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- Contato Brasil, 05 de fevereiro de 2025 04:49:09
( Publicada originalmente às 17h 00 do dia 09/01/2025)
Com agências
(Brasília-DF, 10/01/2025) Nesta quinta-feira, 9, véspera da posse na presidência da Republica Bolivariana da Venezuela a líder da oposição venezuelana Maria Corina Machado reapareceu publicamente depois de meses na clandestinidade para se junta numa ação da Oposição pedindo que os venezuelanos saíssem à rua para impedir a tomada de posse de Nicolas Maduro, que se realiza nesta sexta-feira. Maria Corina acabou detida.
A comitiva de Corina Machado informa que ela foi "violentamente intercetada" à saída da manifestação em que participou nesta quinta-feira
No X, o Comando Con Venezuela informou que Machado fora "violentamente interceptada à saída da concentração em Chacao", acrescentando que elementos do regime dispararam contra a moto em que seguia.
O "El País", jornal espanhol avança em afirmar que Maria Corina Machado foi efetivamente detida.
Os protestos na Venezuela acontecem um dia antes de Maduro prestar juramento perante a Assembleia Nacional, controlada pelo partido no poder, para um terceiro mandato de seis anos, apesar das provas credíveis de que perdeu as eleições presidenciais. Machado apelou aos seus apoiantes para que se manifestassem em toda a Venezuela a fim de o forçar a abandonar o cargo.
A opositora venezuelana juntou-se às manifestações na capital do país, Caracas. Não era vista publicamente desde que apareceu repentinamente no último grande protesto da oposição, em agosto do ano passado.
Machado, antiga deputada, venceu as primárias presidenciais da principal coligação da oposição no ano passado, antes de o Supremo Tribunal de Justiça, controlado por Maduro, a proibir de concorrer ao cargo. A sua coligação escolheu então o diplomata reformado Edmundo González como candidato suplente de última hora para as eleições de 28 de julho.
A campanha de Machado e González recolheu os boletins de voto de mais de 85% das máquinas de voto eletrônico e os colocou online, dizendo que mostravam que González tinha vencido as presidenciais venezuelanas com o dobro dos votos de Maduro, contradizendo os resultados que as autoridades eleitorais leais a Maduro anunciaram após o encerramento das urnas.
O Centro Carter, com sede nos EUA, convidado pelo governo de Maduro para observar as eleições, afirmou que as folhas de contagem publicadas pela oposição são legítimas.
Apoiadores de Maduro e da oposição se manifestam em Caracas
A Assembleia Nacional, que, como todas as instituições na Venezuela, é controlada pelo partido socialista no poder, deverá empossar Maduro na sexta-feira para mais um mandato de seis anos.
No início desta quinta-feira, as ruas normalmente movimentadas de Caracas estavam vazias, com escolas, empresas e agências governamentais fechadas, temendo violência, e a polícia de choque em prontidão para tentar reprimir qualquer agitação.
Ao meio-dia, hora local, havia uma participação relativamente pequena nos protestos: os venezuelanos que testemunharam as forças leais a Maduro prenderem dezenas de oponentes e até transeuntes estavam relutantes em se mobilizar nos mesmos números que no passado.
Os manifestantes que apareceram bloquearam, no entanto uma avenida principal num reduto da oposição, nesta quinta-feira, aos gritos de “Liberdade! Liberdade!”. Muitos eram idosos e se vestiam de vermelho, amarelo e azul, respondendo ao apelo de Machado para que usassem as cores da bandeira venezuelana. Todos repudiaram Maduro e disseram que reconheceriam Edmundo González como o legítimo presidente da Venezuela.
Mas também apoiantes de Maduro começaram a marchar em vários pontos da capital venezuelana, para celebrarem a tomada de posse do atual presidente.
Já Edmundo González Urrutia quis enviar uma mensagem de esperança a partir do Palácio Nacional da República Dominicana: "nos veremos todos muito em breve em Caracas, em liberdade", escreveu. Urrutia diz que irá assumir legitimamente o cargo de presidente da Venezuela.
(da redação com informações de agências e de Euro News. Edição: Política Real)