31 de julho de 2025

Os riscos engraçados da Política!

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Hoje deveremos ter um dia e tanto. Se não me engano já foi dito isso poraqui. Perdoem-me-por-me-traíres, poderia até dizer! Na política, frases e intenções repetidas nem sempre significam a mesma coisa, até quando se atenta contra o estilo!

Ontem, o PFL deu uma de PT ? aquele de antigamente! Fez uma manifesto à Nação no velho estilo oposição estrelada. Detalhe: o texto lido pelo presidente Jorge Bornhausen(PFL-SC), na liderança da Câmara, criticando o relatório de reforma tributária, chegava a se ocupar de expressões como ? enquanto contribuintes? ou algumas pérolas do linguajar do atual Partido governista, ainda visto nos radicais ou com o ?grupo dos oito? ? ? Nesse sentido, reafirmamos a disposição...?.

Não riam ! - por favor!

Pode parece risível ? é tudo tão estranho, tanto com os governistas, de agora, como com os oposicionistas, atuais. No geral, a Política é uma atividade em cena onde os homens públicos fazem coisas engraçadas como se fossem sérias. Não estamos aqui à cata de ridicularizar ninguém, ou algo, nem PT e nem PFL. Como as cenas são artefatos do teatro logo nos levamos a cuidar dos dois assuntos como tudo fosse pantomina, fingimento lúdico ou coisa do gênero. A Política é coisa séria, mesmo que aparentemente risível.

Bem, sobre essas cenas e o que se verá na seqüência, não podemos arredar.

O PFL em seu ato de ontem, à tarde, deixou claro o que está patrocinando em seus movimentos de prioridades partidárias, ? a defesa do contribuinte? e a ?salvação do sistema municipalista?. Nada mais emblemático quando vemos a referência eleitoral embutida nos dois pontos das prioridades! Não custa lembrar que o PFL é o patrocinador do Estatuto do Contribuinte(sic) assim como é conhecida a tendência liberal contra o excesso de tributos. O PSDB é o único partido com que conta o PFL, nessa empreitada, porém os tucanos não se prestaram a tal. Ainda é bom lembrar as falas paulistanas com os prefeitos, de ontem

A luta de hoje contra a aprovação do relatório de Guimarães não tem nada a ver com os movimentos da votação da reforma da previdência(?!), garantiram os líderes que participaram do lançamento do manifesto, porém existia uma preocupação dos tais com qualquer vasos-comunicantes. Os liberais e tucanos devem cumprir acordo, no máximo apoiando o destaque do PDT que pode até contar com outros acenos, de última hora, no entanto eles deixaram claro que apostam na luta da reforma tributária.

Outro ponto que ficou evidente é que os liberais vão aproveitar a falta de entendimento comum, entre empresários e esferas de estado, para bombardear a tributária, daí, colhendo um acordo que lhe dêem alguma exposição mais evidente junto a Opinião Pública, que ainda não deu ar da graça nesse episódio todo.

Bem, que está animado lá isso tá!

Bom dia, nordestinos e nordestinados

PONTUANDO

¨ E os tucanos , heim?! Se reuniram em São Paulo, de novo(?!), com direito a discurso de José Serra. Os prefeitos que pareciam sempre ser coisa do PFL nordestino serviram de motivo.

¨ O PFL é o partido nacional que mais conta com os nordestinos, enquanto que os tucanos vêm de outras regiões, especialmente, o Sudeste. São por essas e outras que esses partidos se estigmatizam, assim como suas regiões. Eles devem mudar. Bem, deveriam!

¨ Detectou-se uma contradição entre os pefelistas apesar deles terem se esforçado para demonstrar união. Enquanto José Carlos Aleluia(Ba), líder, mandou divulgar no site do Partido matéria em que alertava para o fato de que o relatório de Guimarães não teria jeito o presidente Jorge Bornhausen dizia que não o relatório tem jeito sim, basta conversar!

¨ Logo depois justificaram. O jeito e a conversa seriam um substitutivo. Segundo Bornhausen, a proposta que o Governo quer aprovar não leva o País para o futuro. Vamos ver!

¨ A Confederação Nacional dos Municípios teria dito que apesar das ruindades do relatório a cobrança de alguns tributos contra produtos e serviços estrangeiros poderia gerar um incremento de R$ 8 bi para os municípios. O PFL disse, através do líder, que os números deles não conferem com os da CNM.

¨ Outra contradição que o PFL vai deitar e rolar, apesar de divisionista. A cobrança da CSLL sobre produtos e serviços estrangeiros seria uma reivindicação do setor produtivo nacional que não teria, hoje, essa isonomia. O PFL discorda, diz que essa nova tributação vai na contra-mão dos outros países. Êta , Seu!

Nota de Rodapé: E tudo está só começando, viu!

Por Genésio Araújo Junior

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