Maranhão.

( Brasília-DF,01/11/2005)  O deputado Sebastião Madeira(PSDB-MA), presidente do Instituto Teotônio Vilela, ITV, fala sobre as discursos do petistas contra a revista Veja assim como dos elogios petistas a Carta Capital. Ele falou também sobre problemas na área de saúde no seu Estado.

 

 

 “ Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, vejam como são as coisas: os Deputados do PT que hoje brandiram aqui a revista Carta Capital são os mesmos que condenam a reportagem da revista Veja. A revista Veja não serve, já a Carta Capital é ótima, porque é a favor do PT, faz discursos contra seus adversários na Bahia.

 

 

Fiquei feliz ao ver o Deputado Colbert até admitir que pode ter recebido os 3 milhões, como se fosse menos grave receber 3 milhões de dólares, ou 100 milhões ou 1 bilhão. Todo desvio é desvio, toda falcatrua é falcatrua, independe do valor.

 

 

Mas eu vi aqui o desejo manifestado pelos Deputados pela cassação do Senador Eduardo Azeredo.

 

 

Eu acho que o Senador Eduardo Azeredo, ex-Presidente do PSDB, é problema do Senado. Eu não vi nenhuma manifestação dos Senadores do PT naquela Casa a esse respeito. O Senado cuida dos seus problemas. Aqui na Câmara nós játemos muito com que nos preocupar, em se tratando de cassação dos Deputados. A propósito, o PT é o partido que mais tem Deputados cassáveis.

Sr. Presidente, aproveito a oportunidade para fazer uma denúncia a respeito da situação em que vivem os índios do Maranhão, das nações Guajajara, Cricati, Canela e de outros grupos menores, que estão em situação desesperadora. A assistência médica, o saneamento, a melhoria das condições de vida desses índios estão a cargo da FUNASA, órgão que recebe os recursos.

 

 

As denúncias que eu tenho recebido das lideranças indígenas é que das três campanhas de vacinação previstas para este ano apenas uma foi realizada, e muitas aldeias não receberam nenhuma visita de equipe alguma.

 

 

Em 2004, a FUNASA tinha cerca de 1,5 milhão, verba que foi totalmente devolvida, nenhum centavo foi usado principalmente para abrir 14 postos artesianos porque não conseguiram fazer as licitações. Para este ano — já estamos no final do ano, faltam menos de 2 meses para acabar o ano — há cerca de 1,9 milhão, mas ainda não conseguiram fazer a licitação, o que nos leva a desconfiar de que esse recurso também será devolvido.

 

 

Eu mantive contato com o administrador da FUNASA do Maranhão, que disse que quem prestava essa assistência eram as ONGs, que, no entanto, foram canceladas e ainda não conseguiram equacionar. No meio desse dilema, quem sofre são os índios. Nos últimos dois meses, alguns índios, principalmente crianças, morreram.

Por isso, eu faço este alerta ao Governo: não deixe acontecer no Maranhão o que já aconteceu, e está acontecendo, em Dourados.

 

 

Depois, não adianta chorar sobre o leite derramado. “

 

 

 

 

( da redação com informações da taquigrafia da Câmara Federal)