31 de julho de 2025

Nordeste e a Inflação.

Em Salvador, teve deflação em março; IPCA-15 de abril teve variação de 0,74 por cento.

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( Brasília-DF,27/04/2005)  O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,74 em abril e mais do que dobrou em relação a março (0,35). No ano, o índice acumula taxa de 2,53 e, nos últimos doze meses (de maio de 2004 a abril de 2005), 7,88. Os preços para cálculo do mês foram coletados no período de 15 de março a 13 de abril e comparados com os preços vigentes de 15 de fevereiro a 14 de março.

 

 

Vários itens apresentaram aumento na taxa de variação de um mês para o outro, mas o impacto individual mais importante foi o das tarifas de ônibus urbanos que, já com alta de 1,83 em março, passaram para 4,43 em abril e foram responsáveis por 0,22 ponto percentual no mês. A alta refletiu parte de reajustes ocorridos em Porto Alegre (12,18), São Paulo (10,50) e Rio de Janeiro (1,87).

 

 

Subiram, também, os preços de remédios (de 0,19 em março para 0,61 em abril), artigos de vestuário (de 0,10 para 0,83) e alimentos (de 0,17 para 0,48). No grupo alimentos, os  principais destaques foram tomate (13,70), batata-inglesa (9,82), leite pasteurizado (3,55), ovos (3,41), açúcar refinado (3,28) e leite em pó (2,15).

 

 

Outros itens de consumo que ficaram mais caros foram telefonia celular (2,45), taxa de água e esgoto (1,78), automóvel usado (1,43), seguro de veículos (1,41) e álcool combustível (1,11).

 

 

Entre as regiões, o maior resultado foi o de Porto Alegre (1,13) em decorrência, principalmente, das tarifas dos ônibus urbanos (12,18), reajustadas em 12,90 em 13 de março; de energia elétrica (3,39) e de telefone fixo (3,27), que passaram a ter maior incidência de ICMS a partir do dia primeiro de abril. Já em Salvador, onde os alimentos tiveram queda de 0,54, foi registrada deflação de 0,13, o mais baixo resultado regional do mês.

 

 

O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA.   A diferença entre os dois índices está no período de coleta dos preços.

 

 

Área..............................................................................................ABRIL

Índice Geral ....................................................................................0,74

Porto Alegre.....................................................................................1,13

Belo Horizonte.................................................................................1,06

Curitiba..............................................................................................1,03

Goiânia.............................................................................................1,00

São Paulo..........................................................................................0,90

Fortaleza...........................................................................................0,54

Recife.................................................................................................0,52

Rio de Janeiro..................................................................................0,39

Belém................................................................................................0,29

Brasília..............................................................................................0,02

Salvador...........................................................................................-0,13

( da redação com informações do IBGE)