31 de julho de 2025

Bahia

Deputado destaca a importância da descoberta de mina de ferro no Estado; Mina no semi-árido é mais competitiva, garante o parlamentar.

Publicado em

(Brasília-DF,27/05/2004) Mais uma mina é descoberta pela Vale do Rio Doce no Nordeste. Só neste ano a CVRD anunciou operações de níquel e cobre no Ceará e no Piauí. Agora é a vez de ferro na Bahia, que é salientada pelo deputado Robério Nunes(PFL-BA) que  editou no Informativo do PFL, na Câmara, comentário em que salienta o grande passo da descoberta e iniciativa para a Bahia. Ele destacou o fato da mina estar localizada no semi-árido do estado e ser , por conseguinte, um ponto favorável para a exploração pois evita danos ao meio ambiente, algo que ocorre noutras regiões em que a CVRD atua, como em Minas.

 

 

Confira o artigo, na íntegra, que a Politicareal republica:

 

 

“A descoberta de jazidas de ferro no semi-árido baiano

 

 

 

 

O jornal Gazeta Mercantil publicou no dia 14 de maio, uma matéria relatando descobertas de novas jazidas de ferro no estado da Bahia, que poderá receber investimentos de até US$ 500 milhões nos próximos anos.

 

 

A descoberta recente de jazidas de ferro no semi-árido baiano deve colocar o estado entre os grandes produtores do minério no país e servir como novo vetor de impulso à economia local. Confirmada por equipe de geólogos que pesquisou, durante 60 dias, nos municípios de Caetité, Tanque Novo, Botuporã, Macaúbas, Boquira, Ibipitanga e Ibitiara, a notícia entusiasmou governo e empresários.

 

 

O governador Paulo Souto afirmou que a notícia mostra que o estado está preparado para os desafios da tecnologia e que é uma grande alternativa neste sentido. A Bahia hoje é um dos

principais destinos de investimentos industriais do Brasil, sem falar na força de sua agricultura e do pólo coureiro-calçadista.

 

 

De acordo com o coordenador da pesquisa, João Carlos Cavalcanti, em breve

o estado da Bahia deve figurar como um dos principais exportadores do minério do país, pois prevê reservas em torno de 1,1 bilhão de toneladas. As áreas foram requeridas ao

governo federal e ao Ministério de Minas e Energia em 23 de março. A MBF, empresa responsável pelos trabalhos, tem os direitos de prioridade para realizar a prospecção e

exploração mineral.

 

 

Consolidando o Distrito Ferrífero de Caetité como o mais promissor na área

mineral, as jazidas localizadas pelos técnicos totalizam 11 corpos de minério dos tipos itabirito e magnética-hematita. A previsão de investimentos com a mineração e a industrialização é de US$ 500 milhões, envolvendo a abertura de minas e de usinas para beneficiamento do minério, melhorias de acesso, estradas e construção de ferrovias.

 

 

O Brasil é um dos líderes mundiais na produção de minério de ferro, essencial ao

desenvolvimento industrial no mundo, e que vem apresentando crescimento de demanda,

especialmente nos países asiáticos, a exemplo de China, Japão e Coréia, que hoje compram o produto dos estados de Minas Gerais (Quadrilátero Ferrífero) e Pará (Serra dos Carajás) que concentram atividades produtoras.

 

 

As reservas pertencem à Companhia Vale do Rio Doce e empresas parceiras, que dividem direitos de exportação. A Vale do Rio Doce é também detentora das minas, portos marítimos e das estradas de ferro que escoam a produção.

 

 

Para se ter uma idéia, a economia chinesa cresceu 9,17% no primeiro trimestre deste ano, reiterando que a China e o Japão são os maiores compradores de minério e de ferro.

 

 

Se o consumo de aço for grande, é sinal de economia em crescimento. A Vale do Rio Doce não está conseguindo atender a demanda das comunidades européias porque estourou a sua capacidade de produção.

 

 

Uma das vantagens da Bahia é que as jazidas estão no semi-árido, região desprovida de grandes reservas florestais e hídricas, o que contribuiu para que o minério seja explorado sem prejuízos ambientais, pois em Minas Gerais, a exploração do ferro está poluindo o Rio das Velhas.

 

 

O sucesso da localização das reservas de minério se deve ao trabalho realizado

pelo governo do Estado por meio de um convênio de 1999 entre a Secretaria da Indústria e

Comércio e Mineração e o Ministério das Minas e Energia, via projeto do Vale do Paramirim.

 

 

Esse projeto, gerou um mapa geológico básico de excelente qualidade, permitindo que os geólogos e os prospectores da MBF chegassem aos depósitos minerais. O trabalho de exploração das jazidas será realizado em parceria com o Centro Educacional de Tecnologia em Administração (Cetead), organização que presta serviços ao Estado, e desenvolve projetos em diversos Municípios baianos.

 

 

Enfim, o estado da Bahia pode se transformar em um grande exportador de minérios, e a nossa região do semi-árido baiano confia no empenho do governador Paulo Souto, no sentido de avançar cada vez mais na exploração de minérios no estado.”

 

 

 

 

( da redação com Informativo do PFL, na Câmara)