Bahia.
Deputado comenta redução da evolução do PIB e demonstra preocupação da redução dos investimentos; Coordenador adjunto da Bancada do Nordeste publica artigo.
( Brasília-DF, 10/06/2005) A Política Real publica artigo em que o deputado Fernando de Fabinho(PFL-BA) revela toda a sua preocupação com a redução da evolução econômica do país e conseqüente redução dos investimentos. O deputado é coordenador adjunto da Bancada do Nordeste para a Bahia.
Confira o artigo que foi publicado no Informativo do PFL, na Câmara. Veja o artigo, disponível para publicação, na íntegra:
“Investimentos e liberações de recursos
O Brasil virou um caos.
Para todo lado que olhamos nos deparamos com envolvimentos
sérios de pessoas ligadas ao governo. É preciso que se instale, com a maior
urgência, comissões parlamentares para que esses fatos sejam desvendados e
apurados. A população tem o direito de saber a verdade. Ninguém agüenta mais
os desmandos contra a máquina administrativa. Em decorrência, a economia
brasileira se mostra instável e começa a dar sinais de desaceleração.
As perspectivas são, portanto, de pressão na taxa de câmbio.
Esses dois fatores impedem que a taxa de juros caia e, conseqüentemente, vamos assistir ainda a uma desaceleração do crescimento econômico. O temor de uma desaceleração da economia brasileira relacionada aos juros altos está sendo
confirmada com o dado relativo ao PIB do primeiro trimestre do ano, que
mostrou um crescimento de apenas 0,3% em comparação com o quarto
trimestre de 2004. O PIB trimestral, que segundo informou o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) foi o mais baixo desde o
segundo trimestre de 2003, esteve abaixo das expectativas dos
economistas, que esperavam uma expansão de 0,5%.
Apesar de, em comparação com o primeiro trimestre de
2004, o crescimento da economia brasileira ter sido de 2,9%, os
especialistas consideram que é um fato a desaceleração da atividade
produtiva sobre a qual tanto advertiram os setores que reclamam dos
altos juros existentes no País. A economia está se desacelerando de
forma significativa, e isso preocupa. Os resultados aumentam a
desconfiança de que a economia brasileira parece estar perdendo mais
uma vez uma boa janela de oportunidade de crescimento mundial.
A Federação de Indústrias do Estado de São Paulo, que sempre se pronuncia,
aliás, deve sempre se pronunciar, sobre a política monetária brasileira, divulgou um relatório no qual censurou os altos juros ao assinalar que não só foram
ineficazes para combater a inflação, mas, além disso, semeiam
"pessimismo" no mercado, em momentos em que as condições
mundiais favorecem o crescimento.
As perspectivas da economia são agora menos
otimistas porque não se vislumbram condições que permitam
reverter a tendência à desaceleração. Em nossa opinião, o Banco
Central, quando começam os primeiras rumores no mercado relativo
a preços, aumenta violentamente os juros. Assim o consumo acaba
se retraindo, encarecendo os financiamentos.
Sem a perspectiva de aumento de crescimento, o empresário volta atrás em sua
decisão de investir. E todo o sistema começa a andar devagar, inibindo a oportunidade do salto para o novo patamar de produção. A desaceleração da economia mundial também é fato e altera o rumo da economia interna, visto que foram abortados pela alta de juros e redução de câmbio.
Gostaríamos de reproduzir o editorial do jornal Folha de São Paulo que diz o
seguinte: “O superávit primário realizado pela União, estados, municípios e estatais em abril foi expressivo sob qualquer critério de análise. O resultado atingiu R$ 16,3 bilhões, ou 10,6% do PIB. Entre janeiro e abril, o saldo foi de R$ 44 bilhões, correspondente a 7,3% do PIB. Em 12 meses, o superávit chegou a R$ 92,7 bilhões, o equivalente a 5% do PIB, portanto acima da meta estabelecida pelo governo, de 4,25%.
O mais preocupante é o fato de que resultados se deveram em muito à contenção
dos investimentos federais. Os programas de inclusão digital, controle da malária, combate ao desmatamento e às queimadas, além da manutenção de rodovias, foram fortemente restringidos.
Os ministérios da Saúde e de Ciência e Tecnologia, por exemplo, gastaram apenas 1% e 2,3%, respectivamente, das verbas destinadas a investimentos.
Tamanho esforço, aliado a uma valorização do real em torno de 10% neste ano,
levou à redução da dívida líquida do setor público, que passou a equivaler a 50,1% do PIB em abril
- uma queda de 1,5 ponto percentual desde janeiro. Foi uma resposta do governo aos que cobravam mais superávit para evitar os efeitos danosos dos juros sobre a dívida.
Salta aos olhos, ainda assim, a maneira perversa com que as três linhas da política macroeconômica - a monetária, a fiscal e a cambial - estão sendo exacerbadas para garantir o cumprimento da meta de inflação. E isso, deploravelmente, à custa dos investimentos em infraestrutura econômica e social, da dinâmica do crescimento e do emprego. Diante desse quadro, é urgente e preciso que o governo federal se pronuncie e mude sua política de investimentos e liberação de recursos.”
( da redação com informações do Informativo do PFL