Nordeste e o Emprego.
Houve queda de mais de 3,7 pontos no nível do emprego industrial no Nordeste; Atividade fica estável, em janeiro,na média nacional.
( Brasília-DF, 17/03/2006) Em janeiro de 2006, o emprego industrial ficou estável em relação a dezembro (0,0%), na série livre de influências sazonais, após três meses consecutivos de resultados negativos. No confronto com janeiro de 2005, observou-se recuo de 1,3%, mantendo uma seqüência de cinco taxas negativas. Com isso, o indicador acumulado nos últimos doze meses prosseguiu em trajetória declinante, passando de 1,1% em dezembro para 0,7% em janeiro deste ano. A região Nordeste foi onde teve a segunda maior baixa no setor, só perdendo para a indústria gaúcha.
A estabilidade no nível do emprego industrial, neste início de ano, após três meses de taxas negativas, período em que acumulou queda de 1,2%, manteve a trajetória decrescente no índice de média móvel trimestral, com variação de -0,4% entre os trimestres encerrados em dezembro e janeiro.
Na comparação janeiro 2006/janeiro 2005, a queda de 1,3% acentuou a redução observada no último trimestre de 2005 (-0,8%), frente a igual período de 2004.
Na formação da taxa global, Rio Grande do Sul (-9,4%) respondeu, mais uma vez, pela principal contribuição negativa, devido ao recuo em 12 segmentos, com destaque para calçados e artigos de couro (-23,4%).
Em seguida, região Nordeste (-3,7%) e Paraná (-3,4%) figuraram como o segundo e terceiro impactos negativos no total do país.
Na indústria nordestina, entre os 10 ramos em queda, alimentos e bebidas (-7,1%) foi a principal contribuição negativa.
No Paraná, o índice do emprego se reduziu em 11 setores, com destaque, em termos de participação, para madeira (-22,3%). Em contrapartida, a região Norte e Centro-Oeste (5,0%) exerceu a principal contribuição positiva, em função dos aumentos observados em 12 ramos, seguida por Minas Gerais (2,1%), com aumento em nove segmentos, ambos os locais influenciados, principalmente, por alimentos e bebidas: 14,7% e 22,7%, respectivamente.
Ainda no confronto mensal, no total do país, 12 dos 18 setores apresentaram índices negativos, sendo as principais pressões no cômputo geral representadas por calçados e artigos de couro (-14,7%), máquinas e equipamentos (-9,3%) e madeira (-15,6%). Em sentido contrário, destacou-se a influência positiva de alimentos e bebidas (8,0%) e, em menor medida, de meios de transporte (3,7%).
A taxa anualizada, medida pelo indicador acumulado nos últimos doze meses, prossegue em trajetória de desaceleração há oito meses consecutivos, atingindo 0,7% em janeiro.
( da redação com informações do IBGE)