estados-membros para aprovação", disse o porta-voz comercial da CE, Olof Gill.

Ontem

Nessa quarta-feira, 22,  primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, disse que as tarifas dos EUA sobre carros japoneses seriam reduzidas de 25% para 15% depois que os dois países chegassem a um acordo comercial.

"Concordamos em reduzir a tarifa adicional de 25% imposta em abril sobre automóveis e autopeças para 15%", incluindo a taxa de 2,5% imposta anteriormente, disse Ishiba.

"Somos o primeiro país do mundo a reduzir tarifas sobre carros e peças sem limites de volume", disse ele a repórteres.

Anteriormente, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou o novo acordo tarifário com tarifas "recíprocas" de 15%.

Em uma publicação na plataforma Truth Social, o presidente chamou o acordo de "enorme, talvez o maior de todos os tempos", acrescentando que o Japão investirá US$ 550 bilhões nos EUA e que seu país ficará com 90% dos lucros.

"Este acordo trará milhares de empregos (...) e o Japão abrirá seu país ao comércio, incluindo automóveis, caminhões, arroz e outros produtos agrícolas", explicou o presidente.

O anúncio de Trump ocorre no mesmo dia em que o negociador de tarifas japonês, Ryosei Akazawa, disse que esperava chegar a um acordo com Washington até 1º de agosto.

Naquela época, o governo Trump havia ameaçado impor uma tarifa de 25% sobre produtos japoneses importados.

As tarifas de 50% dos EUA sobre as importações de aço e alumínio do Japão não estão incluídas no acordo comercial anunciado entre os dois países, disse Akazawa.

"Se você está perguntando se o acordo inclui aço e alumínio, não", disse Akazawa a repórteres em Washington.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)