Nordeste e BNDES.

( Brasília-DF,13/01/2005)   É inegável que o Governo Federal tem uma política de desenvolvimetno regional para o país e para o Nordeste depois de 10 anos sem nada de sólido porém pouca coisa muda quando se trata de destinações para investimentos via seu maior banco de desenvolvimento. Na divulgação do balanço-desempenho de 2.004 o banco evitou falar em atendimento regional e o Banco do Nordeste, o maior banco de investimentos e desenvolvimento do Nordeste, não é citado como um dos maiores agentes financeiros da instituição. 

 

 

 

 

Os desembolsos do BNDES no ano passado chegaram a R$ 40 bilhões, desempenho 14% superior aos R$ 35 bilhões de 2003. Em 2004, 32% das liberações foram destinadas para as micro, pequenas e médias empresas, atingindo R$ 12,5 bilhões, volume 25% maior do que o alcançado no ano anterior.

 

 

Esse resultado demonstra a prioridade dada às empresas de menor porte, que têm importante papel para a geração de emprego e renda no Brasil. Um dos instrumentos criados pelo Banco para beneficiar esse segmento empresarial é o Cartão BNDES, que terminou 2004 com 27.807 cartões emitidos, enquanto em 2003, no primeiro ano de funcionamento, haviam sido concedidos 2.160 cartões.

 

 

 

 

Desempenho positivo também foi registrado nos enquadramentos e cartas-consulta, com crescimento de 85% e 121%, respectivamente. As cartas-consulta chegaram a R$ 98,4 bilhões em 2004, contra R$ 44,5 bilhões no ano anterior. Elas sinalizam a disposição do empresariado em fazer investimentos produtivos, funcionando como um indicativo do nível de confiança no futuro econômico do país. Os enquadramentos, que são o primeiro nível de aprovação dos pedidos de financiamento ao BNDES, atingiram R$ 75 bilhões no ano passado, enquanto haviam sido de R$ 40,5 bilhões em 2003. Já as aprovações finais de novos projetos em 2004 totalizaram R$ 37,9 bilhões.

 

 

O expressivo volume de desembolsos realizado pelo BNDES em 2004 foi alcançado, entre outros fatores, graças ao crescimento das liberações para os setores da agropecuária e de infra-estrutura. A agropecuária teve desembolsos de R$ 6,9 bilhões em 2004, 51% a mais do que os R$ 4,6 bilhões alcançados em 2003. O setor de infra-estrutura totalizou

liberações de R$ 15,1 bilhões no ano passado, desempenho 52% superior ao R$ 10 bilhões do ano anterior. Os desembolsos para exportações alcançaram US$ 3,8 bilhões no ano passado, resultado 4% inferior ao registrado em 2003.

 

 

 

 

Cartão BNDES -  O Cartão BNDES é um instrumento que fornece crédito de até R$ 50 mil para que micro, pequenas e médias empresas possam realizar investimentos produtivos. Em 2004, foram emitidos 25.647 cartões, o que representou um crescimento de 1.187% em relação ao total de cartões existentes no final de 2003, 2.160. Atualmente, há 27.807 cartões emitidos, sendo que 23.173 foram concedidos pelo Banco do Brasil

e 4.634 pelo Bradesco, ambos agentes emissores do Cartão BNDES. A Caixa

Econômica Federal deve iniciar as emissões neste ano. Entre os cartões

emitidos, 80% foram destinados a microempresas, 17,7% para pequenas e

2,3% para médias empresas.

 

 

Agentes - O agente financeiro com maior volume em desembolsos do

BNDES em 2004 foi o Bradesco, com R$ 3,1 bilhões, dos quais 61,4% (R$ 1,9

bilhão) para micro, pequenas e médias empresas. Os outros cinco maiores

foram: Banco do Brasil, com R$ 3 bilhões, 63,5% para MPME (R$ 1,9

bilhão, 1); Unibanco, com R$ 1,6 bilhão, 18,9% para MPME (R$ 309 milhões, 1);

Safra, com R$ 1,3 bilhão, 26,9% para MPME (R$ 360 milhões, 1); Banco CNH,

com 1,10 bilhão, 99,5% para MPME (1,09 bilhão, 1); e DLL Brasil, com R$ 946

milhões, 99,7% para MPME (R$ 943 milhões).

 

 

 

 

( da redação com informações do BNDES)