31 de julho de 2025

Maranhão.

Governo Federal diz que redução dos estragos com aftosa depende do Governo Estadual; Mudança do status sanitário do Maranhão deve ser ratificado até abril.

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( Brasília-DF,13/01/2005)  O Maranhão tem o maior rebanho bovino do Nordeste e um dos maiores do país mas pode continuar com dificuldades de exportar carne se o Governo do Estado não atender as recomendações do Ministério da Agricultura.   O delegado Federal de Agricultura do Maranhão, Fernando Luis Mendonça Lima, informou hoje  que em até 120 dias o ministério deve ratificar a mudança do status sanitário do estado de alto para médio risco para febre aftosa.

 

“Mas para isso, o governo estadual precisa executar um cronograma de ações que, caso não seja cumprido, pode colocar em risco a condição conquistada preliminarmente no final do ano passado”, esclareceu o delegado.

 

Ele explicou que foi fechado um acordo entre a Delegacia Federal (DFA/MA), a Agência de Defesa Agropecuária do Maranhão (AGED) e o Departamento de Defesa Sanitária Animal do Ministério da Agricultura no qual o governo do estado se compromete a corrigir, num prazo de 120 dias a partir de 1º de janeiro, algumas “inconformidades” no seu programa de sanidade animal. “A DFA tem uma excelente parceria com a AGED e isso tem auxiliado no sentido de corrigir estas inconformidades”, acrescentou Mendonça.

 

 

A supervisão técnica da DFA/MA realizada no sistema estadual de atenção veterinária identificou, por exemplo, alguns problemas na implantação e desenvolvimento das atividades relacionadas ao Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa. Neste item, os técnicos da DFA apontam que a situação funcional dos profissionais que atuam na defesa sanitária animal é “incompatível” com a atividade. “A situação atual gera elevado grau de rotatividade e evidencia fragilidade”, afirma nota da reunião técnica que definiu a alteração preliminar do status sanitário do Maranhão.

 

Pelo acordo firmado entre os parceiros, o estado terá 90 dias para implementar ações de caráter técnico-administrativo, 60 dias para respaldar juridicamente as ações dos profissionais contratos pelo Instituto do Agronegócio (Inagro) e 120 dias para implementar as ações relativas a recursos humanos – com a realização de concurso público.

 

 

Ontem, o diretor da AGED, Sebastião Anchieta, adiantou que o governo do estado está criando a carreira de fiscal agropecuário. Por meio de concurso público serão contratados 130 novos veterinários, 50 agrônomos e 150 técnicos de nível médio. Pelo menos 70 veterinários serão contratados já no mês de março.

 

( da redação com informações do MA)