31 de julho de 2025
ECONOMIA

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em alta e no Brasil destaque fica para a divulgação do IPCA-15

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Por Politica Real com agências
Publicado em
Mercados em alta Foto: Arquivo da Política Real

(Brasília-DF, 24/10/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call”da SP Investimentos apontando que os mercados globais estão em alta e no Brasil atenção para para a divulgação do IPCA-15.

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Nesta sexta-feira, os futuros nos EUA avançam (S&P 500: +0,3%; Nasdaq 100: +0,5%) antes da divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) de setembro, adiado devido ao shutdown do governo. O relatório é o primeiro dado macroeconômico relevante desde o início da paralisação, agora na segunda mais longa da história. As bolsas acumulam uma semana positiva, sustentadas pela temporada de resultados. Intel sobe 8% no pré-market após divulgar receita trimestral acima das estimativas, reacendendo o otimismo no setor de semicondutores. Target também avança após anunciar corte de 8% da força de trabalho, o primeiro grande ajuste em uma década. Em meio às tensões comerciais, Donald Trump afirmou que cancelará as negociações com o Canadá após o país divulgar um anúncio crítico ao plano tarifário norte-americano.

Na Europa, as bolsas operam estáveis (Stoxx 600: 0,0%), com destaque para o setor de defesa e para a temporada de resultados. Saab (+4,5%) é destaque após elevar projeção de vendas para 2025, impulsionada pelo aumento da demanda militar no continente. NatWest (+3,4%) superou as expectativas com lucro antes de impostos de 2,18 bi de libras, enquanto Sanofi, ENI e Volvo Group também divulgam resultados hoje. O foco dos investidores recai sobre os PMIs compostos da Zona do Euro e dos principais países, além da fusão entre Airbus, Leonardo e Thales para criar uma nova gigante europeia de satélites, competindo com a Starlink.

Na China, os mercados encerraram em alta (HSI: +0,7%; CSI 300: +1,2%), acompanhando o otimismo global após confirmação de que Donald Trump e Xi Jinping se reunirão na próxima quinta-feira. A notícia impulsionou as bolsas da região, com destaque para o Kospi da Coreia do Sul, que subiu +2,5% e renovou recorde histórico. O clima positivo na Ásia reflete também o avanço de ações ligadas à inteligência artificial e semicondutores, com Nvidia, Broadcom e Oracle sustentando o rali em Wall Street na véspera.

Economia

Donald Trump deve se encontrar com Lula neste domingo para discutir as tarifas impostas ao Brasil. O presidente norte-americano também confirmou que se reunirá com Xi Jinping, presidente da China, para tratar sobre o comércio entre os dois países, e imposição de restrições ao petróleo russo.

Nos Estados Unidos, mesmo com o shutdown ainda em vigor, as leituras de inflação referentes a setembro serão divulgadas. O mercado espera que o índice venha em 0,4% no mês, o que aceleraria a inflação anualizada de 2,9% para 3,0%. Além disso, os PMIs – indicadores econômicos que medem a atividade através de pesquisas – de indústria e serviços serão divulgados.

IBOVESPA +0,6% | 145.721 Pontos.   CÂMBIO -0,2% | 5,39/USD

Ibovespa

O Ibovespa encerrou o pregão de quinta-feira em alta de 0,6%, aos 145.721 pontos, impulsionado pelo bom desempenho das petroleiras, como Brava (BRAV3, +2,5%), Prio (PRIO3, +1,8%) e Petrobras (PETR4, +1,1%), que avançaram após a forte alta de 5,2% no preço do petróleo Brent, refletindo as novas sanções dos EUA contra os principais fornecedores russos da commodity.

Braskem (BRKM5, +5,5%) também se beneficiou diretamente da valorização do petróleo. Na ponta negativa, Magazine Luiza (MGLU3, -5,6%) recuou, acumulando uma queda de 18,0% no mês de outubro.

Nesta sexta-feira, o foco da agenda econômica será a divulgação do IPCA-15 de outubro no Brasil e do CPI de setembro nos EUA, que será publicado após o adiamento decorrente do shutdown do governo americano. Na temporada internacional de resultados do 3T25, destaque para a divulgação dos números da Procter & Gamble.

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quinta-feira com leve fechamento ao longo da curva. No Brasil, durante a maior parte do dia, as taxas oscilaram próximas aos ajustes, sem grandes notícias influenciando o movimento. O DI jan/26 encerrou em 14,89% (- 0,3bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,87% (- 1,8bp); DI jan/29 em 13,12% (- 2,8bps); DI jan/31 em 13,41% (- 2,5bps). Nos EUA, os juros das Treasuries foram pressionados pela alta do petróleo no mercado futuro, após novas sanções impostas pelos EUA à Rússia. Com isso, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,4917% (+3,98bps vs. pregão anterior); enquanto os de dez anos em 4,0014% (+3,15bps).

IFIX

O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) terminou a sessão de quinta-feira estável, em um dia sem grandes eventos domésticos diretamente relacionados ao setor. Com isso, o índice acumula queda de 0,6% em outubro e alta de 14,5% no ano. Tanto os fundos de papel quanto os fundos de tijolos permaneceram estáveis durante a sessão. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se IRDM11 (2,0%), KIVO11 (1,9%) e CPSH11 (1,7%). Nas principais quedas, figuraram OUJP11 (-1,9%), ICRI11 (-1,3%) e LIFE11 (-1,2%).

No Brasil, o destaque fica para a divulgação do IPCA-15, que esperamos que venha em 0,22% (mercado: 0,21%), com destaque altista para os preços de serviços e passagens aéreas (10%), enquanto, por outro lado, o custo de energia elétrica deve ceder novamente (-1,8%), ainda com efeito do bônus de Itaipu. Ainda, o Balanço de Pagamentos será divulgado, em que projetamos uma continuação da deterioração das contas externas. A conta corrente deve apresentar um déficit de US$ 8 bilhões, e o investimento no país deve reportar entrada líquida de US$ 5 bilhões.

(da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)