31 de julho de 2025

Nordeste e IBGE

Em 2050, população brasileira será de 259,8 milhões; Região Nordeste é onde existe mais jovens e idosos na relação com o número de adultos ativos.

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( Brasília-DF,12/04/2006)  Em 2004, 65,4% dos brasileiros (117 milhões) residiam nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Apenas o Sudeste concentrava 77 milhões, e a região metropolitana de São Paulo, com 19,2 milhões de habitantes (10,5% do total do país), superava, em termos absolutos, todos os demais 26 estados (excluindo São Paulo). Os dados confirmam a concentração da população brasileira nas regiões de maior desenvolvimento socioeconômico

 

 

De acordo com a Projeção da População do Brasil – Revisão 2004, o país contará, em 2050, com uma população de 259,8 milhões de habitantes, o que representará um crescimento absoluto de mais de 77,7 milhões de pessoas e um incremento relativo da ordem de 42,7% nos próximos quarenta e cinco anos.

 

 

Entretanto, o crescimento relativo da população brasileira vem experimentando desacelerações desde a década de 1970, principalmente em razão das significativas quedas das taxas de fecundidade e natalidade. Entre 1991 e 2004, a taxa bruta de natalidade, que mede o número de nascidos vivos por mil habitantes em determinado ano, passou de 23,4% para 20,6%. Nesse mesmo período, a taxa de fecundidade total (número médio de filhos que uma mulher teria ao final do seu período fértil) declinou de 2,7 para 2,3 filhos.

 

 

A diminuição das taxas de fecundidade e natalidade pode ser observada também a partir da análise da composição etária da população brasileira. Em 1991, o percentual de crianças e adolescentes de 0 a 14 anos na população total era de 34,7%, já em 2004 essa participação caiu para 27,1%. Essa tendência foi mantida nas projeções populacionais, com a proporção estimada de 17,8% para o grupo de crianças e adolescentes em 2050.

 

 

Outro ponto que merece ser destacado refere-se ao considerável incremento da população de 70 anos ou mais de idade. Em 2004, a PNAD apontava para um total de 7,7 milhões de pessoas nessa faixa etária (4,3% da população total), enquanto a projeção da população sinaliza um efetivo de 34,3 milhões de idosos em 2050 (13,2%). Em relação à população de 65 anos ou mais de idade, em 1991 esse contingente representava 4,8% da população total e em 2004 atingiu 6,7%.

 

 

 

 

O indicador razão de dependência, que expressa a proporção entre as pessoas potencialmente inativas (crianças de 0 a 14 anos e idosos de 65 anos ou mais de idade) e as potencialmente ativas (com idades entre 15 e 64 anos) ou disponíveis para as atividades econômicas, passou de 65,4 crianças e idosos para cada 100 pessoas em idade ativa, em 1991, para 51,0% em 2004. Essa redução, além de refletir as quedas nas taxas de fecundidade e natalidade, aponta também para um maior peso relativo da população potencialmente envolvida em atividades produtivas.

 

 

Em termos regionais, o Sul apresentou a menor razão de dependência (46,7 crianças e idosos para cada 100 pessoas com idade entre 15 e 64 anos), enquanto as regiões Norte e Nordeste apresentaram indicadores superiores à média nacional: 62,3% e 57,3% respectivamente.

 

 

 

 

 

 

 

 

( da redação com informações do IBGE)