Cuba condena operação militar dos EUA no Caribe e alerta para risco regional
Instituto oficial cubano emite declaração de solidariedade à Venezuela.
O Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP) emitiu uma declaração oficial nesta última sexta-feira, 14 de novembro, condenando veementemente a operação “Lança do Sul” lançada pelos Estados Unidos no Caribe. O texto classifica a iniciativa militar como uma “perigosa escalada de ações agressivas” contra a Venezuela e uma grave ameaça à estabilidade regional, representando violação flagrante do direito internacional e da soberania das nações.
O instituto cubano reafirmou seu apoio inabalável ao governo do presidente Nicolás Maduro e alertou que a operação militar busca desestabilizar um governo legítimo, minando a Proclamação da América Latina e do Caribe como “Zona de Paz”. O documento acusa os EUA de utilizarem pretextos infundados sobre narcotráfico para justificar intervenções, enquanto seriam os próprios estadunidenses os principais responsáveis por colaborar com redes de distribuição de drogas através de sua agência de inteligência.
Além das críticas à operação militar, o ICAP condenou as execuções extrajudiciais perpetradas por forças dos EUA na região caribenha, classificando-as como violações graves dos protocolos internacionais de direitos humanos e do direito marítimo. O instituto exigiu investigação imediata dessas ações e instou organizações internacionais a não mais tolerarem a impunidade estadunidense na região.
“O ICAP expressa sua mais veemente e enérgica rejeição à implementação da chamada Operação ‘Lança do Sul’, que constitui uma perigosa escalada de ações agressivas contra a Venezuela e uma grave ameaça à paz regional. Esta operação militar representa uma violação flagrante do direito internacional e da soberania das nações”, declarou o instituto em nota oficial.
“Conclamamos todos os movimentos sociais, forças progressistas e povos do mundo a erguerem suas vozes contra essa nova agressão imperialista. Em respeito à soberania e à autodeterminação dos povos, dizemos não à interferência e às operações militares dos EUA em nossa região”, finaliza o documento do Instituto Cubano de Amizade com os Povos.