31 de julho de 2025
ECONOMIA

Déficit em transações correntes foi de US$ 7,1 bi em julho; déficit nos últimos 12 meses foi de US$75,3bilhões, equivalente a 3,50% do PIB, informa BC

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Por Politica Real com assessoria
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BC e suas contas externas de julho Foto: Image do site do BC

(Brasília-DF, 26/082/2025)   Na manhã desta terça-feira, 26, o Banco Central divulgou a sua Estatísticas do Setor Externo com os dados atualizados até julho de 2025.

As transações correntes do balanço de pagamentos foram deficitárias em US$7,1 bilhões em julho de 2025, ante déficit de US$5,2 bilhões em julho de 2024. Nessa comparação, o saldo da balança comercial de bens reduziu US$514 milhões; e o déficit em renda primária aumentou US$1,4 bilhão. Os resultados das contas de serviços e renda secundária permaneceram estáveis.

O déficit em transações correntes nos doze meses encerrados em julho de 2025 somoUS$75,3 bilhões (3,50% do PIB), ante US$73,3 bilhões (3,43% do PIB) em junho e US$30,7 bilhões (1,37% do PIB) em julho de 2024.

A balança comercial de bens foi superavitária em US$6,5 bilhões em julho de 2025, ante saldo positivo de US$7,0 bilhões em julho de 2024. As exportações de bens somaram US$32,6 bilhões, aumento de 4,8%, enquanto as importações de bens cresceram 8,3%, totalizando US$26,1 bilhões.

O déficit na conta de serviços totalizou US$5,0 bilhões em julho de 2025, patamar semelhante de julho de 2024. As despesas líquidas com viagens internacionais cresceram 34,1%, para US$1,6 bilhão, resultado de incrementos de 27,2% (US$2,3 bilhões) nas despesas e de 13,3% nas receitas (US$696 milhões). Aumentaram as despesas líquidas de serviços de telecomunicação, computação e informações, 52,7%, para US$791 milhões; de propriedade intelectual, 26,2%, atingindo US$842 milhões; e de aluguel de equipamentos, 7,0%, totalizando US$1,0 bilhão. Houve retração de 17% nas despesas líquidas de transportes, para US$1,1 bilhão.

O déficit em renda primária somou US$8,9 bilhões em julho de 2025, 18,1% acima do déficit de US$7,5 bilhões de julho de 2024. As despesas líquidas com juros somaram US$4,2 bilhões, 4,4% inferiores às registradas em julho de 2024 (US$4,4 bilhões). As despesas líquidas de lucros e dividendos, associadas aos investimentos direto e em carteira, totalizaram US$4,7 bilhões, ante US$3,2 bilhões em julho de 2024, destacando-se a redução de US$1,1 bilhão das receitas (US$1,5 bilhão em julho de 2025 ante US$2,6 bilhões em julho de 2024).

Os investimentos diretos no país (IDP) somaram ingressos líquidos de US$8,3 bilhões em julho de 2025, ante US$7,2 bilhões em julho de 2024. Os ingressos líquidos em participação no capital atingiram US$6,8 bilhões, compreendendo US$3,2 bilhões em participação no capital exceto lucros reinvestidos e US$3,6 bilhões em lucros reinvestidos. As operações intercompanhia somaram ingressos líquidos de US$1,5 bilhão. O IDP acumulado em 12 meses totalizou US$68,2 bilhões (3,17% do PIB) no mês, ante US$67,0 bilhões (3,14% do PIB) em junho e US$65,2 bilhões (2,90% do PIB) em julho de 2024.

Os investimentos em carteira no mercado doméstico totalizaram saídas líquidas de US$192 milhões em julho de 2025, resultado de saídas líquidas de US$1,1 bilhão em ações e fundos de investimento e ingressos líquidos de US$908 milhões em títulos de dívida. Nos doze meses encerrados em julho de 2025, os investimentos em carteira registraram ingressos líquidos de US$3,1 bilhões.

Reservas internacionais

​As reservas internacionais somaram US$345,1 bilhões em julho de 2025, incremento de US$671 milhões em relação ao mês anterior. O retorno líquido de US$2,1 bilhões em operações de linhas com recompra contribuiu para aumentar o estoque, enquanto variações por paridades, US$1,8 bilhão, e por preços, US$476 milhões, contribuíram para sua redução. As receitas de juros somaram US$731 milhões.

 

( da redação com informações do BC. Edição: Política Real)