31 de julho de 2025

Os conservadores podem se animar!

A coluna de Genésio Araújo Junior é editada todos os domingos neste espaço

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(Brasília-DF) A semana do primeiro de maio promete ser um poço de mágoas e contradições.

Na semana passada foi divulgado que o nível de desemprego no pais, mês de março, foi de 5,7% da População Economicamente Ativa(PEA). Em fevereiro, foi de 5,6%. Se compararmos com o mesmo período de 2012 houve ganhos.  Naquele março de 2012 ,tivemos 6,2% de desemprego.  Segundo as comparações, este foi o melhor mês de março desde 2002, quando se iniciou esta série histórica.

As centrais UGT, Nova Central, CTB e principalmente Força Sindical e Central Única dos Trabalhadores estão irritadíssimas com Dilma e com o Governo Federal.  Na festa de primeiro de maio da CUT, os políticos não deverão dar as caras. No evento da Força, deverá aparecer Aécio Neves e, provavelmente, Eduardo Campos comparecerá.

Em maio de 2010, Paulinho da Força recebeu a pré-candidata Dilma como o melhor nome para o Brasil e dizia que Serra não gostava de trabalhador.

Os números do IBGE apontam que nas regiões mais ricas do Brasil a desocupação é ainda mais baixa que a média nacional.   O IBGE só revela do Nordeste duas cidades e Regiões Metropolitanas. Salvador e Recife – nelas a desocupação foi acima da média nacional. Em Salvador, a desocupação foi de 6,9% em março e houve queda do rendimento mensal comparado com fevereiro da ordem de 1,5%.   Em Recife, a desocupação foi de 6,8%, mas houve um avanço do rendimento de 0,6%.

Esses números revelam, num primeiro momento, que, em tese, há espaço para discurso na região Nordeste quanto as melhores condições de empregabilidade.  A tese não é fácil de ser construída quando vemos as taxas de desemprego no Mundo. O que há neste momento é uma clara constatação de que o Governo e, principalmente, sua chefe, a Presidenta da República, são incapazes de dialogar com um novo modelo de empregabilidade no país.  Dilma não soube lidar com a importância que o Ministério do Trabalho tem para as teses progressistas no país.

A Presidenta e seu Governo ao darem ao Ministério do Trabalho uma posição liliputiana ao que ele na verdade representa dá argumentos para extratos conservadores da sociedade sentarem praça. A Presidenta poderia estar ganhando pontos com a mudança na legislação que se concede aos trabalhadores domésticos, mas não consegue.  A Presidenta montou uma catedral de desonerações que na verdade busca aumentar a qualidade do emprego, e não só a renda, porém não consegue passar para a sociedade seu compromisso com os trabalhadores que fica claro na relação com as lideranças sindicais. Nesta questão se sabe, nos meios sociais, que as pesquisas de opinião acabam não contando tudo.

O movimento do principal líder da Força Sindical, Paulinho, por um novo partido, é uma prova da fratura. São por essas e outras razões, quando vemos líderes sindicais se colocando contra o Governo e lideranças com histórico compromisso com a esquerda demonstrando novo rumo, é que resurgem especulações de que poderemos ter reviravoltas no processo político eleitoral que levará às eleições nacionais de 2014.

São contradições impensáveis até pouco tempo atrás.  Os conservadores já começam a ter razões de sobra para aguardar melhores dias para suas pretensões.

Eis o mistério da fé.

Por Genésio Araújo Jr, coordenador editor

    

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