Respostas e satisfações ? é bom ouvi-las
Os números da Confederação Nacional dos Municípios sobre a indigência dos seus filiados da região, que teriam tido intensas dificuldades para pagar o décimo terceiro salário. Em seguida vieram os números dos IBGE do final do ano passado, primeiro a inflação com seus índices, como o IPCA e o INPC, assim como o resultado do comércio de novembro. Tivemos, só para não dizer que não falamos das flores, também, os números da Secretaria do Tesouro do Ministério da Fazenda sobre o aumento(!) das liberações de Fundo de Participação, em que destacamos, via apuração feita pela liderança do PT, na Câmara, e destacada pelo Politicareal. Chamou atenção, também, as movimentações em torno da reforma ministerial, que deverá colocar nordestinos em destaque, como o líder cearense Eunício Oliveira, muito provavelmente o ex-ministro João Henrique na ECT e o senador potiguar Garibaldi Alves Filho, todos do PMDB.
Bem, tudo muito sonoro, mas chamou atenção, ontem, a manifestação do presidente do Banco do Nordeste, Roberto Smith, em correspondência à seção Tendências-Debates do jornal Folha de S. Paulo dessa quinta. Smith já tinha ocupado os espaços privilegiados das seções de opinião de muitas publicações. Suas opiniões nos interessam, e como! ? porém, o significativo é que isso se dá à beira do retorno das movimentações políticas formais, como a reabertura, mesmo que extraordinária, do Congresso Nacional; Casa que pela sua gênese oferece natural dinâmica aos interesses de uma região que só terá futuro se a Federação cumprir com seus objetivos. Essa é uma questão sem fim - é bom que assim seja, anima ! ? mas, o senhor Roberto Smith, em sua manifestação em resposta a artigo de um importante historiador também publicado na Folha, demonstra que o Governo Federal deverá dar respostas a região Nordeste, até para compensar a indigência orçamentária vista no Dnocs e Codevasf, assim como na efetiva recriação da Sudene ou na evolução dos grandes temas estratégicos da região nos próximos anos, como a questão da transposição de águas e a instalação de um grande empreendimento âncora para a região, que é rotineiramente visto através de uma nova refinaria de petróleo. Pois bem, Smith entre outras coisas, disse que o Banco, e este Governo, não vai mudar um cenário de compadrio e clientelismo na base do pei-bufo(sic), como se diz lá no Ceará, terra onde está sediado o Banco; ? são 502 anos de clientelismo? que, na visão dele, estão sendo superados.
Smith escreveu muito, falou das operações do Banco em vários setores como pequenos empreendimentos, parecerias com os programas sociais, democratização do crédito e muita atenção com o semi-árido. Bem, são palavras - como se diz, o papel agüenta tudo(sic), mas ninguém pode negar, doutor Smith( ele é doutor mesmo! ? em economia pela USP) não conspira para que nos percamos no espaço de nossas dúvidas e dos velhos argumentos, mas indica que respostas devam ser dadas. Todo esforço nesse sentido nos interessa.
Bom dia, nordestinos e nordestinados.
PONTUANDO
A carta de Roberto Smith pode ser conferida nas páginas ?notícias nordestinas? do site da agência Politicareal.
Os números do IBGE desta semana foram significativos. As cidades do Nordeste estão entre as que tiveram números acima da média inflacionária. No IPCA a mais cara foi Belo Horizonte e no INPC foi Brasília, mas a as que estão sem postos imediatamente inferiores são Salvador e Fortaleza, Seu!
Na questão do comércio o problema continua, em novembro os estados de Pernambuco e Bahia foram os grandes responsáveis pelos números mais negativos em torno da evolução do comércio. É bom dizer que em novembro tivemos a menor evolução negativa comparada com o ano de 2.002. Ano passado o pessoal do comércio penou.
Pena! Os números do IBGE sobre comércio não analisaram todos os estados do Nordeste, Seu!
E Ciro Gomes, hein?! Continua forte, mas não vai legar o tal do superministério, viu!
Nota de Rodapé: Nada como um dia atrás do outro e uma noite no meio, Seu!
por Genésio Araújo Junior
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