31 de julho de 2025

A Política entra em campo – vamos ver quem vence essa!

A coluna de Genésio Araújo Jr é publicada todos os domingos neste espaço

Publicado em

(Brasília-DF) As rodadas de pesquisas eleitorais dos institutos mais importantes em atuação no Nordeste revelam que das nove capitais nordestinas – dos Estados do Maranhão ao Sergipe – seis delas estão na dianteira com candidatos dos partidos de oposição ao Governo Federal. Nesta semana, 21 de agosto, começa o horário eleitoral gratuito - que no Nordeste é chamado, em vários locais, como guia eleitoral.

 

É verdade, que as últimas eleições têm revelado que o pleito fica melhor revelado para a maioria do eleitorado quando a notícia das candidaturas chega ao rádio e a TV. Hoje em dia, o eleitor-cidadão-consumidor  está preocupado com o endividamento e com o preço do tomate, o vilão do momento - noves fora zero!
 
A maioria das pesquisas aponta que existe uma média de 25% a 35% do eleitorado ligado em eleição. Isso tudo conta, mas é impressionante que mesmo a Presidenta Dilma Rousseff estando muito bem com a opinião pública a maioria dos seus apoiadores no Congresso Nacional e nos Estado estejam ruim das pernas. É impressionante que na relação de estados em que ela teve entre 55% e 85% do eleitorado nas eleições de 2010, seus apoiadores estejam como estão. Não é bom esquecer que a tal “faxina” do início do Governo varreu os apoiadores de diversos partidos, inclusive do PT e PMDB, para o pior dos mundos. Os eleitores viram que os apoiadores de Dilma não tinham sua confiança. 
 
Se eles não servem para ela porque serviriam para eles!?  Na cabeça do cidadão comum a coisa funciona mais ou menos assim.
 
O problema é que não existe política representativa sem intermediários. É a regra, não tem jeito. Não dá para ir para o Céu sem buscar a hipocrisia da santidade. Os políticos estão ruim das pernas e o populacho os trata na conta de um mal necessário. Bando de hipócritas: políticos e eleitores. Os primeiros acreditam que são líderes e os segundos fingem que são liderados. Uns facínoras da democracia.
 
Dilma só adia suas necessidades para ver se fica mais barato, mas sabe que precisa dos intermediários - como os eleitores também.
 
Espera-se que quando a eleição se afunilar, inexorável, talvez essa equação de favoritos se inverta, e os seis favoritos da oposição, atualmente, se transformem no contrário, derrotados. Seis governistas vencendo e três oposicionistas levando o troféu da democracia. Diz-se que Dilma não vai aparecer no Nordeste, mas Lula sim.
 
Neste momento, impressiona que nas três maiores capitais da região - Salvador, Fortaleza e Recife – só em Recife, que voltou a ser a capital do Nordeste, um aliado de Dilma e Lula esteja na frente. Nas capitais menores, um senador querido de Lula, como Wellington Dias, em Teresina, impressiona que esteja com desvantagem na disputa. Outros queridos de Lula estão ruim ou ficando ruim. É verdade, que o povo vai ser convocado a relembrar seus velhos amores.  
 
Se o quadro mudar, não será Dilma a grande vencedora. Eram seus expurgados  que chegarão ao poder. Eram os favoritos de Lula e do velho poder lulista. Seria isso, sim!? Parece! Bem, em Política o que parece acaba valendo, mas vamos ver como é que fica. A coisa se retoma.
 
Eis o mistério da fé.
 
por Genésio Araújo Jr, é jornalista