Segundo pesquisa Genial/Quaest, desaprovação do Governo Lula chega a 57% enquanto aprovação é de 40%; veja os comentários à pesquisa feitos pelo cientista político Felipe Nunes
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( Publicada originallmemte às 10h 00 do dia 04/06/2025)
(Brasília-DF, 05/06/2025) Na manhã desta quarta-feira, 04, a parceira da Quaest com a Genial Investimentos divulgou a sua nova pesquisa sobre a aprovação do Governo e do Presidente Lula.
Veja a íntegra das postagens:
Pesquisa Genial/Quaest mostra que a desaprovação do Governo Lula segue alta e chega a 57% em maio/25. A aprovação está em 40%, o menor nível da série histórica.
Desaprovação 57% (+1)
Aprovação 40% (-1)
pesar da estabilidade nos números, muita coisa mudou no país nos últimos dois meses. O governo anunciou ou iniciou a implementação de um conjunto de propostas amplamente aprovadas pela sociedade - em média, 79% entre os que conhecem as medidas. No entanto, o desconhecimento ainda é elevado: cerca de 60% da população não ouviu falar das iniciativas.
A percepção sobre a economia também começou a dar sinais de melhora. Pela primeira vez em muitos meses, houve uma queda expressiva na fatia da população que avali
A percepção de desaceleração da inflação de alimentos também contribuiu para uma avaliação mais favorável da economia. Em março de 2025, 88% diziam que os preços dos alimentos haviam subido nos mercados; em maio, esse número caiu para 79%
A reversão na percepção de alta dos preços da gasolina também contribuiu para a melhora, ainda que marginal, na percepção geral sobre a economia. Eram 70% os que sentiam a alta da gasolina em março, em maio o percentual chegou a 54%.
Como explicar, então, a manutenção da alta desaprovação neste mês, mesmo diante desses sinais positivos? Um fator relevante é o desequilíbrio informacional: o volume de notícias negativas sobre o governo foi mais que o dobro do de notícias positivas no per Entre as notícias negativas mais lembradas espontaneamente está o caso do INSS, que reaproximou a corrupção do governo. Esses dois temas - INSS e corrupção - lideram as menções entre os que afirmaram ter visto mais notícias negativas sobre o governo.
Entre as notícias negativas mais lembradas espontaneamente está o caso do INSS, que reaproximou a corrupção do governo. Esses dois temas - INSS e corrupção - lideram as menções entre os que afirmaram ter visto mais notícias negativas sobre o governo.
Quando estimulado, o escândalo no INSS foi reconhecido por 82% da população. Ou seja, trata-se de um tema de ampla repercussão. Um tema que ganhou duas vezes mais atenção do público do que as políticas ou programas anunciados pelo governo.
O desgaste para o governo foi claro: 31% dos brasileiros responsabilizaram o governo Lula pelo caso, 26% não sabem de quem é a responsabilidade e apenas 8% colocam a responsabilidade no governo Bolsonaro. Ou seja, a oposição venceu a guerra de narrativas.
Mas não foi só o INSS que estancou o possível efeito positivo da economia e dos programas do governo sobre a aprovação. O próprio Lula 3 tem passado a impressão cada vez maior de que é pior do que os governos anteriores do Lula.
Também continua maior (numericamente) o percentual de brasileiros que dizem que o governo Lula 3 é pior do que o governo Bolsonaro. Mais uma comparação que desqualifica a atual administração.
E, por fim, mais brasileiros acreditam que o governo Lula 3 é pior do que eles esperavam inicialmente. Trata-se de uma clara quebra de expectativa, que prejudicou a recuperação da aprovação do governo.
Como resultado, o governo colhe uma impressão muito negativa sobre os rumos do país. Nesta pesquisa, 61% afirmam que o Brasil está indo na direção errada, contra 32% que acreditam que estamos indo na direção certa.
O escândalo do INSS e as expectativas frustradas sobre o desempenho do governo, começam a afetar não só o governo, mas a imagem do presidente: 48% acreditam que Lula não é bem intencionado e 70% acreditam que ele não cumpre suas promessas de campanha
A Quaest ouviu 2.004 pessoas entre os dias 29/05 e 01/06. O nível de confiabilidade é de 95% e a margem de erro é de 2 pp. A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos.
( da redação com X de Felipe Nenus. Edição: Política Real)