É Natal, mas sobre o Nordeste

O ano poraqui se foi! Bem, falo do Congresso, nossa auto-intitulada praia. È tempo de obrigatórias festas, não que tenhamos muita coisa para comemorar, a não ser a esperança( é o que nos resta) de que o ano que vem será melhor. Não custa lembrar, também, o real motivo das comemorações deste período do ano: a celebração do nascimento da maior referência da cultura cristã. Tem muita gente que pensa que esse período só serve para gastar o que não tem ou que pensa que não se acaba. Pois bem, vamos a mola do mundo real.

No último dia de movimentações, aqui, se preparava para votar o orçamento de 2.004. Na vida real é assim, o amor e tudo o que anda com ele fica para depois. Bem, quanto aos números pudemos ver que o Nordeste ficará com 19,7%% do total de investimentos do Orçamento Fiscal, enquanto que a proposta do Executivo previa um percentual de 16,7%%. O percentual de participação subiu de 6,8%% para 11,05%%, no caso da região Norte; de 11,05%% para 12,8%%, no caso do Sudeste; de 8,5%% para 9,4%% no caso do Centro-Oeste; e de 6,8%% para 8%% no caso do Sul.

Dentro da própria região houve destaques. Entre os recursos para investimento deve-se salientar que o maior orçamento ficou com a Bahia, seguido do Pernambuco, Ceará, Maranhão, Piauí. Depois vêm Rio Grande do Norte, Sergipe, Alagoas, Paraíba. As bancadas que conseguiram tirar mais dinheiro do relator geral foi, proporcionalmente, o Sergipe. Depois vem o Rio Grande do Norte, o Maranhão e o Ceará. No geral esse é o quadro.

Algumas e outras sobre esses números. O Nordeste parece prioridade mas é bom lembrar que o Fome Zero tem a maioria de sua ações por lá, são mais de mil cidades no semi-árido. Observaram-se mudanças. Algumas máximas caíram por terra. O Ceará que tinha fama de ser recordista em conseguir recursos na Comissão de Orçamento, já não é mais o mesmo. Proporcionalmente, o grande bamba em reta final ficou para o pequeninho Sergipe, que tem população menor que o Piauí e sua maior distância, entre dois pontos, mal chega a 500 quilômetros. A Bahia continua forte, não custa lembrar que o maior estado da região tem muitos líderes no Congresso e foi o que deu mais votos a Lula, na eleição. O que surpreendeu foi o Piauí - ficou na frente de muita gente como a Paraíba e o Rio Grande do Norte que possuem obras estruturantes.

O Maranhão é que não muda ? sai governo entra governo e continua numa razoável média. São por essas e outras que se fala que a representação federal maranhense é só para constar, Seu!

Bom dia e bom natal.

PONTUANDO

Nessa terça- feira o ?Correio Braziliense?, o mais tradicional jornal do Distrito Federal detonou o Fome Zero. Reportagem que esteve em Guaribas, no Piauí, identificou que tem muita gente, que não precisa, recebendo os recursos do cartão cidadão, outros tantos, que precisam, estão sem receber.

Não custa lembrar que boa parte dos recursos de investimentos para o Nordeste, em 2.004, vão para o tal do Fome Zero.

A entrada o PMDB já é vista pelas consultorias de negócios e tendências com uma confirmação da guinada a centro-esquerda, que revelaria uma efetiva competência e gestão o que garantiria uma maior tranqüilidade não só aos mercados, conseguida pelo próprio PT e outros tantos, mas a economia real.

Bem, só nos resta encarar o Natal de frente.

Nota de Rodapé: Retornaremos ano que vem. Boas festas e sejas feliz.

por Genésio Araújo Junior

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