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- Contato Brasil, 22 de novembro de 2024 15:18:30
Parte da chamada grande imprensa – me parece que apenas a escrita – noticiou hoje, com muita discrição, importante noticia sobre o andamento do caso “Marielle Franco”. Aquela vereadora que foi barbaramente assassinada, possivelmente, por milicianos no Rio de Janeiro. A Defensoria Pública fluminense, atendendo solicitação da família de Marielle, simplesmente não quer que as investigações do caso subam para a esfera federal, como solicitou a ex-procuradora-geral da República, Raquel Dodge, em setembro de 2019. Para Dodge – e na época para toda a mídia e a nossa “esquerda”- havia “ineficiência” na apuração conduzida pelas policias do Rio.
Dodge tinha e tem absoluta razão. Mas não é estranha a postura da família de Marielle? Não é estranho o silêncio da dita “esquerda” carioca e alhures? Claro, entre um momento e outro, apesar da “ineficiência” dos investigadores do crime, já houve uma briga significativa na família da ex-vereadora em relação ao sinistro, um silêncio crescente e surpreendente dos supostos interessados no esclarecimento do atentado. No entanto, a grande mídia, simplesmente, preferiu esquecer o fato. Nem se deu ao trabalho de saber, exatamente, porque a mudança de foco perquiritório sobre a inaceitável execução. Já se sabe, mesmo depois da tentativa – também não devidamente investigada – de envolver o presidente da República na morte de Marielle, que, no mínimo, há ruídos na imagem da ex-vereadora.
Possivelmente hão de dizer que há novos fatos na praça. A futrica entre Irã e EUA, tratada, de forma sensacionalista, como possível estopim para uma guerra mundial. As manchetes de ontem, dando conta dos mísseis iranianos lançados contra bases americanas no Iraque. Teriam sido 20 projeteis que não conseguiram atingir nenhum militar americano. Parece até videogame! Para temperar o assunto, as incansáveis inconveniências proferidas, diariamente, pelo senhor Bolsonaro. Desta vez, indo e vindo no apoio ao presidente Trump no caso da execução do general iraniano, Qassim Suleimani.
Há também a fuga espetacular e cinematográfica do ex-presidente da Renault-Nissan, Carlos Ghoson – um misto de brasileiro/francês/libanês – que se encontrava em prisão domiciliar no Japão; e o acusado pelo ataque à sede do Porta dos Fundos, o dançarino Eduardo Fauzi Richard Cerquise, que se evadiu para Moscou, onde se encontra sob a ternura da namorada russa. Famoso pelo seus passos de dança, Fauzi acrescentou ao seu currículo sua predileção por tratar dissabores ideológicos com coquetéis molotov.
Tudo pitoresco e picaresco. Mas aquilo que diz respeito à vida do Brasil e dos brasileiros, isso nós jamais saberemos ou entenderemos. Apenas sentiremos!