Imagina nós cá?! <P>
Segundo os números encontrados pelo instituto, 64%% dos uruguaios, 55%% dos colombianos e 52%% dos chilenos acreditam em seu país, em seu povo, em sua gente. Só 22%% dos brasileiros confiam em sua gente, em seus compatriotas. Ora bolas, se poderia até aplicar uma pilhéria, como todas, politicamente incorretas ? e terra de índio, povo desconfiado por natureza e lombo, não é a deles?! È sempre bom lembrar que os povos andinos têm uma composição indígena maior que a brasileira, na composição da média de seu povo.
Bem, o Presidente disse lá suas palavras de ordem, porém aqui para nós se a média do povo brasileiro está para baixo imagina só os nordestinos?!
A pesquisa do Latino Barômetro não é estratificada, não tem um corte regional. Só no Brasil e na Argentina se faz medições assim regionalizadas, e olhe lá!? Não custa lembrar, também, que a Argentina é um país de províncias e não uma federação, como a nossa( apesar de capenga mas é uma federação).
As pessoas estão muito frustadas. Esperava-se mais do Governo Lula, as demandas são imensas, as necessidades não param de crescer. O Nordeste que antes desfalcava as votações dadas aos petistas, votaram maciçamente em Lula. Bahia, Ceará e Pernambuco depositaram muitos votos nele. A Bahia e o Ceará, especialmente. O mesmo se viu no Maranhão, Piauí e Paraíba. Alagoas e Sergipe não foram essas coisas, mas votaram. A frustação é maior nesses estados. As últimas pesquisas do Ibope, especialmente, pois as da CNT-Sensus não possuem um corte regional ? apontaram grandes desilusões! A baixa estima de um povo tem relação direta com a política, que no Brasil influencia muito a economia. A pesquisa dos chilenos é baseada em confiança no povo. O brasileiro fica muito desconfiado depois de frustações políticas. Os governistas dizem que ainda não é momento de julgar o Governo. De fato, ainda não é tempo, pois o governo ainda não terminou. È inequívoco que as coisas podem ser revestidas, porém numa época como essa, de eleições municipais à beira, é natural se apresentar juras ditas e não cumpridas. O Presidente tem insistindo em paciência, o que em língua de gente mais esperta deve ser visto como um mea culpa por não ter reconhecido, logo, que a coisa era pior do que se pensava.
Não dá para resolver tudo - isso o povo sabe. Fica cada vez mais nítido que ficaria mais fácil se o governo, e o presidente Lula, especialmente, dissesse logo que não dá para cumprir algumas promessas pois o impossível não existe em política.
Bom dia, crentes e descrentes.
PONTUANDO.
O presidente Lula tem um prestígio muito grande, o povo acredita nele. Pode ser que seu Governo esteja mal porém com ele o buraco, ainda, é mais em baixo. Com o povo a melhor estratégia é falar de olhos bem abertos.
Bem, e com a mídia, como é que faz?! Todos sabem que os críticos de hoje foram governo antes e cometeram muito mais barbáries políticas. A mídia, hoje, divulga críticas baseadas em mudanças de rota do PT, mudança na forma de lidar com temas que antes tinha outra opinião. Se Lula dissesse logo que não dá para cumprir certas coisas, simplesmente por que não dá, se desmontaria uma lógica.
O que prejudica muito essa mudança de rota é aquela fase de transição, durante quase dois meses do Governo Fernando Henrique. Bem, se é para arriscar, que se arrisque!
Se você tem dúvida comece a deixar para lá. Tudo indica, especialmente se as oposições, incluindo aí o PC do B, o PT e PMDB - crescerem no Ceará e o projeto do gás atingir duramente o pessoas das distribuidoras, o senador Tasso Jereissati(PSDB) passará a ser o grande condutor das oposições no Senado.
Ele tem se prontificado a falar mesmo na época do recesso, para todo mundo que lhe procura. Sempre crítico, bem crítico!
Essa postura deve ficar mais acesa no momento em que a proposta de reeleição das mesas diretoras da Câmara e do Senado voltarem, com o resultado que se espera!
A possível derrota do esquema carlista em Salvador, Juazeiro e Vitória da Conquista podem bombar mais ainda Jereissati.
Nota de Rodapé: Amanhã a gente volta.
Por Genésio Araújo Junior
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