31 de julho de 2025

Bahia.

Deputado comenta redução da evolução do PIB e demonstra preocupação da redução dos investimentos; Coordenador adjunto da Bancada do Nordeste publica artigo.

Publicado em

( Brasília-DF, 10/06/2005) A Política Real publica artigo em que o deputado Fernando de Fabinho(PFL-BA) revela toda a sua preocupação com a redução da evolução econômica do país e conseqüente redução dos investimentos. O deputado é coordenador adjunto da Bancada do Nordeste para a Bahia.

 

 

Confira o artigo que foi publicado no Informativo do PFL, na Câmara. Veja o artigo, disponível para publicação, na íntegra:

 

“Investimentos e liberações de recursos

 

 

O Brasil virou um caos.

 

 

Para todo lado que olhamos nos deparamos com envolvimentos

sérios de pessoas ligadas ao governo. É preciso que se instale, com a maior

urgência, comissões parlamentares para que esses fatos sejam desvendados e

apurados. A população tem o direito de saber a verdade. Ninguém agüenta mais

os desmandos contra a máquina administrativa. Em decorrência, a economia

brasileira se mostra instável e começa a dar sinais de desaceleração.

 

 

As perspectivas são, portanto, de pressão na taxa de câmbio.

Esses dois fatores impedem que a taxa de juros caia e, conseqüentemente, vamos assistir ainda a uma desaceleração do crescimento econômico. O temor de uma desaceleração da economia brasileira relacionada aos juros altos está sendo

confirmada com o dado relativo ao PIB do primeiro trimestre do ano, que

mostrou um crescimento de apenas 0,3% em comparação com o quarto

trimestre de 2004. O PIB trimestral, que segundo informou o Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) foi o mais baixo desde o

segundo trimestre de 2003, esteve abaixo das expectativas dos

economistas, que esperavam uma expansão de 0,5%.

Apesar de, em comparação com o primeiro trimestre de

2004, o crescimento da economia brasileira ter sido de 2,9%, os

especialistas consideram que é um fato a desaceleração da atividade

produtiva sobre a qual tanto advertiram os setores que reclamam dos

altos juros existentes no País. A economia está se desacelerando de

forma significativa, e isso preocupa. Os resultados aumentam a

desconfiança de que a economia brasileira parece estar perdendo mais

uma vez uma boa janela de oportunidade de crescimento mundial.

 

 

A Federação de Indústrias do Estado de São Paulo, que sempre se pronuncia,

aliás, deve sempre se pronunciar, sobre a política monetária brasileira, divulgou um relatório no qual censurou os altos juros ao assinalar que não só foram

ineficazes para combater a inflação, mas, além disso, semeiam

"pessimismo" no mercado, em momentos em que as condições

mundiais favorecem o crescimento.

 

 

As perspectivas da economia são agora menos

otimistas porque não se vislumbram condições que permitam

reverter a tendência à desaceleração. Em nossa opinião, o Banco

Central, quando começam os primeiras rumores no mercado relativo

a preços, aumenta violentamente os juros. Assim o consumo acaba

se retraindo, encarecendo os financiamentos.

 

 

Sem a perspectiva de aumento de crescimento, o empresário volta atrás em sua

decisão de investir. E todo o sistema começa a andar devagar, inibindo a oportunidade do salto para o novo patamar de produção. A desaceleração da economia mundial também é fato e altera o rumo da economia interna, visto que foram abortados pela alta de juros e redução de câmbio.

 

 

Gostaríamos de reproduzir o editorial do jornal Folha de São Paulo que diz o

seguinte: “O superávit primário realizado pela União, estados, municípios e estatais em abril foi expressivo sob qualquer critério de análise. O resultado atingiu R$ 16,3 bilhões, ou 10,6% do PIB. Entre janeiro e abril, o saldo foi de R$ 44 bilhões, correspondente a 7,3% do PIB. Em 12 meses, o superávit chegou a R$ 92,7 bilhões, o equivalente a 5% do PIB, portanto acima da meta estabelecida pelo governo, de 4,25%.

 

 

O mais preocupante é o fato de que resultados se deveram em muito à contenção

dos investimentos federais. Os programas de inclusão digital, controle da malária, combate ao desmatamento e às queimadas, além da manutenção de rodovias, foram fortemente restringidos.

 

 

Os ministérios da Saúde e de Ciência e Tecnologia, por exemplo, gastaram apenas 1% e 2,3%, respectivamente, das verbas destinadas a investimentos.

Tamanho esforço, aliado a uma valorização do real em torno de 10% neste ano,

levou à redução da dívida líquida do setor público, que passou a equivaler a 50,1% do PIB em abril

 

 

- uma queda de 1,5 ponto percentual desde janeiro. Foi uma resposta do governo aos que cobravam mais superávit para evitar os efeitos danosos dos juros sobre a dívida.

 

 

 

 

Salta aos olhos, ainda assim, a maneira perversa com que as três linhas da política macroeconômica - a monetária, a fiscal e a cambial - estão sendo exacerbadas para garantir o cumprimento da meta de inflação. E isso, deploravelmente, à custa dos investimentos em infraestrutura econômica e social, da dinâmica do crescimento e do emprego. Diante desse quadro, é urgente e preciso que o governo federal se pronuncie e mude sua política de investimentos e liberação de recursos.”

 

 

 

 

( da redação com informações do Informativo do PFL