31 de julho de 2025
INFLAÇÃO

PRÉVIA DA INFLAÇÃO: IPCA-15 ficou em 0,25%, informa IBGE; índice ficou acima de novembro, mas abaixo do que esperava o mercado

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Por Política Real com assessoria
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IPCA 15 de dezembro, prévia da inflação do mês Foto: Imagem do site do IBGE

(Brasília-DF, 23/12/2025). Na manhã desta terça-feira, 23, o IBGE divulgou o seu IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) que foi de 0,25% em dezembro e ficou 0,05 ponto percentual (p.p.) acima do resultado de novembro (0,20%). Os números ficaram abaixo do que esperava o mercado.

Com este resultado, o IPCA-15 fecha o ano com alta de 4,41%. Em dezembro de 2024, a taxa foi de 0,34%.

O IPCA-E, que se constitui no IPCA-15 acumulado trimestralmente, situou-se em 0,63% para o período de outubro a dezembro, abaixo da taxa de 1,51% registrada em igual período de 2024.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta no mês de dezembro. A maior variação e o maior impacto positivo vieram de Transportes (0,69% e 0,14 p.p.). O grupo Artigos de Residência (-0,64% e -0,02 p.p.) registrou a quarta redução consecutiva na média de preços. As demais variações ficaram entre o recuo de 0,01% de Saúde e Cuidados Pessoais e o aumento de 0,69% em Vestuário.

No grupo Transportes (0,69%), o principal e maior impacto individual no índice do mês veio de passagem aérea , que subiu 12,71% (0,09 p.p.). O transporte por aplicativo teve alta de 9,00% e 0,02 p.p. de impacto. Os combustíveis subiram 0,26%, após a queda de 0,46% em novembro, com altas de 1,70% no etanol e de 0,11% na gasolina . O gás veicular e o óleo diesel apresentaram recuos de 0,26% e 0,38%, respectivamente.

Ainda em Transportes , a variação de -0,69% no ônibus urbano considera as gratuidades concedidas aos domingos e feriados em Belém (-5,93%) e Brasília (-7,43%), além da redução de tarifa em Curitiba (-3,41%). No metrô (-0,62%), ocorre o mesmo movimento em Brasília (-7,43%) e, em São Paulo , a queda de 0,20%, também registrada no trem (-0,11%), além dos -0,16% no subitem integração transporte público , consideram a liberação do pagamento de passagem nos dias de realização das provas do ENEM (09/11 e 16/11).

No grupo Vestuário (0,69%), destacam-se as altas nas roupas infantil (1,05%), feminina (0,98%) e masculina (0,70%).

O grupo Despesas pessoais desacelerou na passagem de novembro (0,85%) para dezembro (0,46%). A hospedagem apresentou variação negativa em dezembro (-1,18%), após a alta de 4,18% registrada em novembro. Por outro lado, alguns serviços como cabeleireiro e barbeiro (1,25%), empregado doméstico (0,48%) e pacote turístico (2,47%) pressionaram positivamente o resultado.

O grupo Habitação variou 0,17% em dezembro. Contribuíram para o resultado o aluguel residencial (0,33%) e a taxa de água e esgoto (0,66%) que considera o reajuste tarifário de 9,75% em Fortaleza (6,73%), a partir de 5 de novembro e no Rio de Janeiro (4,03%), desde 1º de dezembro. Além disso, o gás encanado (0,28%) contempla o reajuste de 4,10% nas tarifas em São Paulo (0,53%) com vigência a partir de 10 de dezembro, e a redução de 0,04% no Rio de Janeiro (-0,03%) a partir de 1º de novembro.

Ainda em Habitação , a energia elétrica residencial apresentou variação negativa de 0,22%. Ressalta-se que, em novembro, estava em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 1, adicionando R$ 4,46 na conta de luz a cada 100 Kwh consumidos. Já em dezembro a bandeira tarifária é a amarela, com o adicional de R$ 1,885 para o mesmo nível de consumo. Além disso, houve reajuste tarifário de 21,95% em uma das concessionárias em Porto Alegre (5,86%) a partir de 22 de novembro; 16,05% em uma das concessionárias de São Paulo (-1,09%), vigente desde 23 de outubro; 19,56% em Goiânia (1,91%) e 11,21% em Brasília (1,41%), ambos a partir de 22 de outubro.

Alimentação e bebidas , grupo de maior peso no índice, variou 0,13%. A alimentação no domicílio (-0,08%) apresentou queda na média de preços pelo sétimo mês consecutivo. Contribuíram para esse resultado os recuos do tomate (-14,53%), do leite longa vida (-5,37%) e do arroz (-2,37%). No lado das altas, destacaram-se as carnes (1,54%) e as frutas (1,46%).

A alimentação fora do domicílio registou variação de 0,65% em dezembro, com as altas do lanche (0,99%), e da refeição (0,62%).

A queda de 0,64% nos Artigos de residência foi motivada pelos recuos em eletrodomésticos e equipamentos (-1,41%) e em tv, som e informática (-0,93%).

Quanto aos índices regionais , dez das onze áreas de abrangência tiveram alta em dezembro. A maior variação foi observada em Porto Alegre (0,50%), por conta das altas nas passagens aéreas (11,32%) e na energia elétrica residencial (5,86%). Já o menor resultado ocorreu em Belém (-0,35%), com as quedas na hospedagem (-53,72%) e nos itens de higiene pessoal (-1,60%)

(da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)